O Primeiro Dia

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Still we keep hoping,

to fix all the defects

And strengthen these seminal times.

We go on together for better or worse,

Our history is to real to hate.

Now and forever we stay until morning,

And promise to fight for our fate.

Til we die

Til we die

The start of a journey is every bit worth it,

I cant let you down anymore.

The sky is still clearing, we're never afraid

And the consequence opens the door.

I never stopped trying,

I never stopped feeling like

Family is much more than blood.

Don't go on without me, the piece that I represent

Compliments each and everyone.

(Til We Die – Slipknot)


Estrela

Dizem que alguns humanos não suportavam rotina, que quando suas vidas se resumiam ao ir e vir das obrigações diárias, eles se sentiam incomodados, incompletos e infelizes.

Para nós Almas, no entanto, essa é uma ideia incompreensível. Sentimos conforto e segurança em termos coisas a fazer e as mesmas pessoas para quem voltar, um senso de pertencimento e ajuda mútua no cumprimento de atividades cotidianas. Por isso eu adorava a combinação limitada de variáveis que compunham a maior parte de meus dias.

Eu os passava dividindo-me entre cumprir tarefas gerais, como ajudar na cozinha, na plantação ou na limpeza; aprender mais sobre a medicina humana com Doc e ensiná-lo sobre a química desconhecida da nossa; dividir com Peg os cuidados com nossos filhos e, claro, passar o maior tempo possível com minha família.

A primeira coisa para a qual eu abria meus olhos de manhã era para Logan, deitado de lado, os cabelos desfeitos pelas horas de sono e, boa parte das vezes, uma expressão serena no rosto adormecido; em outras, o olhar desperto e promissor de quem já tinha planejado bem meus próximos minutos. De um jeito ou de outro, era uma visão que fazia meu dia.

Depois, quando Lindsay chegou, isso mudou. No começo, eu acordava para atender as necessidades dela. Logan levantava logo em seguida, mesmo que estivesse morrendo de sono, porque ele gostava de nos olhar e ficar com nossa filha até que ela se acalmasse.

Na maioria das vezes, no entanto, eu acabava com os dois dormindo ao mesmo tempo. Ela nos meus braços, e ele em volta de nós duas na poltrona ampla que agora tínhamos. Eu gostava disso, e costumava ficar um tempo lutando contra meu próprio sono para não perturbá-los, até que não aguentava mais e, ao me mexer, fazia com que ele despertasse e me ajudasse a colocar nossa filha silenciosamente na cama dela.

Então chegou o tempo em que Lindsay parou de acordar durante a noite. Assim, eu despertava somente pela manhã ao som dos sussurros dos dois, pequenas conversas infantis das quais eu não fazia parte, forjando o laço entre minha filhinha e seu pai, meu menino grande, que podia ser tão forte e tão frágil ao mesmo tempo.

Coração Deserto 2 - O Futuro O EsperaOnde histórias criam vida. Descubra agora