So let it out and let it in
Hey, Jude, begin
You're waiting for someone to perform with
And don't you know that is just you?
Hey, Jude, you'll do
The movement you need
Is on your shoulder
Na na na na na na na na na
Hey, Jude, don't make it bad
Take a sad song and make it better
Remember to let her under your skin
Then you begin to make it better
(Hey, Jude – The Beatles)
Jeb
Entrei no hospital e encontrei Candy concentrada em um livro, por isso tive alguns segundos para observar os cachos de seu cabelo escuro caídos sobre o rosto.
— Candace — chamei.
Ela levantou os olhos para mim e sorriu.
— Jebediah.
— Soube que você estava aqui sozinha.
Já de pé, ela contornou a mesa, passou os braços por meu pescoço e me beijou os lábios suavemente.
— Então você veio me fazer companhia. Que conveniente! — exclamou, brincalhona. — Parece até que estamos nos escondendo.
— Bem, não estamos exatamente nos mostrando! — Ri, enlaçando a cintura de Candy e puxando-a para mais perto. — Achei melhor não perder a oportunidade de ficarmos sozinhos. Você pediu para sermos discretos.
— Apenas por enquanto. — Suspirou, apoiando o rosto em meu peito. — Quero descobrir sozinha o que estou sentindo, sem os olhares dos outros sobre nós. Além do mais, há muita coisa acontecendo por aqui ultimamente. As pessoas vão precisar de sua atenção.
— Posso ser multitarefa, mas não vou reclamar. Ninguém tem nada a ver com nossa vida, mas é mesmo mais prudente assim. Não estou com paciência para lidar com perguntas e brincadeirinhas neste momento. Então, vamos tentar do seu jeito, ao menos pelo tempo que for possível.
O que não seria muito.
Um dos vários desafios de se viver há tanto tempo com um grupo pequeno de pessoas: você não escapa do olhar delas. Mas para ser justo com meu pessoal, nem eu mesmo me imaginaria nesta posição de novo.
Imagine. O velho Jeb Stryder tendo um romance. Meu Jesus. Quem diria!
Tudo começou com uma conversa franca.
Um dia, Candy e eu falamos sobre seu período como hospedeira e ela me contou coisas que nunca tinha dito a ninguém. Sobre seus rígidos valores religiosos de antes e sua aversão ao divórcio. Sobre o marido abusivo que por anos tentou quebrar seu espírito, mas que tinha se tornado passado depois da invasão das Almas, porque o amor que ela achava que sentia era apenas uma conveniência que não fazia mais sentido, uma dependência que, felizmente, não sobrevivera ao novo estado das coisas.
Então, por uma razão qualquer, de repente eu era a única pessoa com quem ela já tinha dividido essas histórias, e nos dias que se seguiram continuamos a conversar a respeito de tudo o que tinha mudado em sua vida depois de ter sido hospedeira da curandeira Verana.
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Coração Deserto 2 - O Futuro O Espera
Fanfiction"Agora entendo que existem infindáveis nuances de cinza entre o branco mais puro e o preto mais escuro. Há inúmeras possibilidades entre a obviedade do certo e o absolutamente errado. Tudo o que me importa agora é que cada uma das decisões erradas q...