Capítulo 38 - Ação de Graças

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"Quando amamos uma pessoa, nós queremos construir coisas junto a ela

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"Quando amamos uma pessoa, nós queremos construir coisas junto a ela. E um filho, um pedaço dos dois, me parece a coisa mais junta que alguém pode ter." - Harry.

ANNA

Hoje é dia de Ação de Graças e Harry e eu estamos indo para a casa do pai dele para passar o feriado. Depois do que aconteceu naquele dia, fiquei com medo de que Harry fosse voltar a ignorar o pai, mas não toquei no assunto porque sei que se o ele quisesse falar sobre isso, teria falado. Liam também evitou falar com o Harry sobre o fato de que eles vão ter um irmão em comum, Harry pareceu agradecido por isso e todos nós mantivemos nossa rotina como se não soubéssemos que havia um bebê a caminho.

No sábado passado, Harry me surpreendeu quando disse que Eddie tinha ligado pra ele e que nos convidou para passar o dia de Ação de Graças com eles. O meu namorado disse que seu eu fosse, ele iria. Geralmente, eu passo o Dia de Ação de Graças na casa da minha mãe, mas não gosto nem um pouco porque ela usa o feriado para reunir aliados políticos e tudo parece falso e frio. Enfim, eu disse ao Harry que ficaria muito feliz em ir com ele à casa do pai. Harry não vai pedir desculpas por ter quase batido no Eddie, mas atender o telefone e aceitar ir lá, para ele, é o equivalente a um pedido de desculpas e eu sei que lhe custou muito. Estou orgulhosa dele.

Nós estamos muito bem. Não brigamos durante esse período e depois das confissões do Harry, naquele domingo, eu passei a entender um pouco mais como a cabeça dele funciona e estou tentando relevar alguns comportamentos possessivos e ciumentos dele. Depois que fizemos amor na bancada da cozinha, Harry me levou pro quarto, pedimos pizza, ficamos conversando e vendo TV. Perguntei a ele se continuou a usar drogas ou fazer qualquer das coisas erradas que fazia em Londres e ele disse que não, que decidiu se fechar para tudo e para todos quando veio para cá e estudar com o propósito de se formar o mais rápido possível e poder voltar a Londres e sabia que essa era uma oportunidade a qual seus pais estavam lhe dando e, mesmo odiando ficar longe de seu país, ele iria aproveitar.

Não conversamos muito sobre o futuro, logo não sei se o Harry ainda pretende voltar correndo para Londres assim que se formar. Tenho medo de perguntar e ele dizer que sim. Quanto a tudo que ele já fez no passado? Não me importa. O que me importa é o que ele faz daqui para frente, mas não consigo deixar de pensar que minha mãe morreria se soubesse sobre as merdas que o Harry já fez quando era mais jovem.

-Babe, estou aqui pensando... -Ele começa a dizer enquanto dirige.

Harry, como sempre, está lindo. Nessa época, o frio já se alastra pela região, então ele usa calças pretas justas e botas, colocou uma camisa branca de botões aberta até o peito meio para dentro meio para fora da calça - o Harry nunca ia ajeitar a blusa direitinho dentro das calças - e um sobretudo preto com a gola propositalmente desarrumada. Seus cabelos estão soltos bagunçados e óculos escuros.

-No quê? -Pergunto a ele que parece pensativo.

-Terça-feira é o nosso aniversário de três meses o que, levando em consideração que sou eu seu namorado, parece a porra de um recorde. -Ele diz com um pequeno sorriso. -Então, eu pensei que você fosse gostar, sei lá, de fazer alguma merda diferente comigo.

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