12-PRIMEIRO ENCONTRO

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By Khalid Shall

Corro para a frente da fazenda, faço sinal para que três homens me acompanhem, e dirijo a toda velocidade.

-Algum problema Sr - um deles me pergunta.

-Sim - respondo de forma áspera, e ele se cala.

Os pensamentos dançam em minha mente em completo descompasso, preciso esfriar a cabeça para não fazer besteira. Domine-se Khalid! Me repreendo.

Paro na frente da grande casa, sem paciência para manobrar e estacionar o carro, entreguei a chave para um dos homens e saltei imediatamente.

Respirei fundo, e entrei na casa perguntando para Filipe, um dos meus seguranças, a que pés estavam as coisas.

-Chegaram dois caras carregando uma moça, disseram que o Sr havia dado a ordem para trazerem ela pra cá, eu ía ligar para o Sr pra confirmar, mas um dos caras disse que você estava resolvendo um assunto delicado que eu deveria aguardar o Sr chegar.

-Aonde eles estão?

-Lá nos fundos, no último cômodo à direita.

Me viro para os três homens que vieram junto comigo.

-Cubram todas as entradas, ninguém entra e ninguém sai sem a minha autorização! - ordeno.

Os homens se afastam, e eu me volto para o Filipe.

-Você vem comigo!

-Sr desculpa por eu não ter avisado, eu não sabia que…

-EM SILÊNCIO! - grito.

Inferno! Como ponho minhas idéias em ordem, com Filipe tagarelando, praguejo mentalmente.

Um cara está colado junto à porta do cômodo em que Anne está, e o outro cara ainda não vi.

-Quem é você? - pergunto, chegando próximo ao homem.

-Lucas e você? - ele fala num tom pouco amistoso.

O encaro com frieza e respondo:

-Khalid Shall!

O homem estremece, posso sentir no seu olhar.

-Sr. Kha.. Khalid Shall?

Aceno lentamente com a cabeça.

-Me entregue as armas, ela é apenas uma criança. Não vai precisa disso aqui!

O homem receoso, me entrega duas armas.

-Filipe, revista ele! - ordeno e já me direciono para o outro cara que percebendo à situação vem com a arma em punho.

-ABAIXE ISSO! - falo alto.

-Abaixa Léo, ele é Khalid Shall! Khalid, o árabe!

-Sr. Khalid, trabalhamos para o Kléber. Não sabíamos que ía aparecer por aqui - Leonardo fala completamente confuso.

-Essa é minha casa, e armado aqui, apenas eu e os meus homens! - fico contente que a minha fama seja grande por aqui, me poupa um imenso trabalho.

Leonardo rapidamente me entrega suas duas armas e uma faca pequena, ainda assim peço para que Filipe o reviste também.

Finalmente terminada as apresentações, digo para os homens ficarem à vontade para conhecer a casa e eles logo se afastam.

Dou um breve sorriso e mando Filipe ir buscar uma venda e uma algema. Ele vai  buscar rapidamente, volta, entra no cômodo e de fora posso ouvir a voz miúda de Anne, não demora muito e ele sai.

-Sr ela já está amarrada, então apenas coloquei a venda!

-Ok, fique de olho nos meus convidados.

Espero Filipe sumir das minhas vistas pra poder entrar no cômodo.

Ela é mais magra do que pensei, e amarrada daquela forma fica tão... vulnerável. Que pena que não posso ver o azul dos seus olhos. Ando ao redor dela analisando seu corpo convidativo. A vontade de tocá-la é imensa. Ela geme e eu saio do estado de transe. Sabe Deus por quanto tempo esses animais a deixaram amarrada assim, ela deve está com dor. Se bem que eu iria adorar amarrá-la dessa forma para fodê-la como bem entender.

Afasto esses pensamentos absurdos da minha cabeça, pego uma faquinha pequena que carrego sempre comigo e delicadamente corto as cordas, segurando Anne junto à mim para que não caia.

Coloco suas mãos para trás e coloco à algema. Ela geme novamente. Mas, não posso correr o risco de ela arrancar a venda.

A conduzo para outro cômodo, um quarto de hóspedes, posso assim dizer. Aproximo ela da cama, e mando se sentar, ela senta e percebo como os músculos do seu corpo relaxam em contato com o colchão macio.

-Fique sentada aí, em um instante eu volto para te soltar, e então você vai poder descansar! Também vou mandar trazerem um café da manhã reforçado. Deve está com muita fome, estou certo?

Ela nada responde. Me levanto vou até a porta, a olho mais uma vez.

-Não levanta daí, porque você pode se machucar!

Ela continua imóvel, então eu saio trancando a porta atrás de mim. Filipe retira a algema e a venda dela, enquanto eu vou para a cozinha preparar o café da manhã para a minha doce menina.

TERRORISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora