39-OLHE NOS MEUS OLHOS

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By Khalid Shall

Entro no carro e a primeira coisa que faço é mandar uma mensagem para Alexandre:

Khalid - Mudança de planos, quero todos os seguranças invisíveis, tanto quanto possível!

Anne segue ao meu lado, as vezes sorri e outras vezes parece um pouco assustada, eu ligo o som e peço que ela escolha a rádio.

Uma música bonita ecoa pelos alto falantes do carro, e ouço a voz miúda de Anne cantando alguns trechos.

“Quando essa boca disser o seu nome venha voando. Mesmo que a boca só diga o seu nome de vez em quando…
Posso enxergar no seu rosto um dia tão claro e luminoso...
Quero provar desse gosto ainda tão raro e misterioso do amor…”

Entro na garagem da casa imensa, uma verdadeira mansão como disse o Gino, estaciono o carro e abro a porta para Anne, posso ser um assassino, mas ainda sei como tratar uma mulher.

Ela desce do carro e olha em volta analisando o ambiente, entramos na casa e nos deparamos com uma sala imensa.

-Sente-se Anne, fique à vontade… - falo.

Dentro da sala, em um canto tem um bar, eu não costumo beber, mas vou abrir uma excessão hoje.

Escolho uma garrafa de vinho, que me parece excelente para a ocasião, coloco um pouco do vinho em duas taças, e ofereço uma para ela.

-Feliz aniversário Anne! - brindamos e ela sorri, um sorriso gostoso.

-Está um pouco atrasado Sr. Shall…

-Então me deixe acelerar as coisas por aqui - tento fazer uma cara de sedutor.

Pego a taça da mão dela e ponho no chão ao lado do sofá, toco o seu lindo rosto, contornando os seus traços bonitos, coloco o polegar entre os seus lábios.

-Chupe! - ordeno.

Ela parece ficar sem graça, mas obedece. Fecho os olhos me deliciando com a sensação.

-Te quero desde que te vi na tela do meu computador menina… - murmuro.

Ela não fala nada, eu a levanto do sofá e me deito puxando-a para que fique sobre mim.

-Eu só farei isso, se você também me quiser Anne, você precisa me querer, deixe-me sentir que você me quer, tanto quanto eu…

-Eu não sei… - ela responde um tanto receosa.

Suas palavras são como uma facada em meu coração, ela não sabe se me quer, então não serei canalha e não a tocarei.

Me levanto, fazendo com que ela fique de pé. Ela parece completamente confusa, e eu estou decepcionado comigo mesmo, devo tê-la compreendido errado.

Sigo até a cortina que desce do alto da parede até o chão, a afasto um pouco pra olhar o jardim, posso ver o Zé, escondido com a arma em punho.

Ela se aproxima e eu fecho rapidamente a cortina, ela está segurando a taça de vinho, dá um longo gole e a coloca sobre uma mesinha que está próxima.

Suas bochechas estão mais rosadas que de costume, ela pára bem na minha frente e diz parecendo bastante constrangida:

-Khalid eu não sei o que fazer, sou virgem! - ela olha para o chão encabulada.

Agora eu entendo, puxo-a para mim e pergunto apenas para ter certeza:

-Você quer isso Anne? Comigo? Agora?

-Sim… - ela responde ainda envergonhada.

-Fique aqui paradinha! - ordeno.

Saio andando pela casa a procura de uma suíte adequada, se pudesse a levaria a um dos melhores hotel do mundo, e a daria uma noite mágica, rogo por forças aos céus, pois a vontade que tenho de estar dentro dela é imensa, espero conseguir me controlar.

TERRORISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora