Ensina-me

Capítulo três.

ATUALIZAÇÃO (Outubro de 2024): Em um bom tempo desisti do livro. Decepcionei vários leitores, porém, eu estou continuando.

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Ele cumprimentava muitas pessoas num aceno com as mãos, e quem passava por nós, parecia ser interessados por ele realmente. Lembrava colégio americano, onde havia o famoso jogador de futebol que era popular entre os amigos, e eu era a novata sem sal que todos iriam rir futuramente.

– Não! – Protestei para mim mesma em voz alta.

– Não o que? – Suas mãos seguraram meus ombros me fazendo ficar de frente para ele, que era tão alto e...

Ruborizei na hora, encarei o chão, suspirei nervosa e fiz tudo o que uma pessoa morta de vergonha faria.

– Eu... Eu estou apenas sonhando alto. Tenho essa mania de... – Tentei a qualquer custo me explicar.

Vi que seu celular tocou, ligeiramente ele olhou para sua tela, sorriu e guardou o aparelho no bolso novamente. Voltamos a caminhar.

– Você já viu onde fazemos educação física? – Perguntou.

Claro que não havia visto, mas estava curiosa para conhecer todos os cantos desse colégio, esperava apenas ter todas as aulas para saber onde ficava os lugares.

– Não, não tive tempo de ver ainda.

– Sua próxima aula vai ser lá, quer que eu te leve depois de ir ao banheiro?– Uma de suas sobrancelhas estava arqueada e seus dentes superiores mordiam seu lábio inferior de forma bem sutil.

– Na verdade, eu nem estou afim de ir ao banheiro, sabe... Só fiquei um pouco envergonhada. – Confessei cabisbaixa.

Ele me surpreendeu segurando minha mão, isso me fez encará-lo assustada, sem saber de verdade como reagir àquilo, eu apenas tentei fingir que estava tranquila com sua ação.

Pensei que não poderia piorar a minha situação, enquanto ele andava e eu o seguia, senti que minha mão foi levada até seus lábios e antes que eu pudesse ter outra reação, ele a beijou. À essas alturas, eu já havia derretido no meio do colégio inteiro, tinha certeza que de branca eu havia ficado roxa, e estava passando por uma mutação de cores. Eu havia sido beijada por ele, e mesmo que não fosse nossos lábios se tocando, era um beijo e beijos tem sentimentos! Oh meu Deus...

Fingi que aquilo foi normal para mim, eu não queria passar a impressão de quem não entendia desses assuntos, eu fingiria até que tomasse coragem para revelar que ele seria meu primeiro namorado.

– Chegamos! – Enrico sorriu e seus olhos brilhavam para mim. Seus cílios longos fazia o conjunto perfeito de seu rosto, sua pele negra combinava muito bem com seus lábios carnudos. Seu
nariz era fino e muito bem desenhado, assim como seu maxilar quadrado. Ate suas sobrancelhas eram lindas, ele era lindo demais da conta!

Suspirei ao sentir um gelo subir por minha barriga e já não conseguia desviar meus olhos de seu rosto bem desenhado.

– Alice? – Acordei de meu transe e pulei para trás ao perceber onde minha mente estava me levando.

Estávamos perto de uma cerca que cercava toda a volta do campo, eu me apoiei nela com as mãos e encostei minha testa no mesmo lugar. Queria disfarçar meu constrangimento, embora tivesse gostado de imaginar nós dois. Afinal, que pensamentos eram esses? Minha avó não gostaria de nada disso...

Enrico aproximou-se novamente, dessa vez veio por trás e encostou todo seu corpo no meu, me pressionou suavemente na cerca e enfiou seu rosto em meu pescoço. Senti ele respirar profundamente, levando consigo o cheiro de minha pele e cabelos.