"Não posso só ir na casa dela. Depois do que eu fiz, eu preciso de algo grande, muito grande." - Harry.
ANNA
No sábado pela manhã, me levanto arrastada e vou tomar um banho. O Harry ainda não visualizou a minha mensagem de ontem. "Você ainda não entendeu Anna? Ele não quer falar com você. A essa altura, já deve ter voltado aos velhos hábitos e já deve ter uma garota qualquer na sua cama. Esqueça ele!" Digo a mim mesma e arrumo as minhas coisas para irmos almoçar e voltar para a WSU.
Chego a Vancouver à tarde e vou direto para a minha casa. Chegando lá, Caroline e Trish prepararam o "kit pé da bunda" e chamaram reforços: Liam está junto delas. Passamos o resto de sábado e o domingo vendo filmes estilo "autoajuda" e comendo. Eles bloquearam o Harry de novo no WhatsApp e, por isso, não sei se ele visualizou minha mensagem. Não tive nem a chance de ver já que me tomaram o celular.
Estou muito mal a ponto de achar melhor nunca ter conhecido o Harry se soubesse que íamos terminar desse jeito. As constantes cobranças e rejeições dos meus pais me doeram por anos, mas nada chegou perto disso. E o pior é pensar que o motivo foi tão idiota que nem consigo entender até agora.
Todavia, não se morre de amor, eu sempre digo. Vou superar e vou dar a volta por cima sem ele.
***
Hoje é segunda e não vou nas aulas porque não quero ver o Harry por aí. Minhas amigas ficam comigo e continuamos nossa vibe "depressão da Anna". Eu sou patética. O Harry continua bloqueado no meu celular, mas não deve ter visualizado minha mensagem e, se visualizou, não se importou. Se ele tivesse se importado, ele sabe onde moro, poderia ter vindo até aqui. Nem eu acredito que me apeguei a esperança que ele poderia vir me procurar e pedir desculpas. Nos meus delírios, ele viria aqui e me imploraria perdão. Mas essa é a vida real.
***
É terça-feira e eu continuo na mesma, mas já começo a me conformar que ele não vai mais me procurar. Acabou! Confesso que perder as esperanças foi melhor porque agora posso começar a pensar na minha vida de novo. Sempre é mais fácil seguir em frente quando se tem consciência de que a pessoa amada não vai voltar. Sempre achei isso uma bobagem, porém é a mais pura verdade.
À noite, Liam chega na minha casa. Posso ouvi-lo, mas não quero me levantar da cama para recebê-lo. Ouço ele e as meninas na cozinha e decido ser menos rata e ir até lá. Quando chego escuto ele falar algo sobre o Harry com as meninas e elas mandam ele não me contar.
-Não me contar o que? -Oh, Deus! Que o Harry não esteja com outra. Que o Harry não esteja com outra.
-É melhor falar, ela saberia mesmo. -Liam diz suspirando fundo. Meu amigo sempre prefere as coisas às claras, como elas são.
-Olha, Anna... -Liam começa se virando pra mim no balcão da cozinha. -O Harry, ontem, me cercou na aula de literatura e perguntou por você. Ele parecia muito mal. Eu me recusei a falar e ele ficou bem nervoso, você sabe como. -Liam conta olhando para o chão como se lembrasse da cena. -Quando disse a ele que você estava mal, ele se levantou e foi embora sem assistir a aula.
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Little Things [Harry Styles Fanfic]
Fanfiction"Eu me identifico com a primavera. E o Harry se identifica com o inverno mais gelado." - Anna Farchild. "Anna quer se casar, ter filhos e morar numa casa com a cerca branca. Eu só quero me formar, voltar a Londres e morar em um apartamento. E eu ode...