Capítulo | 37

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Rayhan Bolkiah

[Arábia Saudita]

Deparei-me com a cena mais fofa de todas, ao adentrar a suíte que dividia com Jade. Naim e ela tomavam aquela vitamina cor fúchsia, a mesma que me deu um trabalhão para achar.

— Pensei que esse rapazinho já estivesse dormindo. — falei, chamando a atenção de ambos para mim.

Jade levou mais uma colher cheia de açaí até a boca do menino. Apesar do meu filho ter seis anos, e se alimentar muito bem sozinho sua madrasta o mimava tanto quanto podia. Desconfiava que para compensar a perda precoce da mãe biológica.

— E tinha. Mas o amorzinho de mamãe teve um pesadelo, então o trouxe para cá. Desde então estamos tomando essa delícia aqui. — mostrou-me a taça, já quase vazia.

— O paladar de Naim é árabe. Como fez para quê tomasse essa nojeira? — provoquei sentando-me ao lado dos dois.

— Meça suas palavras ao falar do meu açaí ou vamos sair no tapa senhor Bolkiah.

— Você sabe que não entendo suas gírias brasileiras. — falei divertindo-me com toda aquela falsa indignação. Respirei fundo, e continuei: — Quando liguei para um velho amigo, dono de restaurante e cobrei certo favor jamais imaginei que esse negócio fosse tão ruim.

— Você sequer provou. — rebateu, começando a ficar brava de verdade, fazendo uma careta engraçada de irritação.

Hormônios da gravidez!

— Acredite em mim; eu provei e odiei. — fiz uma expressão de repulsa.

— Eu gostei. — Naim entrou na conversa. 

Logicamente tomando partido da mãe.

— Tá vendo? É disso que tô falando. — minha mulher se gabou. — Meus filhos tem bom gosto, diferente do pai.

— Vai ficar dando essas coisas pra eles? — perguntei só para irrrita-la mais um pouco. Leva-la ao limite com discussões bobas era um entretenimento interessante. 

— Fique sabendo que vou sim começar incluir na dieta dos dois comidas tipicamente brasileiras.

— Só falta agora você querer que aprendam português.

— Não é uma má ideia. Seria ótimo se Naim e Ara falassem as duas línguas. A do papai e a da mamãe. Até porquê vou levá-los na próxima viagem. Quero que meus pais tenham algum convívio com eles. Tem objeções?

— Não. Nenhuma! Só estava te provocando. Adoro fazer isso. Se bem que talvez o cérebro deles apresente falha no sitema. Árabe já é uma língua particulamente difícil,  imagine aprender não só sua língua materna mas também uma outra ainda mais complicada. 

Me mostrou a língua ao mesmo tempo que dizia a criança entre nós:

— Tá na hora de voltar a tirar aquele cochilo ursinho. Amanhã você tem aula cedo.

— Está bem mãe. Boa noite

Naim a beijou na bochecha, fez carinho na barriga de Jade, e se despediu de mim com um abraço apertado.

— Vou acompanhá-lo até o quarto. — avisei saindo de mãos dadas com o pequeno. 

Ao retornar do quarto de Naim visualizei mais uma vez meu irmão fazendo besteira.

— Largue Sahira Kamal. — gritei, apressando meus passos a medida que o infeliz aumentava a pressão no pescoço da esposa. — É uma ordem. — disse enquanto o empurrava para longe.

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⏰ Última atualização: Jun 27 ⏰

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A Segunda esposa do Sheik #1Onde histórias criam vida. Descubra agora