"Que comecem os jogos"

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Cheguei no restaurante na hora marcada e não vi a Natália lá, nossa cadê ela?

Minha mãe tinha vindo comigo, mas quando chegou aqui na porta ela lembrou da bolsa que tinha esquecido no carro.

Pedi uma água tônica e comecei a beber. Estava escrevendo uma mensagem pra Natália quando percebo que alguém sentou ao meu lado, e quando olho dou de cara com o irmão dela.

O que esse idiota está fazendo em um restaurante como esse e ainda por cima usando um boné? Ele tem demência?

- Boa tarde. - Ele falou e abriu um meio sorriso.

- O que você está fazendo aqui? - O idiota puxa meu braço com tamanha brutalidade e chega seu rosto bem pertinho do meu.

- Por que você fez aquilo? Por que denunciou a maldita luta? - Arranco meu braço do seu aperto e penteio meu cabelo com as mãos. Tenho certeza que meu braço vai ficar marcado.

- Porque ninguém humilha a mim e ao meu irmão.

- Pois eu vou te humilhar, eu vou acabar com você garota. - Dou uma risada, quem ele pensa que é? Esse cara é um grande babaca.

- Você não tem poder pra isso. Se a gente for brincar desse jogo pode ter certeza que você cai primeiro. - Ele bota uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha e chega perto do meu rosto novamente.

- Isso é o que vamos ver. - Quando ele vai levantar minha mãe chega.

- Ah, oi você é? - Minha mãe pergunta e senta botando a bolsa pendurada na cadeira.

- Eu sou Arthur. - Ele diz da forma mais educada possível e ainda chega a tirar o boné. Finalmente se tocou das etiquetas.

- Prazer eu sou a mãe da Camila, Karen.

- Prazer em conhecê-la, agora eu tenho que ir. Espero que aproveitem o almoço. - O babaca tem a capacidade de se abaixar e me da um beijo na bochecha, quase vomito na cara dele.

- Nos vemos por aí. Até mais Karen. - Ele da um beijo na mão de minha mãe e sai. Antes de passar pela porta ele lança uma piscadela pra mim. Isso não vai prestar, eu tenho certeza que ele vai se vingar de mim e não vai demorar.

- Bem educado ele, parece que eu senti um clima. - Olho para minha mãe como se ela fosse louca.

- Obvio que não, ele é um idiota. - O pouco que conheço esse garoto já da para perceber o quanto ele é atrevido, ele não tem medo do que eu posso fazer com sua vidinha inútil. Eu posso acabar com ele e não ferir minha amiga, mas vou deixar ele da o próximo passo, está na vez dele de jogar.

E sobre a Natália, acho que foi ele quem estava me mandando as mensagens o idiota é bom.

- Ele não me pareceu ser um idiota.

- Mãe eu não quero falar sobre esse menino, vamos comer. - Depois disso ficamos só conversando sobre o próximo pronunciamento do meu pai, que no caso iria ser um debate na televisão e como sempre ele nos queria presente.

Não sei que mania é essa do meu pai, eu estava quase correndo para passar uma temporada na casa dos meus avós. Meu pai estava me cansando com isso.

- Vamos mãe. - Digo depois de estar com a barriga quase explodindo.

Saímos do restaurante e fomos pra casa.

Quando chegamos lá, o Eric estava no jardim com o Filipe um amigo.

- Oi Lipe. - Dou um beijo em sua bochecha e outro na do Eric.

- Olá Mila. - Me sentei ao lado deles e tirei meu salto.

Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora