Capítulo sessenta e seis - choque de realidade.

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Oi mores! Como vocês estão?

Aqui vai mais um cap. pra vocês! Me digam, o que acham e podem me xingar se quiserem.



[...]

Ao voltar para casa, Jonas acreditou que iria continuar comigo. Mas eu não o perdoaria por ter me forçado a beijá-lo e ter publicado a foto para que Marc pudesse ver.

Além do mais, a foto foi apagada e sabe-se se lá o que mais havia sido real e eu ainda não estava ciente! Ele era um perigo real? Talvez. E essas mínimas chances já me eram suficientes para tomar minha decisão. Afinal, eu havia sido emancipada, e de acordo com as leis, eu tinha legalidade para morar sozinha se pudesse me sustentar. E eu podia! Com um bom trabalho, e uma maturidade aceita, Alice era dona de Alice. Eu era minha família agora...

Jonas de imediato sugeriu pedir uma pizza. Estava com o celular em mãos pronto para fazer o pedido, com os olhos focados em mim esperando uma aprovação.

— Gatinha. E claro que eu não iria esquecer do essencial! — ele então sorriu animado — abra a geladeira.

Cruzei os braços e retribuí o sorriso.

Interessei-me em provar do que é ser como eles por um momento. De quebrar sorrisos, dizer tchau sem mais nem menos... Dar as costas e pensar primeiramente em mim.

— Mais tarde irei ver — respondi indiferente — agora, se quer comer pizza... Sugiro que arrume suas coisas e volte pra sua casa antes que eu resolva contar que você me forçou a beijá-lo. E outra, Jonas! Eu não quero mais você cuidando de mim, pois se eu fui emancipada, significa que vovó não me deixou em seus cuidados!

E lá estava um brilho no olhar apagado. Sua mão devolveu o celular rapidamente para seu bolso traseiro do jeans e reparei seus punhos se fecharem lentamente.

Se ele resolvesse se tornar agressivo, dessa vez não sairia impune, pois jamais iria permitir que um homem me machucasse de novo. Eu poderia ser arrebentada ali mesmo, entretanto, no dia seguinte, ele estaria no fundo do seu poço infernal.

— Mas eu estive com você esse tempo todo, Alice!

— Boa justificativa! Mas é minha escolha, e eu quero morar só, quero viver minha vida e seguir em frente sem meu passado em meu caminho. Então, por favor...

Estendi meu braço direito apontando o meu quarto onde ele dormia.

Imaginei que Jonas poderia ter uma péssima reação, estava preparada para isso sem medo. No entanto, fui surpreendida com uma compreensão de sua parte onde, ele se dirigiu até o quarto e ali passou a apanhar seus pertences ­ – que eram poucos –.

Vê-lo sair do quarto com uma pequena mala foi um ato de vitória para mim. O relógio apontava 20h30min. Seus passos pareciam um pouco pesados apesar dele tentar mostrar um certo controle sobre si.

— E não olhe para trás! — sugeri, assim como Marc, quando o vi passar pela porta de saída.

— Quer saber? — seu corpo retornou e a mala fora solta no chão da área — você mudou para uma pessoa desprezível! E se quer que eu não olhe mais para trás, tudo bem. Mas saiba que eu te desejo uma vida de solidão onde ninguém mais estará aqui por você. Pois que eu saiba, seu tio pouco se importa com o parentesco que tem contigo. E seus únicos amigos, te querem longe! — dessa vez, fora eu quem fechou os punhos com raiva — e Marc, tenho certeza que o ego dele está tão ferido pela foto, que você se tornou um nada para ele.

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