Capítulo 48

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-Oi.- Tiro os fones do ouvido e presto atenção na Natália, eu estava finalizando a arrumação das minhas coisas pois eu estava indo pro aeroporto. 

-Oi.- Natália respira fundo e balança a cabeça.

-Você não da mesmo o braço a torcer né?

-Jamais.- Me levanto e visto minha calça jeans.

-Eu vim aqui para te pedir desculpas, eu só não contei da aposta pois o Arthur tinha desistido e eu não queria te magoar Camila, pensei nos seus sentimentos e o que você fez? Não me permitiu explicar nada, ao invés disso me humilhou como se nossa amizade não valesse nada.- Enfio as mãos no bolso e respiro fundo.

-Natália, eu não quero ouvir mais explicações, pra mim já deu ok?

-Eu fico muito triste que nossa amizade chegue ao fim assim, eu vim aqui na intenção de me desculpar antes de você ir embora mas estou vendo que você não está nem aí.

-Eu estou Natália, porra eu amo você, mas eu também tenho sentimentos mesmo que eu não demonstre na maioria das vezes. Ele me magoou Natália e você também mesmo não tendo conhecimento disto, eu amei alguém pela primeira vez e essa pessoa me machucou muito, e me desculpe mas o seu papel como amiga é me contar qualquer coisa que venha me machucar eu sempre fiz isso com você mesmo que a situação fosse a mais fodida possível.- O nó na garganta chega a gritar para ser liberado mas eu me nego a chora, esgotei minha cota de choro do ano.

-Você está fazendo uma burrada, mas se é assim que você quer eu não posso fazer nada. Adeus!

Dito isso ela sai do quarto e me deixa sozinha, agora acabou de vez. Mas é bom, só assim não vou sentir saudades quando eu estiver na Espanha...

Ah meu Deus quem eu quero enganar? Estou me sentindo uma merda e me odeio por isso.

***

Eu estava no aeroporto esperando para embarcar, eu achei melhor não deixar ninguém da minha família vir me trazer, ainda mais se meu pai viesse iria da o maior bafafá da mídia e eu não queria isso. Então ontem meu pai fez um jantar no nosso apartamento de despedida, chamou os mais chegados até meus avós foram, como já tinha tido o jantar eu falei que não precisavam vir. 

-Indo embora?- Levo um susto quando ouço a voz do Arthur tão perto, como ele sabia que eu estava aqui? 

-O que você quer?- Fecho a revista que eu estava lendo, ele se senta ao meu lado e me olha.

-Eu quero o conserto do meu carro, você não vai sair daqui sem antes pagar o estrago que fez.- Dou a maior gargalhada e balanço a cabeça, parece que voltamos uns meses atrás na vida, estamos como no dia que nos conhecemos em pé de guerra.

-Eu não vou pagar nada e você não é ninguém para me impedir de entrar naquele avião.

-Eu não estou brincando Camila, você destruiu meu carro.

-Fico feliz que eu tenha me saído bem.- Falo e abro um sorriso.

-Porra você pode parar de ser tão sarcástica? Eu quero o conserto do meu carro.

-Pois não vai ter.- Nos olhamos como dois rivais, prontos para agarrar no pescoço um do outro. 

-Você é uma grande vaca egoísta garota, eu não sei como um dia consegui gostar de você e ainda cogitar em não pisar em você. Deu sorte que eu senti pena, já que você só é digna disso. Você Camila faz essas coisas de se vingar e magoar todo mundo porque não consegue ser amiga dos outros ninguém aguenta você, então seu meio de provar que é maior é se vingando ou humilhando as pessoas como você fez com a Ingrid e com minha irmã. Dessa vez você não vai sair ganhando.- As palavras dele me deixam calada por um bom tempo.

Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora