Capítulo vinte e oito.

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Alice narrando:

De uma coisa eu estava certa, Marc iria exigir um momento a sós e não seria nada romântico. Por mais que eu me sentisse certa do homem que ele era, e que nada de ruim seria capaz de fazer à mim, senti medo. No colégio, seus olhos me evitavam pelos corredores, mas os meus o seguiam até perdê-lo completamente de vista. Jess sempre estava ao meu lado dizendo incansavelmente o quanto ele estava enfurecido, e foi assim até o ultimo sinal ecoar de forma estridente.

– Se Marc ainda não bateu em Jonas, acho que será agora na saída – encarei a figura de cabelos avermelhados – quando tem briga, sempre é no final da aula, em frente ao colégio...

Jess deu de ombros e quando saímos da escola, seus olhos ficaram atentos em todas as movimentações estranhas.

– Pare de dizer essas coisas, parece até que quer ver o circo pegar fogo – suspirei com meu olhar também atento. Afinal, tudo pode ficar pior.

Estranhei não encontrar a caminhonete de vovó no lugar de sempre, observei todas as vagas possíveis, analisei até mesmo lugares que proibiam carros estacionados.

– Minha avó não está aqui, Jess – entro em alerta, meu corpo já estremecia imaginando mil bobagens.

– Eu peço pra minha mãe te levar então.

Boa ideia! Pensei.

– Não precisa se preocupar com isso – pensei estar tendo um pesadelo, mas a voz prosseguiu – sua avó está fazendo exames e as filas de hospitais públicos não são nada pequenas, ou seja, ela não poderá te buscar hoje.

Jonas para ao meu lado e estica seus braços para cima, parecendo estar se alongando. Ouço um gemido exausto vindo dele e logo seu sorriso aparece.

– Então acho que aceitarei sua carona, Jess – por mim, sairia correndo dali diretamente para o colo de sua mãe.

– Sua avó ligou para a escola, pediu para conversar exatamente comigo – vejo minha amiga tossir feito louca ao meu lado, estranhando a situação da mesma forma que eu.

– E?

– Vou te levar pra sua casa, e tem de ser logo. Ela deixou a chave com a vizinha, sabe qual é?

– Não, Jonas. Não sei! – sinto-me irritada, mas não simplesmente irritada. Sinto-me extremamente enfurecida.

– Marc vai matar esse homem, escute o que estou falando – Jess fala sussurrando ao pé de meu ouvido esquerdo.

Fecho os olhos e suspiro profundamente. Se eu não tenho escolha, que seja antes de Marc me ver entrando no carro dele!

Agarro o braço de Jonas e o puxo com força.

– Tchau, Jess!

Enquanto eu me esforçava para puxá-lo, ele parecia não estar com pressa. Continuei puxando aquele corpo pesado e preguiçoso, tendo ainda que ouvir algumas risadas debochadas que muito me tiravam do sério.

– Se você não andar rápido, eu irei pedir para que outro professor me leve! – digo irritada após soltá-lo.

As palavras bastaram para que suas pernas andassem até mesmo mais velozes que as minhas. Caminhamos na velocidade da luz em direção ao seu carro estacionado em uma vaga especialmente feita para funcionários do colégio.

A única coisa que fui rezando para não acontecer, era dar de cara com Marc.

Deus, ultimamente o senhor tem me deixado somente em enrascadas. Então, por favor, dessa vez não! Por favor? Prometo que nunca irei me esquecer de rezar todas as noites antes de adormecer, eu...

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