- Mãe? O que é que estás aqui a fazer? – Eu perguntei chocada, afastando-me de Louis de imediato.
- Acho que quem deve de fazer essa pergunta sou eu. – Ela disse, o seu olhar alternando entre mim e o Louis.
- Ela não se estava a sentir muito bem e quase que caía no chão se eu não a tivesse segurado. – Louis mentiu e eu não percebi porquê, mas não desmenti.
- É melhor ires embora. – A minha mãe disse, aproximando-se de nós, o ódio e o desprezo a moldarem-lhe a voz.
O que é que se passa com ela? Eu não percebo o porquê de tano ódio. O que é que ele lhe fez? Será que ela o conhece? Bem, de certeza que sim, porque eu ia no carro com ele quando tive o acidente e… eu pedi-lhe para… para se deitar comigo…
Oh meu Deus! Será que eu traí o John com o Louis? Não, não pode ser! Eu não era capaz de tal coisa!
- Querida o que é que se passa? Estás tão pálida. – A minha mãe perguntou bastante preocupada.
- Não, eu… eu só preciso de… de apanhar ar.
- Vamos almoçar juntas, será melhor para ti e já não o fazemos há algum tempo. – Ele sugeriu dando-me o seu braço para eu me apoiar.
- Sim.
Eu peguei na carteira e vesti o meu casaco, saindo da agência com a minha mãe. Ela insistiu que eu fosse no carro dela, porque ela tinha vindo com o motorista e eu acabei por aceitar. O motorista levou-nos até um restaurante que ficava um pouco longe da agência e que era bastante chique. Não a podia censurar a minha mãe era mesmo assim.
- Querida, aquele rapaz tatuado… - A minha mãe começou, depois de terem servido a comida.
- Sim?
- Ele é muito perigoso, ele tem um passado horrível.
- Ele é só meu amigo, eu conheci-o há muito pouco tempo. Ele trabalha na agência. – Eu expliquei, sem saber muito bem o porquê de ela saber se o seu passado era perigoso ou não. Quer dizer, porque é que ela se interessa?
- Ele matou uma pessoa querida.
- O quê? – Eu perguntei chocada.
- Eu só te estou a dizer isto para te afastares dele. Ele não é bom para ti. – Ela disse. – Sabes que eu só quero o teu bem.
- Sim, mas… pode ter sido sem querer, ou pode ter tido um motivo. – Eu defendi-o sem saber porquê.
- Ele é perigoso, não vamos discutir isso outra vez.
- Outra vez? – Eu perguntei e ela arregalou os olhos.
- Não, quer dizer… eu…
- Mãe! O que é que me estás a esconder?
- Nada. Esse rapaz aparece e a tua vida fica logo de pernas para o ar. Tu não te podes dar com gente como ele. – Ela disse de forma rude.
- Eu já não sou uma criança! – Eu disse e levantei-me, mesmo sem ter comido.
- Então, escolhe: ele ou eu.
- O que é que se passa contigo?
Eu saí do restaurante e comecei a caminhar até à agência. Eu não percebo porque é que ela ficou tão alterada a falar no Louis. E porque é que ela quer que eu escolha entre ele e ela? É claro que eu vou escolher ela, ela é minha mãe e o Louis não me é nada. Eu nem sequer o conheço… quer dizer, ele de ter sido qualquer coisa por causa de todas as memórias com ele que me tenho lembrado. Além disso, ele ficou estranho quando eu disse que não me lembrava dele.

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Love Me Again [Dark Sequel] (pt)
Fanfiction“Sabes quem eu sou?” “Não.” “Amas-me?” “Não.” “Então, eu vou fazer com que me ames de novo.”