10 - A primeira briga

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25 de março de 2015.

BIA

Já tinham se passado duas semanas desde que eu tinha brigado com a Aline e nunca mais conversado com ela e que eu e o Pedro tínhamos dormido juntos pela primeira vez.

Nossa, como o tempo estava passando rápido. Já estávamos no final de março e tanta coisa já aconteceu nesses 3 meses que mais parece que já se passaram anos.

Já fazia um tempinho que eu e o Pedro estávamos juntos. Eu queria poder falar que estávamos namorando, mas ele não tinha feito nenhum pedido de namoro ainda. E bem, isso não estava nos meus planos. Eu sabia que todo garoto levava um tempo para pedir a garota com quem ele está ficando em namoro, mas pensava que não demoraria muito, no máximo mesmo umas duas semanas. Mas me iludi, como sempre.

Aliás, na noite em que nós dormimos juntos, eu até pensei que rolaria alguma coisa, como o pedido que eu tanto queria. E outra coisa, como nossa primeira vez. Eu estava me sentindo muito mal, meu estômago ainda estava bem embrulhado e eu me aconcheguei nele e acabei dormindo enquanto ele me fazia carinho. Só que eu acordei no meio da noite e, quando fui me mexer, acabei o acordando também.

A princípio, ele se assustou e quase caiu da cama, o que me fez ter um ataque de risadas que desencadeou uma guerra com os meus travesseiros. Só que como começamos a fazer muito barulho, acordamos a minha mãe que veio no meu quarto super irritada e quase colocou o Pedro pra fora de casa. Ele teve que implorar de joelhos para ficar e só conseguiu porque prometeu que nós iriamos fazer silêncio. Eu só conseguia rir.

Nem sei como minha mãe deixou que ele dormisse comigo, pensei que isso nunca aconteceria, nem mesmo quando eu estivesse casada.

Mas enfim, quando ela voltou para seu quarto, eu me deitei na cama e tentei dormir de novo, mas ele se deitou em cima de mim, com a cabeça na minha barriga e começou a espalhar beijinhos pelo local, por cima do pijama. Aquilo começou a me causar arrepios por todo o corpo. Mas não arrepios ruins, eram coisas boas. Coisas que eu nunca tinha sentido antes.

Mas quando ele começou a descer um pouquinho os beijos e eu vi o que ele tinha intenção de fazer, eu me afastei. Ele me olhou meio esquisito, e eu queria ser um avestruz pra enfiar minha cabeça dentro da terra e nunca mais sair de lá. Ele se aproximou de novo, se debruçando sobre mim e afagando meus cabelos.

-Que foi bebê? Porque você se afastou? – Ele perguntou baixinho e eu fiquei ainda mais envergonhada. Eu pensei que ele já tinha entendido porque eu tinha me afastado, mas pelo jeito eu teria que falar na frente dele que era virgem e que não tinha coragem de fazer o que ele queria fazer.

-Você sabe o porquê...

-Sei? – Ele respondeu levantando uma sobrancelha – Não, acho que não.

-Eu...eu sou virgem...e eu tenho medo de...enfim, de fazer o que você quer.

Ele ficou em silêncio por um tempo, que deviam ser dois minutos, mas que para mim mais pareceram uma eternidade e eu cheguei a começar a passar mal novamente de tanto nervoso. Mas a tortura acabou quando ele saiu de cima de mim e se deitou ao meu lado, em silêncio. Eu fiquei esperando ele falar ou fazer alguma coisa, mas percebi que ele permaneceria em silêncio, então me virei de costas pra ele e tentei dormir, segurando a vontade de chorar.

Achei que ele iria me abandonar por ser uma virgem inocente que não sabe de nada. Ele, com certeza, já deve ter conhecido várias garotas, namorado elas e as levado para a cama, onde elas fizeram tudo que ele queria. Acontece que comigo não seria assim, e eu estava com muito medo de ele não entender isso. Minha mãe sempre diz que os homens são complicados.

Eu Te Amarei - Completo e RevisadoOnde histórias criam vida. Descubra agora