Capítulo cinco.

3.8K 221 72
                                    


ATUALIZAÇÃO (Outubro de 2024): Em um bom tempo desisti do livro. Decepcionei vários leitores, porém, eu estou continuando.


-

Estávamos sentadas rumo à casa de Ana, reparei no quanto seu pai era calado e inclusive não disse nada sobre o aniversário da própria filha. As duas cochichavam diversas vezes no caminho me deixando isolada em meu canto da janela. Isso me fez observar todo o trajeto que percorremos, sua casa parecia sair da cidade e entrar em outra pequenina cidadezinha.

– Onde estamos? – Perguntei abismada.

– Estamos em nosso condomínio, já esteve em um? – Ana perguntou-me, como se estivesse incrédula com minha falta de conhecimento.

– Não, eu nunca vim por essas bandas... – Respondi naturalmente.

Ouvi um riso masculino após falar.

– Prazer, Alice. Sou Josef, pai de Ana. – Ele se apresentou – Você morava em área rural?

– Sim, senhor. Eu Inclusive estudava no sítio de minha avó, ela sempre quis que eu me formasse em um ambiente particular e se esforçou muito para conseguir pagar.

– Isso ainda existe? – Pareceu surpreso – É algo incomum de se acontecer, mas espero que esteja gostando da cidade, aqui as coisas são bem diferentes, você vai ver.

– Oh, sim! Eu já reparei isso.

– Ela vai ser comida viva. – Joana pronunciou-se de forma estranha.

Vi que Josef encarou as meninas pelo retrovisor interno do carro e cerrou os olhos, sua expressão não era de quem havia gostado de ouvir aquilo, mas nada disse, apenas continuou seu caminho. Segundo eles, já estávamos chegando em nosso destino. Realmente estávamos, quando vi a casa onde paramos, quase caí desmaiada com o luxo que vi ali. Com um design reto, a casa não parecia ter um teto comum, pois não haviam telhas. As paredes creme deixava o local ainda mais moderno, as janelas eram enormes e todas de vidro, mas a porta principal era branca e larga, só não saberia dizer o material com que a mesma fora feita.

– Nossa, Ana! – Levei as mãos até a boca, extremamente surpresa e encantada. – É incrível...

As meninas saíram do carro pela porta direita enquanto eu permaneci intacta mirando o ambiente à minha frente. Senhor Josef abriu a porta ao meu lado e sorriu com minha reação.

– Vamos, Ana irá te mostrar tudo lá dentro, acho que você vai gostar mais ainda.

– Oh, me desculpe, senhor. – Disse na medida em que saía desajeitada do carro – Eu não estou acostumada a ver tanto luxo, eu... Muito obrigada por abrir a porta, eu não esperava por isso, eu... – Jesus! Ele deveria estar pensando que sou uma caipira, e se estivesse realmente pensando isso, estava certo.

Passei a seguir as meninas após me despedir de Josef, elas se quer me davam atenção, mas mesmo assim, eu as seguia e reparava tudo à minha volta. Encantada era pouco para descrever minha situação, e isso de fato até me envergonhava.

Ana havia pedido para um senhor ir até minha casa buscar algumas roupas que vovó havia preparado, em seguida, fomos comer algo em sua cozinha extremamente linda e branca, parecia ser tão limpa que me senti suja perto do piso que brilhava. Comemos um sanduíche com ingredientes que eu nem sabia o nome, mas parecia o bom e velho presunto e queijo, a diferença eram as cores e de fato os preços. Elas me levaram para conhecer o Jardim da casa, o quarto onde Ana dormia, a piscina, a biblioteca e tudo o que a casa tinha de interessante. Pasma pelo tamanho da residência, eu suspirava em cada cômodo que eram maiores que a casa de vovó.

Ensina-meOnde histórias criam vida. Descubra agora