1-COLÉGIO PARA MOÇAS

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Brasília, 2015

By Anne Rocha

Olá me chamo Anne, assim mesmo, com dois n. Assim, porque meus pais quiseram e pronto! Minha mãe faleceu quando eu era bebê, de uma hora para outra ficou acamada e partiu, meu pai não se casou de novo, mas acredito que tenha uma namorada, o fato é que ele nunca me apresentou ninguém.

Eu sempre desejei que ele se casasse de novo, pra ele largar um pouco do meu pé, mas ele diz que eu sou a única mulher da vida dele, e que viverá pra mim o resto dos seus dias.

Repare que ele diz que eu sou "a única mulher da vida dele", mas eu tenho apenas 17 anos e ainda sou virgem, e se depender do meu pai serei virgem eternamente.

Meu pai se chama Antônio Rocha, mas todos o chamam apenas de Rocha, até eu o chamo assim, ele é Delegado e controlador ao extremo, ele faz DE TUDO para que eu não me relacione com garoto nenhum, ele diz que ainda sou muito nova para perceber o perigo. Eu digo que entendo para não chateá-lo, mas é muito difícil para mim essa preocupação exagerada dele, acho que no fundo é apenas ciúmes.

Dá para acreditar que com 17 anos só beijei dois garotos? Um é o meu primo que hoje em dia foge de mim como o diabo da cruz, porque o meu pai deu um soco nele quando soube. E o outro era nosso vizinho aqui no condomínio, o Hélio Junior que é alguns anos mais velho que eu, os pais dele tem uma rede de restaurantes.

Era um dia de semana qualquer e eu havia chegado do colégio para moças, exatamente, ainda existe isso infelizmente. Um colégio somente para meninas e é lá que eu estudo desde a segunda série do primário, estou no último ano, graças a Deus! E quero ver o que o meu pai vai fazer quando eu for para a faculdade, já pesquisei na internet e não tem nenhuma faculdade só para meninas por aqui, posso ouvir a gargalhada maligna da minha diabinha interior. Ah Sr. Rocha pode acreditar que tirarei todo o atraso, das bocas que deixei de beijar e de outras coisas mais...

Mas, voltando ao assunto anterior, eu tinha acabado de chegar do colégio e lá estava o Hélio na calçada da casa dele me olhando, já fazia alguns dias que ele me observava chegar da escola. Ele é muito lindo, desses garotos que cuidam do corpo, super sarado, as vezes ele aparecia sem camisa, e eu registrava detalhe por detalhe daquele corpo delícia.

Naquele dia, o motorista do papai fez como sempre, me deixou na porta de casa, esperou que eu entrasse e foi embora. A governanta da casa, dona Selma estava indisposta, me perguntou se eu precisava de algo, porque ela iria se retirar para o seu quarto, eu respondi que não e ela se dirigiu rapidamente para os fundos da grande casa.

Uma das empregadas estava de folga e a outra já tinha ido para casa. A diabinha que existe dentro de mim logo me atiçou.

Corri para o chuveiro, tomei um banho bem rapidinho só para me refrescar, mas que calor maldito, ou será que apenas eu que estou pegando fogo?

Coloquei um shortinho, desses que mostra a polpa da bunda, e que o meu pai dizia que se me pegasse usando aquilo fora do meu quarto deixaria uma marca tão grande na minha bunda, que eu precisaria de bastante pano para cobri-la, acariciei minha bunda só de imaginar, quem conhece a força daquela mão pesada pensaria duas vezes antes de desafiá-lo.

Coloquei uma blusinha rosa fininha, passei um perfume que adoro, um pouco adocicado com um toque floral, um pouco no pescoço e... espirro mais um pouco pelo corpo todo.

-Hmmm, acho que assim está bom - falo para mim mesma.

Vou para a varanda e fingo ler algo, mas de olho na casa da frente, não demora muito e ele aparece do jeito que eu gosto, sem camisa. Ora, ora não sou a única que está com calor...

TERRORISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora