9-A ARMADILHA

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By Kléber Trevisan

Recebi a ligação de Beatriz, avisando que o homem estava indo vê-la em seu apartamento, peguei dois homens de minha confiança e seguimos para lá.

Ficamos em uma van frente ao prédio, esperando a confirmação de Beatriz para entrarmos, ela irá dopá-lo.

Marcos vai ficar na van observando o movimento na rua, Francisco e eu vamos entrar no prédio, render o porteiro e seguir para a sala de segurança, Francisco cuidará de apagar as imagens da câmera de monitoramento, enquanto eu subo para o apartamento que estará destrancado, algemo o homem e levo para o Khal. Tudo muito rápido, sem muita incrementação como os planos de Khalid, mas tão eficaz quanto.

Chega a mensagem de Beatriz, podemos subir, colocamos as máscaras e entramos no prédio.

Rapidamente subo para o apartamento de Beatriz, entro na sala e não vejo ninguém, ouço o barulho do chuveiro ligado... tem algo errado aqui.

Verifico no quarto, não tem ninguém. Na cozinha, tem uma champanhe em um balde com gelo, e só.

- Bia! - o homem chama.

Droga, ela não está aqui, ela mentiu.

- Beatriz - o homem torna a chamar.

Sigo para o banheiro, com a arma engatilhada.

- Mas, o quê está acontecendo? - o homem fala aterrorizado.

- Quietinho, na boa - faço sinal para que ele fique onde está, jogo uma toalha em sua direção e sob a mira da minha arma o conduzo para o quarto e ordeno que se vista.

- Onde está Bia? - o homem pergunta, tremendo da cabeça aos pés.

- Calado! Eu faço as perguntas por aqui.

Enquanto o homem tenta se vestir, ligo para Francisco.

- A vagabunda não está aqui - digo furioso - Qualquer sinal dela me avise imediatamente!

Não espero resposta e desligo o telefone.

- Para de enrolar, ou te arrasto pelado daqui! - grito com o homem e lhe dou um soco que o derruba no chão, ele luta para se pôr de pé novamente. Meu celular toca.

- Ferrou, a polícia cercou o local, caímos numa armadilha! - Marcos grita apavorado do outro lado da linha.

- Inferno, filho da puta - praguejo e começo a chutar o homem que se encolhe todo no canto do quarto.

- O que você quer de mim? Eu tenho dinheiro, eu tenho muito dinheiro… podemos conversar, não precisa disso.

- Calado desgraçado, vocês armaram pra nós e vão pagar caro por isso - dou-lhe uma coronhada na cabeça e o homem desmaia.

Ligo para o Francisco e mando ele subir, trazendo o porteiro e o segurança.

- Amarre os homens! - ordeno para Francisco, assim que ele entra.

Ligo para o Marcos novamente.

- Aonde você está? Precisa nos tirar daqui!!!

- Você está louco, não tem como sair daí. Está tudo cercado, dei no pé, mas têm duas viaturas coladas na minha bunda, droga chefe, você fudeu tudo! Foi enganado por aquela puta! Se eu cair, vocês vão junto!

- Eu te mato seu traidor covarde!!! ESTOU CERCADO DE INCOMPETENTES - grito.

Francisco vai até a janela e me chama:

- Chefe estamos ferrados de verde e amarelo, vem ver quem está comandando a operação…

- Delegado Antônio Rocha! - falo com deboche.

- O homem é ruim chefe, ele não liga pra vítima nenhuma, ele não vai arredar o pé daqui enquanto não pôr as mãos na gente!

- É o que veremos!

Peço o celular do Francisco, provavelmente o meu já deve está grampeado.

- Lucas! Pegue dez dos nossos homens, e vá buscá-la. Vou te enviar o endereço da onde ela está e pra onde irá levá-la. Mate quem entrar na frente.

- Pode deixar chefe.

Vamos iniciar o plano B...

TERRORISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora