Eu estava no meu escritório a começar a fazer o artigo especial, mesmo sem o Louis, quando alguém bateu à porta. Eu mandei entrar e esta abriu-se revelando Louis, o que fez com que eu me arrepiasse devido às imagens que a sua presença me dava.
Olhar para o seu rosto deu-me um aperto no coração. Ele estava, claramente, irritado, mas, sobretudo, magoado. Eu engoli em seco, preparando-me para o que quer que pudesse acontecer.
- Porque é que fugiste? – Ele perguntou caminhando até ficar bem perto de mim, tal como eu imaginara vezes e vezes sem conta na minha mente, numa tentativa de criar uma eventual resposta, apesar de não ter tido grande sucesso.
- Eu… aquilo foi errado… não devia de ter acontecido. – Eu respondi, não respondendo bem à pergunta dele, levantando-me da cadeira para que me pudesse afastar dele.
- Errado? Emily, aquilo foi mais do que certo!
- Não…
- Sim, vais-me dizer que fingiste aquilo tudo? – Ele perguntou e eu ia responder, mas ele meteu o seu dedo indicador nos meus lábios. – Nem te atrevas a mentir, eu sei. Eu sei que tu és tu quando estás comigo, não tens que fingir nada.
- Não! Eu… eu estava confusa…
- Confusa? Eu meto-te confusa? – Ele disse, aproximando o seu corpo do meu e eu empurrei-o, caminhando para o lado contrário do escritório.
- Não… - Eu menti.
Eu ouvi os seus passos ficarem mais próximos, até que os seus braços rodearam a minha cintura, fazendo-me sentir estranhamente segura. Naquele momento, só me apetecia rodar o meu corpo e abraçá-lo como se o mundo acabasse em cinco segundos, mas eu tenho a certeza que isto é algo passageiro, apenas uma atração e que vai passar assim que eu me casar.
- Estás a mentir. – Ele sussurrou, causando-me arrepios.
- Eu vou casar com o John, Louis. Daqui a dois meses.
- O quê? – Ele perguntou chocado e afastando-se um pouco de mim. – Não, não pode ser…
- É a verdade.
- Porque é que antecipaste o casamento?
- Porque sim!
- Isso nem sequer é uma resposta, Emily.
- Eu amo-o…
- Tretas! Se tu o amasses não tinha deixado que eu te fodesse naquele hotel! – Ele gritou e eu senti um arrepio na espinha ao lembrar-me do que aconteceu e engoli em seco uma vez mais. – Eu sei que tu me amas e, lá no fundo, tu também o sabes, tu sentes isso. Aqui. – Ele disse, tocando ao de leve no meu peito, onde estaria o meu coração.
- Eu não te amo, Louis. – Eu menti.
- Tu não queres dizer isso…
- Desculpa…
- Não peças desculpa por não me amares, pede desculpa por estares a mentir. – E com isto, ele meteu a mão na minha nuca e puxou-me para ele dando-me um beijo na testa e eu juro que me parecia que ele estava a chorar. Então, do nada, ele afastou-se de mim num piscar de olhos e saiu do meu escritório, fechando a porta com tanta força que me fez tremer.
- Louis… não…
Louis’ POV
Assim que eu entrei no meu escritório e tranquei a porta, lágrimas começaram a cair pelo meu rosto. Eu nunca chorei na minha vida, nem por causa do meu pai ou da minha mãe, nem sequer por causa da Sarah.
Foda-se Louis, nem pareces um homem!
Eu perdi-a completamente, mesmo que ela me ame, ela própria recusa-se a lembrar. Ela não me quer amar, porque ela acha que amar o John é o que está certo, então, eu não posso e não vou fazer nada.

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Love Me Again [Dark Sequel] (pt)
Fanfiction“Sabes quem eu sou?” “Não.” “Amas-me?” “Não.” “Então, eu vou fazer com que me ames de novo.”