Capítulo 11

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- Isso é horrível, Peeta. - reclamei ao bebericar o drink que ele havia me estendido. - Como vocês podem servir esse negócio?

- É um Tokio Tea. - ele respondeu pegando o copo da minha mão. - Difícil ficar ruim. - Peeta experimentou, fazendo uma careta em seguida. - Mas realmente está horrível.

Acabei rindo da sua constatação.

- Você precisa agitar mais a coqueteleira. - a voz do mesmo cara que nos fez descer, disse ao longe.

- Acho que mesmo que bata no liquidificador... Continuará ruim que dói. - retruquei, fazendo o barman e Peeta rirem. - Não riam de mim. - torci o nariz.

- Peeta. Preciso de ajuda com um bêbado infeliz. - uma garçonete disse se enfiando no meio das pessoas que rodeavam o balcão.

- Katniss. Ajude o Alex, por favor. - ele me entregou o copo. - Eu já volto. - Peeta falou passando por mim, e saindo de trás do bar.

O observei se afastar, até que um homem de cabelos loiros escuros, parou a minha frente.

- Suponho que você seja o Alex. - comentei.

Ele sorrio e olhou para os lados.

- Suponho que você, sendo a única mulher aqui, seja a Katniss. - seus olhos voltaram a me olhar.

- Talvez eu seja. - deixei um pequeno sorriso surgir no canto da boca. - Você é o profissional da coqueteleira? - perguntei.

Alex sorrio.

- E você é a que acha Tokio Tea um péssimo drink. - ele passou por mim, pegando a coqueteleira que Peeta havia usado, lavando-a na torneira mais próxima, e a secando com o pano branco que ele carregava em seu ombro direito. - Talvez se experimentar um drink de verdade, mude de ideia. - Alex sorrio e começou a virar algumas bebidas com agilidade dentro dela.

Eu o observei atentamente, tentando entender o que ele faria de diferente ao que Peeta havia feito, mas desde o momento em que Alex virou as bebidas na coqueteleira, até o momento que serviu o drink em um copo limpo, eu não tinha visto nada de errado no que Peeta havia feito.

- Experimente, loirinha. - ele pegou o copo que eu ainda segurava e me estendeu o outro que estava cheio. - Prometo que será a melhor bebida que já tomou. - hesitei em pegar, por isso Alex segurou minha mão, e o colocou nela. - Beba. Eu vou atender alguns clientes, e já volto pra saber o que achou. - ele me deu as costas, enquanto eu encarava a bebida.

- Quase precisei bater em um imbecil. - a voz de Peeta me fez erguer os olhos. - Ainda segurando isso? - questionou.

- O Alex fez outro pra mim. Me mandou experimentar apenas pra provar que o drink é bom. - expliquei, voltando a encarar o copo. - Mas tenho medo de ficar bêbada.

Ouvi uma risada que não era de Peeta, por isso ergui os olhos, apenas para ver Alex parado ao lado de um Mellark que estava sério, e com as sobrancelhas franzidas.

- Você não conseguiria ficar bêbada com um copo desses, loirinha. - ele deixou o canto de sua boca se erguer em um sorriso. - Te dou cinco dólares se virar todo o drink.

- Te dou cinco dólares se parar de me chamar de loirinha. - rebati levando o copo até o nariz sentindo o cheiro do álcool invadir minhas narinas, fazendo meus olhos lacrimejarem.

Alex riu novamente.

- Beba logo, loirinha. - ele deu ênfase no apelido que o mesmo havia inventado.

Rolei os olhos, aproximando o copo da boca.

- Você não precisa beber, se não quiser, Katniss. - Peeta disse sério.

O Sol em meio à tempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora