Capítulo | 27

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+18 | livro adulto

Jade Santiago

[Buraidah]

Um mês depois.

Eu mal abri meus olhos, e já senti a ânsia de vômito vir com tudo. Ainda meio atordoada levantei do colchão às pressas, vesti o robe de cetim e corri para o banheiro. Ajoelhei-me frente ao vaso sanitário onde depositei todo jantar da noite anterior.

Sentindo-me nauseada, dei descarga, caminhei até o lavabo e comecei a escovar os dentes repetidas vezes, a fim de tirar o gosto amargo da boca.

Quando retornei para suíte Rayhan estava recostado na cabeceira da cama, encarando-me com uma expressão desconfiada. Nós havíamos dormido juntos todos os dias desde que Surya finalmente foi despachada para nunca mais voltar.

— O quê houve? Você está pálida. — questionou preocupado.

— Nada demais, apenas um enjoo! — respondi me sentando, e deitando a cabeça no seu ombro.

— Enjoo? — arqueou a sobrancelha já cogitando mil hipóteses, ao mesmo tempo em que afagava meus cabelos.

— Nem me olhe assim. Eu tomo anticoncepcional, lembra? Provavelmente comi algo que não me fez bem.

Okay, já que tem tanta certeza... — sorriu de lado, e acrescentou: — Vou pedir para Sarah fazer um chá para você. Tá sentindo mais alguma coisa?

— Apenas uma tontura, minha pressão deve ter baixado. É sempre assim, quando sinto qualquer coisinha é porque ela baixou. Aí juntou pressão com indigestão e deu nisso.

— Quer que eu fique aqui com você?

— É muita gentileza da sua parte, mas não precisa. Você tem seus negócios para cuidar, eu vou ficar bem.

— Meus negócios podem esperar Jade, você não. Por que você é prioridade.

— Eu só preciso de um antiácido, ficar deitada por algum tempo, e vou ficar novinha em folha.

— Tem certeza?

— Tenho.

— Bom, então eu vou. Mas qualquer coisa você me ligue que voltarei correndo.

— Pode deixar.

Praticamente tive que expulsar meu esposo à ponta pés, para que ele se convencesse que estava tudo em ordem, e fosse trabalhar. Sahira veio até mim informando que Nazira havia dispensado as cozinheiras e que o almoço seria por nossa conta.

Na enorme copa reuniram-se todas as noras; Hana, Lattiffa, Maya, Ranya, Sahira e eu. A general Lâmia começou a ditar suas ordens:

— Como bem sabem é tradição uma vez a cada três meses dar folga a todas as criadas, para que vocês mostrem alguma serventia além de esquentar a cama de vossos maridos.

Raiva tomou conta de cada célula do meu corpo com aquelas palavras pejorativas. Mantive-me calada apenas para evitar outro confronto direto com minha "adorada" sogra. Na cultura asiática a mãe de seu marido devia ser respeitada, pois era a matriarca da prole, sendo assim; tanto eu, quanto as demais devíamos seguir suas ordens, engolir os desaforos.

— Vocês devem fazer cordeiro com Arroz branco. Separei a opção mais simples do cardápio. Caprichem porque Rayhan, Najib, e Kamal odeiam comida mal feita.

Então porque eles mesmos não preparam suas refeições?

Senti vontade de acrescentar, porem mais uma vez mordi minha língua.

A Segunda esposa do Sheik #1Onde histórias criam vida. Descubra agora