Capítulo 8

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- Eu tenho algo pra você bad boy. - Bola diz do outro lado da linha já me deixando animado.

- Manda.

- Temos uma luta, no alto de um prédio com apostadores de alto porte. Venha aqui pra casa, quero você muito bem treinado. - Alto porte, isso que dizer uma boa grana. Eu não poderia ter recebido notícia melhor.

- Claro cara. - Desligo e abro um sorriso, finalmente! Não aguentava mais ficar sem lutar.

Saio do quarto e vejo minha mãe ao lado do meu pai.

- O que aconteceu?

- Ele foi inventar de subir pra lage e agora está aí cheio de falta de ar. - Meu pai é um teimoso, ele sabe que não pode subir escadas, ladeiras e essas merdas. Mas não adianta. Qualquer coisinha que ele faça ele fica com falta de ar por conta do seu peso.

- Porra pai o senhor sabe que não pode.

- Não venha me da bronca Arthur, eu tenho que me mover.

- Claro, mas não subir escadas né. - Tomara que eu consiga uma boa grana mesmo com essa nova luta, só assim eu posso quitar o dinheiro que está no banco e finalmente pagar a cirurgia do meu pai.

Eu consigo vê que ele está muito sobrecarregado com isso tudo, ele era um homem super ativo antes. E agora tem que ficar no sofá sentado, vendo televisão.

Ainda bem que ele ainda consegue ir até a barraca por que se não, meu pai cairia em depressão e aí tudo ficaria bem fodido.

- Fique aí Antônio, deixa de ser teimoso. - Minha mãe reclama com ele. Está muito cansativo pra todos nós.

Deixo os dois lá e saio de casa, vou até meu carro parado na calçada e passo a mão pela tintura fodida.

Aquela menina fez um belo estrago, isso vai me custar um bom dinheiro. Mas por enquanto vai ter que ficar desse jeito mesmo.

Soco a lataria do carro.

- Filha da puta. - Tudo culpa dela, daquela menina mimada e idiota.

- Arthur. - Natália grita em meu ouvido me fazendo levar um susto.

- O que foi?

- Tenho uma festinha pra gente ir. Eu ganhei o convite e tenho direito a dois acompanhantes, você e o Igor. - Pego o convite e dou uma olhada, festa de granfino da pra ver pelo convite.

- É de um amigo do irmão da Camila, que também é meu amigo. A festa é à fantasia. - Olho de novo o convite, e abro um meio sorriso. Essa é a minha chance de pegar essa garota e começar a por o meu plano em ação.

- Pois nós vamos. Vou falar com o Igor. - Abro um sorriso, agora sim.

- Arthur, me leva até o mercado preciso comprar algumas coisas pra casa. - minha mãe diz saindo de casa com sua bolsa no ombro. - O que aconteceu com o seu carro?

- Uma louca qualquer arranhou ele.

- Não vai me dizer que é alguma das meninas que você costuma sair Arthur. - Dou uma risada e balanço a cabeça.

- Não mãe, agora vamos logo.

- Espera deixa só eu falar com a Ilza. - Minha mãe era assim, quando saía de casa falava com todos os vizinhos e ficava horas conversando.

- Agora você vai mofar aí. - Natália diz e entra pra casa.

Claro que vou, minha mãe quando para pra conversar com esses vizinhos fica horas e horas.

Mas hoje eu vou logo da uma trava. Aperto a buzina para chamar a atenção dela. E com duas outras buzinadas ela finalmente entra na porcaria do carro.

- Porra por que precisa demorar tanto?

- Ela estava me contando que a filha da Inês está grávida. A menina só tem quatorze anos. - Dona Diana diz como se fosse o fim do mundo, eu já estava acostumado com isso. Pela minha mãe ser da igreja ela era muito certinha e ficava assustada com qualquer coisa, mas era uma fofoqueira de marca maior isso a igreja não conseguiu tirar dela.

- Mãe já falei que fofoca é pecado.

- Eu só estou comentando Arthur. - Dou risada.

Alguns minutos depois eu estaciono o carro no super mercado.

Nem saio de dentro, minha mãe que vai fazer as compras e eu só fico dentro do carro ouvindo música e esperando ela terminar.

***

Compras feitas, finalmente em casa. E assim que boto os pés na sala a Natália já corre até onde eu estou.

- Você não vai acreditar em quem entrou em contato comigo pelo facebook. - E lá vem notícia que eu não vou gostar.

- Quem Natália? Fala logo menina. - Minha mãe pergunta.

- A Paola, acredita?

- Bloqueia, essa menina de novo não em Arthur já vou logo avisando.

- Pelo amor de Deus mãe, eu falei alguma coisa? Eu não falo com essa garota há um tempão. - Paola foi uma namorada minha, nós ficamos juntos por dois anos e mais alguns meses. Conheci ela através de um amigo.

Foi a melhor relação que eu tive e eu gostava dela pra cacete, mas aconteceu uma briga entre ela e eu. E a mãe da garota enfiou a família dela no meio e aí deu a maior merda, terminamos, ela foi embora, e já fazem uns seis meses que não a vejo.

Deixo os sacos em cima da mesa e vou pro quarto, Natália vem logo atrás.

- O que ela queria? - Pergunto só por curiosidade.

- Ela perguntou sobre você, se estava namorando e coisas do tipo. Ela parecia querer contar alguma coisa. - Mais essa, eu só queria distância dessa garota.

Eu gostava dela pra cacete, mas depois da nossa briga eu tomei nojo do rosto dela e dei graças a Deus quando ela foi embora.

- Manda sumir novamente. - Digo e me jogo na cama.

- Ta né. - Ela diz e sai do quarto.

Sinto meu celular vibrar com a chegada de uma nova mensagem no whatsapp. Pesco o celular do bolso e abro a mensagem.

B: Luta confirmada malandro, quero vc aqui em casa. Vamos treinar, faz melhor arrumar briga na rua kkkkkk.

Dou risada pela mensagem do bola, que venha muita grana.

Levanto e dou uns socos no ar. Vamos torcer pra alguém me tirar do sério e eu baixar o cacete nessa pessoa. Preciso treinar mesmo estou ficando enferrujado, então... Casa do bola.

Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora