The difference between the impossible and the possible lies in determination.
- Tommy LasordaEmily’s POV
Eu estava bastante empenhada e entusiasmada a escrever o meu artigo, porque, finalmente, tinha acordado a minha imaginação e eu tinha esquecido, mais ou menos, o que se tinha passado e estava a conseguir escrever qualquer coisa decente e digno de ser publicado num jornal, quando alguém bate à porta.
- Entre! – Eu disse e sorri assim que ele entrou. – John! – Eu levantei-me de imediato e fui ter com ele abraçando-o. – Eu estava tão preocupada.
- Desculpa não te ter atendido, mas eu tinha o telemóvel em silêncio e depois com aquele projeto eu nem me lembrei de ver as chamadas.
- Não faz mal, o que interessa é que estás bem.
- Mesmo assim, desculpa ter-te preocupado.
- Já disse que não faz mal. – Eu respondi, sorrindo quando ele me beijou.
- Vamos almoçar?
- Sim, onde?
Eu peguei no meu casaco e no meu guarda-chuva, pois estava a chover bastante e saí do escritório, seguida por John.
- É surpresa.
- Que bom! – Eu sorri e beijei-o docemente.
Quando eu me afastei dele, eu vi o seu olhar a fixar algo atrás de mim e os seus olhos arregalaram-se. Eu olhei na direção em que ele estava a olhar e não vi nada de anormal… a não ser Louis, que estava a olhar para nós com um olhar… magoado?
Mas que estranho… Porque é que ele estava a olhar assim? Ele não deve de estar a pensar que eu me ia apaixonar por ele só por causa do que aconteceu na casa de banho, pois não? Ele fez aquilo, claramente, para que eu ficasse confusa e para me conquistar, porque ele tem todo o estilo de quem não anda com a mesma rapariga durante muito tempo e, se ele pensa que eu vou ser mais uma “diversão” dele, ele está muito enganado.
De certeza que era isso, que outra explicação haveria?
- John, o que é que se passa?
- Hm… nada, não é nada.
- Eu esqueci-me do meu telemóvel, não te importas de esperar?
- Não, vai lá. – Ele disse e sorriu.
Eu estava há tempo suficiente com ele para saber que aquele sorriso não era verdadeiro. Algo se estava a passar, eu sabia que ele estava preocupado com alguma coisa e eu queria saber o que era para o poder ajudar. Eu suspirei e tirei o meu telemóvel da carteira, vendo que tinha uma mensagem de um número estranho.
“Já não nos vemos há tanto tempo, Emily. Tenho saudades tuas, quando é que voltas a Hoboken? Kahlan.”
Kahlan… Quem é que era essa? Eu nunca tinha ouvido falar em tal nome, de certeza que se enganaram no número. Eu saí do escritório e John ainda estava á minha espera, sorrindo-me assim que me viu. Louis não estava em qualquer lugar, assim como Mary. Será que eles estavam juntos?
Eu dei um estalo mental a mim mesma. Porque é que eu estava a pensar nisto?
- Vamos? – Eu perguntei, dando a mão a John.
- Sim.
Eu peguei nas chaves do meu carro, quando chegámos ao parque de estacionamento, mas John tirou-mas da mão e guardou-as no seu bolso, abrindo a porta do seu carro para que eu entrasse. Eu ri-me e entrei, John fechou a porta e arrancou com o carro logo de seguida.
Louis’ POV
Eu vi Emily a passar com… o John, se não estou em erro, não que lembrar-me do seu nome seja algo importante, mas eu sabia o seu nome, porque eu tinha a certeza que ele gostava da Emily, quando ainda estávamos na universidade e, agora, ao ver que ele estava com ela, depois do acidente, só me fazia pensar que eu tinha razão… e que alguma coisa estava mal. Eu tinha que saber tudo o que tinha acontecido nestes últimos anos, porque é que ela não se lembrava de mim e porque é que ela estava com o John em Londres.
Eu tinha a sensação de que a mãe dela estava, não sei como, envolvida nisto.
Ele disse-lhe qualquer coisa e ela sorriu e beijou-o. Nessa altura, eu deixei de ouvir a voz de Mary, que estava a falar comigo, outra vez. Era como se tivessem metido aquela cena em replay e a dor que eu estava a sentir aumentava a cada segundo.
Ela não se lembrava de mim e eu acabei de ter a confirmação disso. Ela não se lembrava de mim, daquilo que nós passamos, não se lembrava de tudo o que lhe tinha contado e dito e do que ela me disse e contou, ela não se lembrava de quem eu fui. Ela não se lembrava que me tinha amado.
- John, o que é que se passa? – Emily perguntou a John e eu vi que ele estava a olhar para mim como se tivesse assustado. Era bom que estivesse, porque eu estava mesmo com vontade de o matar agora mesmo por ele estar com a Emily.
- Hm… nada, não é nada.
- Eu esqueci-me do meu telemóvel, não te importas de esperar?
- Não, vai lá. – Ele disse a sorrir.
Eu preparei-me para ir atrás dela, mas, então, eu vi-o a pegar no telemóvel e a olhar para todos os lados, como que para ver se alguém o estava a ouvir.
- Beatrice tenho más notícias. Nós temos um grande problema. – Uma pausa seguiu-se. – Não, não é o psicólogo, mas é algo que vai, com certeza, arruinar o nosso plano. – Ele olhou para o escritório da Emily para se certificar se ela ainda lá estava e eu aproveitei para me esconder. – Ele está aqui. – Outra pausa. - Eu não sei como é que ele soube que nós estávamos aqui, mas ele está cá, na empresa onde a Emily trabalha e eu tenho a certeza que ele vai estragar tudo. O que é que nós vamos fazer? – Mais uma pausa. – Ok. Sim, temos que ter cuidado. Sim. Ok.
- Vamos? – A voz de Emily soou e eu deixei de os ouvir.
Eu saí do sítio onde eu me tinha escondido e fui para o meu escritório. Eles tinham vindo para Londres para fugir de mim? Isso era de loucos! Eu tenho que contar isto à Emily, ela precisa de saber porque é que está aqui e porque é que não se lembra de mim. Se ela acreditar em mim, o que pode ser difícil, principalmente depois de eu a ter beijado.
Apesar de que valeu a pena.
Merda!
Ela tem que acreditar em mim, ela tem que saber o que é que a mãe fez e que é comigo com quem ela deve de estar e não com o John, é para mim que ela tem que sorrir daquela forma, é a mim que ela tem que beijar. Mais ninguém.
Eu vou fazer com que ela se lembre de tudo, eu vou fazer com que ela me ame de novo, nem que seja a última coisa que eu faça.
Narrador’s POV
Mal sabia ele a verdade e o destino que as suas palavras carregavam. Mal sabia ele que, muito provavelmente, essa, seria mesmo a última coisa que ele faria.
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Antes que começem a dizer que isto está pequen deixem-me que vos diga que eu queria mesmo fazê-lo assim... bem, não pequeno, mas sim acabá-lo nesta parte... as coisas vão começar a aquecer depois deste capítulo e o Narrador's POV (lol) está muito fixe... bem, espero eu '-'btw: leiam a minha fic Hero que eu estou a começar a publicar, porque ela é diferente daquilo a que eu estou habituada, por isso dava-me jeito um feedback :p
btw2: LEIAM A FIC "NEVER" DA MARGARIDA PORQUE É SIMPLESMENTE FANTÁSTICA E EU ACONSELHO-VOS SERIAMENTE A LÊ-LA - não se vão arrepender ^^
@niamrauhl :)
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Love Me Again [Dark Sequel] (pt)
Fanfic“Sabes quem eu sou?” “Não.” “Amas-me?” “Não.” “Então, eu vou fazer com que me ames de novo.”