Capítulo 69

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Oi, amores.

Pra quem achou que eu tinha morrido... Bom. Obviamente estou vivona kkk

Primeiramente, preciso me desculpar com vocês, já que eu perdi as contas de quanto tempo faz que não posto. Mas para tentar me explicar, devo dizer que minha vida ficou uma loucura depois de Novembro, e minha criatividade - que já andava escassa -, simplesmente decidiu tirar férias...

Esse capítulo foi iniciado há muito tempo, e aos poucos fui escrevendo, conforme minha cabeça conseguia trabalhar. Hoje, fluiu o que faltava, e apesar de eu ainda acreditar que poderia estar melhor, resolvi postar pra vocês.

Nem respondi os comentários do último capítulo - vou responder logo, prometo -, apenas pra não perder mais tempo...

Então... Obrigada por não me abandonarem, por se preocuparem, e pelos novos favoritos.

Vocês são demais.

Sem mais delongas, aqui está o tãããão aguardado capítulo kkk


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– Você comprou um bebê pra mim?

Meus pés pareceram se transformar em chumbo, me fazendo estagnar no meio da cozinha, impedindo-me de continuar meu caminho até a pia. Meu coração, que já estava agitado desde o segundo em que Peeta bateu em minha porta, passou a bater mais depressa, como se fosse abandonar meu peito a qualquer momento. E tinha também uma secura incomoda, que passou a subir por minha garganta, deixando minha língua áspera, e pesada, enquanto um milhão de pensamentos disparavam em minha cabeça.

Eu não tinha certeza se estava ouvindo bem, já que meu coração acelerado fazia um "tum-tum-tum" grave em meus ouvidos, mas... Peeta tinha questionado se eu havia comprado um bebê pra ele?

Pisquei lentamente meus olhos que ardiam por alguma razão, saindo do pequeno transe em que eu havia entrado, ao sentir meus dedos queimarem.

O pano de prato que eu havia usado para segurar a forma, já tinha perdido sua eficácia, deixando o calor do objeto de metal atingir minha pele.

Obriguei minhas pernas a se moverem com pressa, e em modo automático, joguei a forma de pizza sobre a pia, junto ao pano. Passei a sacudir minha mão direita pra cima e pra baixo, em seguida, enquanto eu abria a torneira, e soltava alguns resmungos.

– Katniss...? – a voz de Peeta soou insegura, deixando-me irritada, e com lágrimas nos olhos. – Você está bem?

Grunhi em resposta, enquanto tentava esfriar meus dedos avermelhados e queimados, com a água fria.

– A água fria pode causar bolhas. É melhor você...

– Sim, eu comprei um bebê pra você – o interrompi, fechando a torneira bruscamente. – Na verdade, estava em promoção. "Compre um cachorro, e ganhe uma criança" – soltei com sarcasmo, apoiando as palmas das mãos na borda da pia, deixando os dedos esticados para cima. – Obrigada por estragar esse momento – murmurei poucos segundos depois, fechando os olhos com força.

Eu sabia que Peeta estava parado atrás de mim, mas ele permaneceu sem dizer nada, enquanto pequenas lágrimas escapavam pelos cantos dos meus olhos.

Algo bem pequeno em meu peito, ordenava que eu me controlasse, alegando que eu estava sendo idiota e dramática. Mas algo bem maior, queria brigar com Peeta, e chama-lo de idiota por resolver fazer piada com um assunto que tinha tirado o meu sono na última noite.

O Sol em meio à tempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora