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Rayhan Bolkiah
[Palácio de Beilerbei - Arábia Saudita]
Retirei a toalha da cintura, e adentrei o box sendo recebido pelo vapor do ambiente quente. Abaixei a cabeça, e deixei a água molhar meus cabelos, juntamente com o restante do corpo.
Sentia-me cansado, irritado, triste. Minha vida nos últimos anos foi resumida a trabalho e a acontecimentos que me causavam vergonha e repulsa.
Quem via a superfície não fazia ideia das profundezas sombrias, quem via o empresário comedido não fazia ideia do compulsivo sexual, quem via o marido que dava milhares de presentes não via o adúltero que traiu e enganou duas mulheres.
Sabia que já não era o mesmo, eu havia conseguido controlar a fome e direcionar a minoria das minhas taras a Surya, acabando de vez com o círculo vicioso de ir procurar na rua o que eu tinha em casa.
Era complexo explicar que mesmo morando num país onde as leis me permitiam ter até quatro mulheres, eu necessitasse de algo sujo, promíscuo. Algo que as esposas muçulmanas ensinadas a serem metódicas e puritanas, não podiam me oferecer.
Esfreguei o rosto violentamente, tentando apagar as lembranças de Aisha decepcionada da minha mente.
— Porque você gosta disso? — perguntou entre soluços.
— Porque eu sou homem porra, e tenho necessidades! — respondi sem paciência.
— Eu sou a sua mulher, você me deve respeito. — gritou alterada.
— Agora se lembrou de que é minha esposa? Faz quanto tempo mesmo que não deixa eu te tocar Aisha? Oito? Nove meses?
— Eu não aprecio mais aquilo, você sabe.
— Aquilo o que? Usa as palavras. — berrei irritado. — Sexo! Você não gosta mais de sexo. — desde que Naim nasceu ela passou a me olhar com asco, eu esperei pacientemente os noventa dias após o puerpério, e mesmo assim não quis saber de mim.
— Não, não gosto. — confirmou as suspeitas.
— Então não pode reclamar da minha infidelidade.
— Eu preferiria que se casasse novamente a fazer o que vem fazendo com aquela prostituta.
— Você não suportaria, eu estou te poupando.
— Poupando? Não está me poupando de nada. A nossa união foi um erro!
— Nisso nós concordamos. — o choro alto do garotinho recém-nascido foi o único motivo para o fim da discussão.
Eu e Aisha nunca nos amamos, nosso matrimônio foi um acordo de famílias, um negócio mal sucedido, assim como é o meu atualmente com Surya, e assim como será o com a estrangeira. Nunca consegui me conectar com alguém além do momento de prazer carnal, contudo, jamais diria a Naim e Ara que eu e a mãe deles vivíamos algo de mentira.
Eu me arrependia e martirizava sempre da forma como tratei Aisha, me culpabilizava por sua morte precoce.
❈
Saí do banheiro completamente nu. Puxei o edredom da cama para o lado e me acomodei entre os travesseiros.
Estava quase cochilando quando ouvi o som da porta se abrindo, e logo depois mãos femininas me tocando.
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A Segunda esposa do Sheik #1
Romance⇢ 𝐄𝐌 𝐏𝐑𝐎𝐂𝐄𝐒𝐒𝐎 𝐃𝐄 𝐑𝐄𝐄𝐒𝐂𝐑𝐈𝐓𝐀 Livro #1 da trilogia árabes. Jade Santiago é uma jovem de 22 anos que mora com seus pais em um pequeno apartamento no Rio de Janeiro, a família antes bem sucedida e proprietária duma enorme f...