Capítulo 2

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Emily’s POV

Eu levantei-me e saí do meu escritório quando, finalmente, acabei o artigo que o Sr. Jefferson me tinha “proposto” fazer… até ao fim do dia. Ele não gostava muito de mim e, para ser sincera, o sentimento era mútuo, então ele dava-me trabalhos à última da hora que, segundo ele, serviam para provar o meu valor como colunista. Na minha opinião, ele só me quer lixar a vida, mas eu tenho feito sempre um ótimo trabalho e ele não se pode queixar.

- Desculpa, eu sou o novo colonista e estou um pouco perdido. Eu tenho que me encontrar com o Jefferson. – Eu ouvi uma voz, que me fez parar de imediato, sem eu saber porquê.

- Sim. Primeiro de tudo, seja bem-vindo. – Kayla, a secretária, disse. – O escritório do Sr. Jefferson é mesmo ali.

- Obrigado.

Eu ainda estava parada no mesmo sítio a tentar perceber de quem é que seria aquela voz que me parecia tão familiar, até que o vi passar por mim, caminhando até ao escritório do Sr. Jefferson. Eu observei-o enquanto ele se afastava de mim, ele era alto, com cabelo castanho e tinha os braços cobertos de tatuagens.

Eu devia de estar, claramente, confundida. Eu nunca me iria com gente com aspeto como o dele. Só se eu estivesse louca e fora de mim. Mas… havia algo nele, em todo o seu estilo, que me causava um sentimento de nostalgia. Eu tentei procurar nas minhas memórias apagadas por ele, mas isso só me causou uma dor de cabeça horrível que me estava a dar tonturas.

Eu fui até Kayla e entreguei-lhe o artigo que eu tinha escrito e disse-lhe para avisar o Sr. Jefferson, quando ele estivesse livre, que eu tinha ido para casa porque não me estava a sentir nada bem.

Eu fui até ao parque de estacionamento e arranquei com o carro em direção a casa. Assim que cheguei, eu fui até à cozinha e tomei um comprimido para as dores de cabeça, deitando-me na cama logo de seguida.

- Fecha os olhos. – Ele disse, rindo do meu entusiasmo enquanto mordia o lábio, algo que, sinceramente, ele devia de parar de fazer, a não ser que ele quisesse que eu morresse de ataque cardíaco nos próximos tempos.

Eu fechei os olhos e senti-o a meter-se à minha frente. A sua mão pegou na minha e ele deslizou algo pelo meu dedo anelar. Oh meu Deus! Será que era aquilo que eu estava a pensar?

- Podes abrir. – Ele disse, a sua voz um pouco rouca.

Os meus olhos abriram-se lentamente e, quando aterraram na minha mão, a minha boca abriu-se. Era mesmo o que eu pensava. Era um anel, mas era ainda mais bonito do que aquilo que eu imaginava que poderia ser. Não que eu alguma vez tenha imaginado que o Louis me fosse dar um anel, porque, aquilo, definitivamente, não era o tipo de coisa que ele faria.

- Oh meu Deus. – Foi a única coisa que eu fui capaz de dizer.

O anel era de um tom prateado gasto pelos anos e com pequenas folhas coladas nele. Era o anel mais bonito que eu alguma vez vira.

- Gostas?

- Eu… Eu amo. Meu Deus é tão bonito.

- Era da minha mãe. Ela deu-me antes de… - Ele respirou fundo. – Ela disse-me que era para eu o guardar e para dar a uma rapariga especial e… - Ele encolheu os ombros, enquanto eu não conseguia deixar de sorrir que nem uma criancinha de cinco anos a quem tinham dado um fornecimento de gomas de um ano.

Eu abri os olhos, sobressaltada e com a respiração acelerada como se tivesse acabado de ter tido um pesadelo, sentando-me na cama de imediato. Mas o que raios tinha sido isto? Porque é que eu estava a sonhar com o rapaz que eu tinha visto hoje e porque é que ele me parecia tão real e… e detalhado? Eu só o tinha visto de costas, como é que eu sabia que ele tinha olhos azuis? Porque é que ele me estava a dar um anel que era para uma rapariga especial? E porque é que eu parecia tão apaixonada no sonho? Oh meu Deus!

Love Me Again [Dark Sequel] (pt)Where stories live. Discover now