Capítulo 3

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Louis’ POV

“- Já conheces o meu sobrinho, o Louis?

- Hm… não.”

Eu não percebo! Continuo a reviver este momento, o momento em que a vi pela primeira vez em três anos, vezes e vezes sem conta e eu não consigo perceber porque é que ela disse que não me conhecia.

Alguma se passa, eu tenho a certeza! Ela não pode simplesmente fingir que eu não existo, não depois do que nós passámos. Mesmo que ela tenha… seguido em frente, ela não pode fingir que nada aconteceu.

 

Dr. Henry’s POV

Alguns segundos depois de a Emily ter saído do meu escritório, Sophia, a minha secretária, avisou-me que eu tinha uma chamada em linha da Sra. Fray. Eu não gostava nada daquilo que eu estava a fazer, ia contra tudo aquilo em que eu acreditava e tinha prometido.

A Emily estava tão confusa e preocupada e eu menti-lhe na cara. Aquilo era, com certeza, uma memória do passado e o rapaz que ela viu foi alguém muito importante para ela, ou ela nunca teria tido aquele “sonho”.

Eu não ia mais aguentar esta mentir, eu não era ninguém para lhe negar o direito de saber a história dela, era algo que fazia parte dela. Sim, eu ia acabar com isto e era hoje!

- Sra. Fray, como tem passado? – Eu disse, assim que eu atendi o telefone.

- Não me venha com rodeios. A sua secretária avisou-me de que a minha filha foi falar com o senhor. Eu quero saber tudo o que se passou dentro dessa sala.

- A sua filha diz que teve um sonho em que alguém que ela nunca viu lhe deu um anel.

- E quem é que lhe deu o anel?

- Ela não me disse.

- Não lhe disse? Você é o psicólogo dela, devia de lhe ter perguntado! O que recebe não lhe chega para fazer o seu trabalho em condições?

- Eu sou um psicólogo, não um inspetor. A minha função é ouvir os meus clientes e perceber o que é que eles têm, não investigar e, perdoe-me, cuscar a vida deles.

- Como é que se atreve? – A sua voz soou do outro lado da linha, ofendida.

- Eu não quero fazer mais isto, Sra. Fray.

- Você sabe o que é que lhe vai acontecer, certo?

- Sim. Sra. Fray, eu já estou velho, já me ia reformar de qualquer maneira.

- Você vai-se arrepender!

- Tenha o resto de um bom dia. – Eu disse, desligando o telefone logo de imediato.

Agora, eu tinha que ir falar com a Emily. Eu sei que não lhe posso contar nada diretamente, ou a mãe fará algo bem pior do que o que prometeu se eu deixasse de colaborar, mas eu posso… iluminá-la.

Emily’s POV

O resto do dia de trabalho correu bem, pois não voltei a ver o rapaz tatuado, o que se deve ao facto de eu não ter saído do meu escritório, nem para ir à casa de banho. Quando eu cheguei a casa, senti um cheiro delicioso e encontrei John na cozinha.

Eu aproximei-me dele e meti-me em bicos de pés, dando-lhe um beijo na bochecha, recebendo um sorriso em troca.

- Agora cozinhas todos os dias? – Eu brinquei e ele riu-se.

- Não te habitues.

- John, se eu te fizer uma pergunta, tu respondes-me? – Eu perguntei, algum tempo depois.

Love Me Again [Dark Sequel] (pt)Where stories live. Discover now