Emily’s POV
Louis tinha, finalmente, saído do hospital assim que os médicos acharam que ele estava recuperado e pronto para ir para casa. Eu estava bastante feliz por o ter de volta, embora, ele não pudesse fazer muitos esforços.
A minha mãe estava numa prisão própria para doentes mentais, aparentemente, ela tinha um problema qualquer de obsessão e também tinha leucemia. No momento me que soube de tudo fiquei em choque e soube o porquê de ela ter chegado àquele ponto, afinal, nós não queremos ver a nossa mãe a sofrer porque a amamos, mas ela não é a minha mãe porque as mães não fazem o que ela fez e eu sei que ela estava bem no inicio.
Eu só pedi para que não me dissessem o que quer que fosse sobre ela. Eu não quero saber nada dela, porque eu não quero pensar que ela existe, porque eu sei que isso só me vai fazer sofrer e pensar em coisas que eu não devia nem queria pensar.
Neste momento, eu tinha uma caneca de leite com chocolate e estava sentada na varanda, tapada com um cobertor, enquanto me limitava a observar os carros a passar e as luzes da cidade, numa tentativa de me acalmar.
Eu não conseguia dormir, eu tinha tido mais uma consulta para ver se estava tudo bem comigo e para ver se não havia “resíduos do feto” como eles lhe tinham chamado. Eu não conseguia deixar de pensar no que é que poderia ter acontecido se eu não tivesse caído, como é que seria o bebé, se seria menino ou menina, no nome que eu lhe ia dar…
Uma lágrima escorreu pelo meu olho.
Apesar de já ter passado algum tempo, era como se tivesse acontecido tudo hoje, a dor estava menor, mas ela ainda lá estava e atormentava-me cada vez que eu tinha que ir ao médico, cada vez que eu pensava no assunto, cada vez que eu pensava na minha mãe, cada vez que eu via uma criança no parque ou cada vez que via uma mulher grávida…
“Não consegues dormir?” Louis perguntou atrás de mim, abraçando-me pela cintura e pousando a cabeça no meu ombro.
“Não…”
“Porquê?”
“Nada, eu estava só sem sono…”
“Anda.”
Louis agarrou na minha mão, tirando-me a caneca da mão gentilmente e puxou-me primeiro até à cozinha para deixar lá a caneca e depois até ao quarto onde ele me deitou na cama, fazendo-me rir.
“Eu sei que é por causa do bebé, mas ficares triste só me deixa triste e isso não resolve nada, não vai fazer com que as coisas não tivessem acontecido ou com que voltes atrás no tempo. Eu sei que deve de te custar ouvir isto, mas é a verdade. Eu também estou triste e por vezes também penso que nada disto é verdade e que nada aconteceu, mas a verdade é que aconteceu e nós não podemos fazer nada para mudar isso, ok?” Ele disse num tom de voz suave.
“Ok.”
“O médico disse que estava tudo bem, que estava tudo normal contigo e que podíamos voltar a tentar…” À medida que ele falava, um sorriso perverso ia crescendo no seu rosto e eu apenas abanava a cabeça a sorrir. “E tentar vai ser a melhor parte e a mais divertida.”
“Tu és um tarado!”
“Ei, estou a dizer a verdade.”
“Obrigada, Lou.”
“Porquê?” Ele perguntou confuso.
“Por estares aqui ao meu lado.”
“Enquanto me amares eu vou estar sempre do teu lado e vou garantir que nada nos vai separar.”
“Ainda bem. Eu amo-te.”
“Eu também te amo.” Louis depositou um suave beijo nos meus lábios e foi apagar as luzes, deitando-se logo de seguida, cobrindo os nossos corpos com os cobertores, abraçando-me pela cintura de seguida.
Um sorriso apareceu nos meus lábios segundos antes de os meus olhos fecharem.
(…)
Eu acordei com o meu telemóvel a tocar e ouvi Louis e resmungar qualquer coisa sobre o facto de ser Sábado, o que me deu uma certa vontade de rir. Eu peguei no telemóvel e caminhei até à sala de estar atendendo.
“Emily Fray?”
“Sim?”
“É do hospital. Nós temos a informação de que não queria receber quaisquer notícias da sua mãe, mas eu tinha que lhe telefonar e dizer-lhe que ela se encontra neste momento no hospital em estado critico. Podem ser as últimas horas dela…” A senhora disse.
“Oh, eu… eu não estava à espera disso… Huh… obrigada.”
Eu sentei-me no sofá com o rosto escondido entre as mãos. Eu não sabia o que é que haveria de fazer. Poderiam ser as últimas horas dela e qualquer pessoa teria ido a correr para o hospital para poder despedir-se da sua mãe, mas ela fez-me demasiado mal e, então, eu não sei o que deva de fazer, eu não sei se deva ir visitá-la ou se deva de fazer de conta que nada aconteceu.
Mas ela é minha mãe!
Apesar de que ela me fez bastante mal e foi basicamente a causa de eu ter perdido o bebé.
O que é que eu vou fazer?
“Emily, está tudo bem?”
“Eu não sei…”
“O que é que se passou?”
“Ligaram-me do hospital… hm… parece que a minha mãe está lá e podem ser as últimas horas dela e… eu não sei o que fazer…”
“Queres ir visitá-la?”
“Depois de tudo o que ela nos fez?”
“Eu não estou a perguntar se a queres perdoar, estou a perguntar se a queres ir ver. Para te despedires dela…”
“Eras capaz de ir visitar a tua mãe se ela estivesse na mesma situação?” Eu perguntei com um pouco de receio da sua reação.
“Provavelmente não, mas é diferente.”
“Obrigada por me ajudares.”
“Eu não fiz nada.” Ele riu.
“Fizeste sim. Eu acho que a vou visitar. Visitar, não perdoar.”
“Eu vou contigo.”
“Tens a certeza?”
“Tenho. Eu só não quero que ela tente fazer qualquer coisa, se ela tentar eu quero estar lá para te salvar…”
“És o meu super-homem?”
“Com certeza.” Ele disse erguendo os braços, o que me fez rir.
.
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Este capítulo está pequeno e uma porcaria e eu não gosto muito dele, mas eu espero que tenha havido um milagre e que vocês tenham gostado :s
O que é que acham que vai acontecer quando a Emily for visitar a mãe? Acham que ela está a fazer a coisa certa? :)
btw: leiam a minha fic niam, chama-se "Interview With Liam Payne" e eu sei que já vos pedi isto um monte de vezes, mas ya... hahaha
btw2: desculpem lá pelos feels do gif
@boobearboxers :)
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Love Me Again [Dark Sequel] (pt)
Fanfiction“Sabes quem eu sou?” “Não.” “Amas-me?” “Não.” “Então, eu vou fazer com que me ames de novo.”