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haha
Quantos mais eu ver interações de vocês aqui, mais capítulos irei publicar. Se der bastante voto e comentários, sou capaz de publicar todos os dias!!! Sim, sou mesmo.
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As árvores escondiam boa parte do sol que começava a ficar mais forte enquanto os minutos se passavam. Arthur parecia estar completamente envolvido com a natureza à sua volta. Suas mãos tateavam a superfície da água como se estivesse tocando algo sólido que pudesse sustentar seus braços sem que ele afundasse.
– Você se sente melhor agora? – perguntou-me enquanto vinha lentamente em minha direção.
Nossa distância podia ser medida por uns três palmos. Seus cabelos pingavam gotinhas de água em sua face serena que parecia fazer parte de todo o cenário à nossa volta, como se ele fosse parte de toda aquela naturalidade que nos rodeava.
– Estou amando, eu nem sabia que tinha rio por aqui... – mergulho metade de meu rosto na água e fico fitando ele sorrir para mim.
– Eu gosto de vir aqui quando penso em minha ex – sinto suas mãos em minha cintura, porém, seu toque era gentil e não me amedrontava – as caricias dela eram suaves e ao mesmo tempo tão envolventes, que sinto tê-la comigo quando entro aqui.
Lá estava a dor que vi em seus olhos quando ainda estávamos na rua. Então esse era seu sofrimento. Era disso que Jess havia falado, e o motivo para ele ainda não ter concluído o ensino médio...
– Como ela era? – pergunto curiosa.
Suas mãos agora me puxavam para mais perto de seu corpo. A sensação de ser tocada em baixo da água era estranhamente boa – com a paisagem em volta, tudo parecia perfeito.
– Havia tanta vontade nela em viver... Que a partir de sua morte, me senti culpado por estar aqui. E ela, que tanto amava a vida, não pudia mais estar entre nós – sua cabeça balança negativamente – mas eu tenho conseguido superar melhor isso, e hoje me sinto culpado por não aproveitar a vida estando vivo. Eu quero viver tudo isso – ele me solta e levanta os braços como se estivesse me apresentando a natureza.
– Você já está vivendo, não percebeu ainda? – sorrio e faço a típica brincadeira onde jogo água em seu rosto.
Vejo uma careta formar-se em sua face, e um longo suspiro sair por seus lábios avermelhados e molhados.
– Vai ser assim? – ele torna a me pegar pela cintura – é assim que se ajuda um cara que está se abrindo pra você? Com água na cara?
– Desculpa – tento conter o riso.
– Mas você não parece arrependida, Maria – seus dedos pressionam com força a minha pele e sou rapidamente levantada por ele e jogada para trás.
Obviamente eu gritei alto ao ser arremessada feito uma boneca de pano. Minha sorte, é que estávamos num rio que cobria nossos corpos até os ombros e tornara a queda um tanto divertida.
Mal me recuperei e ele já havia se aproximado novamente. Seu corpo foi me acuado para um canto onde haviam diversas rochas. Eu não sei exatamente o motivo do silêncio repentino vindo de nós dois, mas logo senti minhas costas se chocarem em alguma coisa dura da qual não quis verificar o que era. Havia um par de olhos que prenderam meu olhar como um imã – agora era impossível desviar minha atenção de seu rosto.
– Você não percebe que para ser feliz você tem que prestar atenção em quem te quer bem? Em quem pede permissão para entrar em sua vida?
Essas perguntas fizeram-me arfar após eu ter alguns segundos para refletir.
Seu corpo encontrou o meu no mesmo instante que seus braços envolveram-me novamente pela cintura. Arthur estava próximo, muito próximo! Porém, não avançou mais do que deveria – eu não me sentia invadida dessa vez.
– Qual dos dois pediram permissão para te tocar? – ele pergunta novamente sem tirar os olhos dos meus.
Isso me fez questionar o quanto ele sabia sobre meu caso com Marc e minha difícil experiência com Jonas. No entanto, estava completamente certo. Nenhum havia pedido permissão!
Nego com a cabeça.
– Eu posso te beijar? – respiro fundo ao sentir sua respiração tocar meu rosto.
Nossa proximidade era tanta, que eu podia sentir até o ar que saia de seus lábios e nariz. Meu Deus! E o pior de tudo, era que eu não queria negar.
Sua mão saiu de minha cintura e pousou rapidamente em meu rosto. Seus dedos acariciaram com suavidade minha bochecha e repentinamente seus lábios tocaram os meus.
Sim, seus lábios tocaram os meus da forma mais suave possível e me fizeram ansiar por mais.
Eu não queria afastá-lo, não senti receio algum e muito menos timidez. Beijá-lo parecia ser tão natural quanto o ambiente à nossa volta. Sua língua acariciou a minha numa sutileza totalmente desconhecida por mim até então. Era como se eu lambesse a coisa mais macia já criada no mundo.
Arthur não tinha pressa, nem mesmo uma necessidade insana em pular para a próxima fase. Ele era calmaria, uma espécie de príncipe encantado que você só encontra em contos de fadas. E eu? Eu era Alice literalmente no país das maravilhas.
Quase chorei quando sua boca afastou-se da minha, por mim, ficaria o beijando até o mundo acabar. Ser tratada como ele estava me tratando me parecia a coisa mais significante da terra. Pois convenhamos? Eu não tinha muita sorte com essa coisa de "homem vs sutileza".
– Você gostou? – ele pergunta e começa a se retirar da água.
Volte aqui! Pensei em meu interior. Entretanto, apenas o segui e passei a imitá-lo vestindo-me novamente.
– Gostei muito – confesso baixinho e cabisbaixa.
Ele não tinha o direito de me beijar e não beijar mais uma vez.
– Podemos fazer isso mais vezes, se quiser.
– Ah... Claro! Por que não? – agora eu ri animada com a ideia.
O observei checar seu celular e guardá-lo no bolso de sua calça em seguida. Mas antes de partirmos, ainda ganhei um selinho demorado do qual me fez ver estrelinhas em torno de minha cabeça, ou melhor, corações.
O caminho da volta pareceu até mais rápido do que nossa vinda. Imitamos todos aqueles passos de pular a corrente de água onde ele me pega no colo e pula para o outro lado.
Analisando o dia de hoje, talvez eu estivesse completamente errada ao pensar que homens mais velhos se sairiam muito melhores em questões de relacionamento. Não era por quê Enrico foi um babaca, que Arthur seria também. E suas atitudes eram a prova viva disso tudo!
Para quem pediu mais fotos dele:
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Ensina-me
RomansPara aqueles que gostam de um cliché cercado de drama e aventuras perigosas no amor, a história vem recheada com romance proibido e momentos dramáticos. Maria Alice foi criada no interior e se viu encantada ao pisar pela primeira vez num colégio d...