TERRORISTA

37-BOMBA DE FLORES

Rio de Janeiro, 08 de Janeiro de 2016
às 23:30

By Khalid Shall

“Quem não morre não vê Deus” penso comigo.

É uma manobra bastante arriscada, tudo pode dar muito errado ou muito certo, mas se der certo terá que ser perfeito, e eu farei com que seja.

Ligo para o Gino que foi quem me recepcionou aqui no Rio de Janeiro, um traficante poderoso, ele tem as melhores rotas para trazer a droga do Paraguai para o Brasil.

-Sr. Khalid Shall! Será uma honra poder ajudá-lo… - ele diz com orgulho.

-Preciso de um local pra passar a noite, mas não é qualquer lugar, quero um lugar bonito, aconchegante… tem algum dos seus endereços que está desocupado? - pergunto.

-Para o Sr. eu tenho uma das minhas mansões a sua disposição e a disposição de seus homens, eu costumo fazer algumas festinhas lá no fim de semana - o homem ri.

-Passe o endereço - falo diretamente.

Gino passa o endereço do local, e eu ligo para Alexandre, mando que peguem a nossa equipe e sigam para lá, passo as demais ordens e agora sim é a hora da parte mais importante do plano.

Ligo para Anne que atende o telefone assustada.

-O que você quer comigo? - ela diz.

Eu percebo pela fala arrastada que ela bebeu.

-Ainda deseja conhecer a minha potência senhorita?

Ela fica muda do outro da linha.

-Anne? Ainda está aí? - pergunto, droga isso não vai dar certo.

-Khalid eu estou longe de Brasília… - ela parece receosa, meu nome soa tão bem na sua voz.

Ela continua:

-Por mais que eu saiba quem é você eu jamais te entregarei! Não precisa me matar, eu não vou falar nada, eu juro!

Sua voz soa chorosa, e agora compreendo o seu medo.

-Anne eu nunca te farei nenhum mal! Não estou preocupado se você vai me entregar ou não, eu sou um caso perdido, as coisas não ficaram tão claras entre a gente e eu gostaria de poder explicar pra senhorita - falo com sinceridade.

-Pode falar Khalid!

-Apenas pessoalmente - respondo firme.

-Isso não será possível estou longe…

-Estou sentado na praia exatamente na frente do hotel que a senhorita está hospedada.

Ela emudece novamente, fale alguma coisa mulher, começo a ficar nervoso.

-Khalid, vou pôr uma roupa e descer - ela responde, e eu que fico sem palavras, já estava preparado para usar de tudo quanto é argumento para fazê-la vir até mim.

-OK! Estou desarmado senhorita, por favor não traga o seu pai junto - desligo o telefone, ainda boquiaberto.

By Anne Rocha

Minha anjinha está num desespero só dentro de mim, correndo de um lado para o outro e gritando “Você é louca Anne!”

-Devo estar ficando louca mesmo! - respondo pra ela.

Minha diabinha interior por outro lado está apenas se abanando.

Bebo de uma vez só, o restante da garrafa de champanhe, pra ver se crio coragem.

Eu sinto que ele não quer me matar, talvez seja o meu sexto sentido em ação, sorrio com a lembrança, mas então o que será que ele quer comigo? Para conversar poderia ter falado pelo telefone mesmo, sinto uma pontada de antecipação entre as minhas pernas e corro para tomar uma chuveirada.

Paro de pensar e apenas ajo. Tomo um banho rapidamente, e coloco a lingerie cor de rosa que ele me deu, é linda e sexy, cheira a luxúria.

Coloco um vestido fininho e com uma certa transparência, uma escolha ousada, mas se ele pode usar as armas dele, eu tenho que usar a única que eu tenho.

Passo apenas um rímel nos olhos, e um batom rosa clarinho, depois de tanta dúvida, resolvi que vou de chinelo mesmo.

Para finalizar um perfume “FlowerBomb - Viktor&Rolf”, o frasco lembra uma granada, e o seu cheiro adocicado é uma verdadeira bomba de flores.

Acho que estou pronta, só me falta a coragem mesmo.

-Você é uma mulher ou um rato Anne? - repito por diversas vezes, como se fosse um mantra.

Me olho uma última vez no espelho, seguro o anjinho que está no meu pescoço, faço uma pequena oração e vou ao encontro do TERRORISTA Khalid Shall.

SUPER OBRIGADA GATINHOS E GATINHAS PELO 1K DE ESTRELINHAS, BEIJOS ESTRELADOS PARA VOCÊS ⭐😽