Capítulo 49 - Uma Presente de Aniversário

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"É o meu aniversário e eu vou atrás do meu presente, mesmo que isso signifique ouvir a voz dela me mandando embora

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"É o meu aniversário e eu vou atrás do meu presente, mesmo que isso signifique ouvir a voz dela me mandando embora." - Harry

ANNA

Hoje é primeiro de fevereiro. Esse dia é marcado por três fatos: É aniversário do Harry, de 22 anos, seria o dia em que faríamos 5 meses juntos e é o primeiro dia que venho à aula depois daquele sábado em que eu coloquei um fim na nossa história.

Eu perdi peso e, como não saio de casa há duas semanas, estou bastante pálida. Sei que pareço doente enquanto ando pelo campus nessa tarde para chegar a minha aula, mas não ligo. Bom, pelo menos a minha aparência vai justificar o atestado de 15 dias que o meu pai me deu sob a alegação de que eu estava com pneumonia. Quando vi que não tinha mesmo condições de ir às aulas, liguei para a secretária do meu pai e pedi a ela para dizer ao meu pai que eu queria viajar durante uns dias com os amigos, por isso eu queria um atestado para faltar às aulas. Lógico que o meu pai mandou o atestado por fax, diretamente para o meu coordenador, sem sequer me perguntar se me prejudicaria faltar duas semanas de aulas para 'viajar com os amigos.'

Durante esses quinze dias, eu posso dizer que apenas sobrevivi. Depois que o Harry saiu da minha casa, eu chorei por, pelo menos 3 dias, nem me lembro se tomei banho ou comi. Trish e Caroline ficaram tão preocupadas comigo que quase chamaram a minha mãe, mas consegui impedi-las prometendo que ia melhorar. Bem, não melhorei. Na verdade, houve dias em que as meninas tiveram que me segurar porque eu queria sair atrás do Harry. Nesses momentos, qualquer coisa seria melhor que ficar sem ele.

Eu o perdoei por tudo que me fez naquele dia. Perdoei, mas não esqueci. Não consigo deixar de pensar que, além dele duvidar de mim, mesmo devendo me conhecer àquela altura do nosso relacionamento, ele me traiu. Ele me traiu só para me machucar e me mostrar que ele não ligava tanto assim para a minha suposta traição. Por isso, eu não posso lhe dar mais uma chance. Eu o amo, mas não posso ficar com ele. Agora, acreditem, manter essa decisão, quando se está desesperada de saudade, é muito difícil. Os meus lemas de vida foram testados durante esse período.

Eu acreditava que se você tinha consciência de que a pessoa amada tinha ido embora para sempre e não ia voltar, você se recuperava mais rápido. Posso dizer, agora, que isso não é verdade: A falta de esperança de um final feliz é muito pior porque você não pode nem sonhar com a volta do seu amor durante as horas caladas da noite. E eu descobri que a falta de sonhos sobre finais felizes é a pior dar angústias porque te deixa vazia.

Também houve dias em que eu achei que uma pessoa poderia, sim, morrer de amor. Eu quase morri por várias vezes. Em um desses dias, sai correndo de casa e fiquei andando na chuva até cair de joelhos. Por sorte, Trish e Caroline vieram atrás de mim e me pegaram. A minha dor era tanta que eu só queria que acabasse. Depois disso, eu concordei em ir a um psiquiatra. Foi a única vez que sai do meu apartamento. Ele me deu um remédio para dormir já que a falta de sono me fazia pensar no Harry, em tudo o que não pudemos ser, em tudo o que nunca poderemos fazer. Eu acabava sempre em uma das minhas recorrentes crises de desespero. Eu também fui encaminhada para um terapeuta especialista em términos de relacionamentos, mas, nem mesmo sob ameaça de ligar para a minha mãe, Trish e Caroline conseguiram me fazer ir na consulta. Todavia, depois de tudo isso, eu percebi que eu tinha que melhorar. Eu não podia ficar mais desse jeito e nem submeter todos a minha volta ao meu sofrimento. Então, aqui estou indo para a aula.

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