Ligações Proibidas

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Jasper*

Antes que pudesse avançar com carro, escuto o grito estridente de Charlotte, saio sem pensar duas vezes correndo em direção há casa de Jenna.
Subo as escadas e me deparo com uma cena que vai ficar marcada em minha mente pelo resto de meus dias: Charlotte ajoelhada no banheiro do lado da amiga, que estava dentro da banheira desacordada com os pulsos jorrando sangue. Me aproximo e a tiro da banheira, a água já está toda vermelha.

- PELO AMOR DE DEUS GAROTA, CHAME A AMBULÂNCIA.- meu grito parece despertar Charlotte de seu transe, ela rapidamente agarra o telefone e liga para ambulância.

Tento estancar o sangue, mas o corte parece ser muito profundo. Não demora muito a ambulância chega e Jenna é levada para o Hospital.
Sigo atrás em meu carro, Charlotte não emite um som se quer, olha atentamente para frente e se abraça forte...

Chegando no hospital, Jenna é rapidamente levada para o CTI, infelizmente, em estado grave.

* * * *

- Charlotte - estamos sentados na sala de espera, é agonizante porque estamos sem notícias de como Jenna está. - Hey, olha pra mim - seus olhos me encaravam mas ela não está ali - Vai ficar tudo bem, eu já liguei para os pais dela.

Charlotte segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos.

- O- obrigada.

- Não tem por que agradecer.

Ficamos assim, sentados um do lado do outro e com as mãos dadas por quase uma hora. Sem emitir nenhum som, é doloroso de mais para ela.

Avisto a chegada do médico que ficou responsável por Jenna.

- Sou o Dr. Luccas Abreu, o Sr. é da família da paciente?

Os pais de Jenna com certeza já estavam quase chegando, era errado mentir, mas tinha que ter noticias da garota.

- Sou. Ela está melhor? - Charlotte segurava meu braço com muita força.

- Bom, ela perdeu muito sangue, isso pode vir há causar sequelas no embrião, mas ela vai ficar bem

- Calma - me viro para encarar Charlotte, que parece tão perdida quanto eu - Ela está grávida?

- Sim, de aproximadamente 3 semanas.

- Há meus Deus. - Charlotte me abraça e desaba a chorar, era te partir o coração ver ela daquele jeito - E-ela estava grávida, e...e tentou matar o bebê.

- Ela pode receber visitas? perguntei ao médico.

- Sim, mas um de cada vez. Vou mandar a enfermeira avisar quando poderão entrar.

- Obrigada Dr. Luccas.

Ela aperta mais seus braços ao redor de meu pescoço e chora baixinho. Não tenho muita ideia de como consola-lá, deve ser muito difícil passar pelo o que ela está passando.

Talvez não fosse a hora e nem o momento para pensar nisso, mas enquanto tinha Charlotte tão perto de mim, nada mais importava, era como se existisse somente eu e ela no mundo todo.

- Charlotte!!! - uma voz chorosa me tira os devaneios, olho e vejo Victoria - Meu bem.

Charlotte se solta de mim e abraça a Tia, as duas choram como se tudo estivesse perdido,como se a moça não estivesse bem, Graças a Deus ela estava.
Não acredito muito nisso, de que Deus concerta tudo, mas creio que em casos como estes, ele estende sua bênção para a pessoa.

Me afasto da sala de espera e tento falar com Helena, como ela não atente deixo uma mensagem...

** **

" Oi querida, Boa Noite... Tente voltar mais cedo, Jenna prima de Charlotte teve um acidente, Charlotte está muito abalada, precisa de você... Jasper."

** **

Quando volto para a sala de espera do Hospital, Charlotte já não está. Com certeza está com a prima!
Sento do lado de Victoria que me abraça e chora,há deixo chorar. As vezes a única coisa que uma pessoa nesse estado quer é que a outra simplesmente esteja por perto.