Eu Te Amarei - Completo e Revisado

50 - Case-se comigo

Bia

Desde pequena, eu costumo ver filmes e desenhos em que a personagem principal encontra seu príncipe encantando e se casa com ele, tendo o famoso ''felizes para sempre''. Sempre idealizei um casório perfeito, com direito a marcha nupcial, portal de flores, vestido de princesa, aliança de ouro, bolo de vários andares, enfim, tudo que eu pudesse ter direito.

Agora, eu tinha uma grande chance de realizar esse sonho. Eu amo o Pedro tão intensamente e não quero nenhum outro homem como meu marido. Tem que ser ele. Nós já tínhamos praticamente uma vida de casados, mas celebrar aquilo oficialmente era tudo que eu mais queria.

Eu sentia como se estivesse dentro de um sonho. Pisquei várias vezes para ver se acordava, mas era real. Ele estava ali, ajoelhado na minha frente, pedindo para que eu fosse sua esposa.

Algumas lágrimas fujonas escorreram pelo meu rosto. Pedro as enxugou rapidamente e me dei um selinho nos lábios. Não consegui responder nada, apenas me lancei em seus braços, o beijando. Ele não demorou para retribuir e ficamos naquilo por longos minutos.

-Posso levar isso como um sim? – Ele perguntou quando nos separamos.

-Sim... sim! Sim! Sim! Eu aceito. É óbvio que eu quero me casar com você, nem que demore anos para nós assinarmos os papéis. Eu quero ser sua noiva, quero ser sua esposa, quero ser sua companheira em todos os momentos. Eu amo você, meu amor.

Ele abriu a caixinha com as alianças de ouro dentro e pegou a mais fina na mão. Notei que as mãos dele estavam trêmulas, assim como as minhas. Pedro colocou a aliança no meu anelar esquerdo, como se estivéssemos realmente casados e deu um beijinho em cima do anel, sem tirar o olhar de mim. Olhei para minhas duas mãos.

O anel prateado que ele me presentou no começo do namoro estava no anelar direito e brilhava intensamente, assim como o do Pedro. Eu levava aqueles anéis para polir sempre que achava necessário, para que o brilho deles nunca se apagasse. Agora, a aliança dourada fazia companhia para o outro anel. Meu coração dava piruetas dentro de mim. Eu estava tão feliz que nem podia definir o tamanho daquela felicidade.

Peguei a aliança mais grossa da caixinha e a coloquei no anelar do Pedro, dando um beijinho assim como ele tinha feito. Ele me puxou para mais um beijo e depois ficamos abraçados, como se fossemos um só.

-Prometo que vou te fazer a mulher mais feliz do mundo. – Ele disse.

-Você já faz, Pedro.

-Mas agora é diferente. Mesmo que não tenha nenhum papel provando isso, para nós, estamos casados. E casamento não é coisa boba. Por isso que eu te juro, que por maiores que sejam as dificuldades que nós eventualmente vamos ter, eu vou cuidar de você e pensar na sua felicidade acima de tudo.

-E nós vamos ser felizes juntos pelo resto da nossa vida, não é?

-Óbvio que é. Só não perdoo traição, hein?

-Pedro! Você sabe que eu nunca vou te trair, não sei nem para que disse isso.

-Eu sei, meu anjo. Só estou brincando. Sei que você nunca faria isso. Eu confio em você.

-Acho bom! Achei que teria que bater em você.

Aí ele se virou de bruços, deitando a cabeça em cima do meu colo. Seus dedos passearam por minhas coxas descobertas, me causando um arrepio e me fazendo suspirar.

-Seus tapas não doem, sua mão é leve. Mas você sabe que me provoca quando me bate, né?

-Provoco?