Escreverei pelo celular, então me perdoem!
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17h00min. Meu relacionamento com Jess estava me deixando cada dia mais mergulhada na inquietude. A ideia de ir até sua casa e tentar outra vez nos resolver me parecia ser a correta - ao menos em minha cabeça parecia.
Bastou alguns deslizes com a ponta de meu indicador na tela do celular, e o uber estava à caminho.
Se daria certo? Não sei! Mas eu não desistiria após insistir muito em quem eu amo. Jess merecia meus esforços e minha humildade, por mais que estivesse agora agindo injustamente comigo.
Em minha mente, estava tudo programado para quando eu ficasse frente à frente com minha melhor amiga. Eu pediria desculpas por tê-la magoado, explicaria que jamais tive essa intenção. E tenho absoluta certeza de que ela iria terminar a conversa me dando um abraço muito acolhedor.
Bom... Já à caminho de sua casa, o uber fazia seu percurso numa velocidade média. E em busca da velha Alice, me permiti observar a cidade sem meu olhar de julgamento, mas sim com os olhos daquela Alice que via beleza em tudo.
Em meio ao tumultuo, sempre haveria a brecha para a calmaria. Por isso, em meio ao rancor de meus amigos, eu sabia que existiria a parte que quer resgatar nossas amizades.
(...)
Pago o uber e logo que desço do automóvel, avisto Jess e Arthur sentados distantes um do outro num banco da praça onde me encontrei com Marc.
Arthur tem a cabeça apoiasa em suas próprias mãos. Jess o olha e fala coisas impossíveis de ouvir, porém, ela me vê e pareceu odiar minha aparição.
Aceno para ela e recebo um revirar de olhos em troca. Ótimo!
Ao certo eu não sabia se deveria esperar ela vir até mim, ou eu ir até ela. Olhando-a de longe, muito me parecia que Jess também não sabia o que fazer. Oras caminhava em minha direção, oras voltava para Arthur que, ainda segurando a própria cabeça com suas mãos, ainda não havia mudado um milímetro de sua posição.
Quando decidi ir até eles e iniciei a caminhada, percebi que minha amiga preferiu se dirigir até a mim igualmente. Parei. Esperei, e logo Jess estava bem em minha frente.
Sua respiração acelerada entregava uma furia da qual eu podia até mesmo sentir me rondar. Como se a energia ruim que emanava nela, acariciasse a superficie de minha pele.
- O que pensa que está fazendo?
Ela cerrou seus olhos para mim, posicionou as mãos em sua cintura e batia o pé no chão esperando minha resposta.
- Eu... Eu vim para fazermos as pazes - apesar de gaguejar, me esforcei ao máximo para prosseguir - eu sinto sua falta, Jess! Achei que seria bom ouvir o que você tem a dizer... O motivo de estar tão brava comigo, eu só queria uma explicação mais detalhada... Eu...
- Chega de show! Eu sempre te apoiei em tudo, mesmo quando estava me magoando, eu te apoiei. Na verdade, eu não tenho um motivo especifico... Eu só enjoei de ser a amiga trouxa. Você sempre soube de minha queda pelo Arthur, e sabe o que você fez na época? Ficou com ele! E isso resultou em nós dois tentanto ter nossa primeira vez, e em seguida ele sussurrando seu nome. Ou seja, você sempre vai levar a melhor sendo essa sonsa que é!
- Jess... Eu achava que era uma atração física apenas. E além do mais, foi você quem me incentivou.
Sim. Lembro-me bem de ser incentivada por ela nessa época! Jess sempre me apoiou realmente, porém, de nada isso vale quando não é um apoio dado com afeto e carinho real.
Jamais imaginei que era isso que ela pensava sobre mim, jamais imaginei que minha melhor amiga poderia me dizer essas coisas!- Ah. La vem você fazendo a Britney! - ela começa a rir e mais uma vez revira os olhos.
- Como assim, "fazer a Britney"? - na dúvida, acabei perguntando para entender o que ela queria dizer com isso.
- Pelo amor de Deus! Você não enjoa de se fazer de idiota o tempo todo? Você pode enganar os professores gatos com esse jeito ingenuo seu, Alice! Pode enganar até o Arthur, mas eu não, querida! Eu não!
Jess deu dois passos a mais em minha direção e apontou seu dedo no centro de minha cara.
Minha espinha gelou. Engoli em seco ao imaginar as possibilidades de apanhar de minha ex melhor amiga.
- Some da minha frente, ou eu te chuto tão forte que você irá parar na china!
- Eu não vou embora até você parar de me tratar como se eu tivesse feito algo pra você. Então pare de ser infantil, Jess!
Tomei coragem e aumentei meu tom de voz. Fui firme e ela teria que acordar pra vida, pois se ela tinha inimigos, eu estava longe de ser um deles.
O silêncio pairou entre nós. Ela apenas me olhava profundamente com uma expressão feia.
- Eu vou te dar um tapa nessa cara, Alice... Não estou conseguindo me segurar!
- Você é minha amiga, Jess. Sei que está falando da boca pra fora e...
Mal terminei de falar e ouvi um estalo que trouxe com ele uma ardencia em meu rosto.
Eu havia duvidado que minha melhor amiga seria capaz de me agredir por ciúmes ou seja lá o que. Mas estava feito... E eu era realmente uma idiota.
- E se falar mais, darei outro! - dessa vez, percebi que sua voz estava tremula, e Arthur ao seu lado com a cara inchada de... Chorar(?)
Bom. Já que todos podiam se expressar como bem entendiam... Meu choro veio a tona. Meus primeiros soluços surgiram quando eu ainda estava acariciando o local do tapa.
- Jess. O que pensa que está fazendo com a Ali?
Arthur perguntou e ela rosnou feito uma onça raivosa. Ele poderia ter tido a intenção de ajudar, mas sua intromissão fez apenas com que Jess voasse em cima de mim e me derrubasse.
Resumindo? Eu resolvi que não merecia aceitar nenhuma agressão. Fosse ela fisica ou psicológica!
Quando ela subiu sobre mim e sentou-se em meu quadril, suas mãos se grudaram em meus cabelos e tentava a todo custo bater minha cabeça no chão do asfalto. Eu me esforçava para alcancar seu rosto e cravar minhas unhas nela. Arthur a puxava com força, no entanto, era insuficiente. Pois o bafo que vinha dele quando o mesmo gritava para Jess parar, entregava que, Arthur estava bêbado.
Consegui várias vezes apertar as bochechas de Jess com as unhas, e puxar seus cabelos.
Mas cada vez que ela batia minha cabeça ao chão... Me desconcertava toda!Algumas pessoas chegaram para nos separar finalmente. Mais dois minutos e Jess me deixaria em estado vegetativo!
Eu, Alice. Não iria aceitar isso nunca mais!
Lancei um olhar mortal para aquela menina que um dia chamei de amiga e ela me retrobuiu com o mesmo olhar sanguinário. Mas tudo bem! Tudo bem que ela me deixou com a cabeça latejando por conta de uma insegurança idiota, por ciúmes de namoradinho e tudo mais.
No entanto, ela podia ter certeza, eu não iria voltar mais atrás de sua amizade!
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-Eitaaaaaaaaaa!!!
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Ensina-me
RomancePara aqueles que gostam de um cliché cercado de drama e aventuras perigosas no amor, a história vem recheada com romance proibido e momentos dramáticos. Maria Alice foi criada no interior e se viu encantada ao pisar pela primeira vez num colégio d...