Capítulo 38

3.4K 286 16
                                        

Então... eu bati com o meu cotovelo no armário com bastante força e eu não conseguia mexer o braço porque doía mesmo mesmo muito, por isso eu não conseguia escrever, sendo que só metia aqueles que já estavam escritos...

anyways, já está bom, por isso... novo capítulo yay \0/

espero que gostem ^^

.

.

.

Emily’s POV

Eu e Louis estávamos sentados não muito longe de onde estava o quarto da minha mãe, a minha cabeça nos ombros de Louis enquanto ele me abraçava quando um dos médicos que entrara no quarto há cerca de uma hora e meia saiu e veio na nossa direção, fazendo com que eu me erguesse de imediato.

“Receio não ter as melhores notícias para si…” Ele disse bastante sério e não foi preciso mais nada para eu saber o que é que ele queria dizer com aquilo.

Apesar de tudo, eu não conseguia acreditar no que acabara de ouvir.

Eu sei que tudo o que ela me fez foi mau e que ela não devia de ter feito nada daquilo e que ela foi a causa indireta de eu ter perdido o bebé, mas ela não deixava de ser minha mãe e ela tinha mostrado que estava arrependida e eu sei que ela estava, porque ela não é o tipo de pessoa que admite que está errada e que pede desculpa se achar que tinha razão naquilo que fez, mas ela fê-lo, a mim e ao Louis.

Eu nem me consegui despedir dela.

“Posso vê-la?”

“É melhor não.”

“O quê? Mas porquê?”

“Emily, se calhar é melhor não, só te vai fazer sofrer.” Louis disse, levantando-se e caminhando até mim.

“Eu já estou a sofrer Louis.” Lágrimas caíram. “Eu nem sequer me despedi dela.”

“Eu tenho a certeza que ela sabia que tu, lá no fundo, não deixaste de amar, porque ela é a tua mãe, além disso, tu és… tu.” Ele agarrou na minha mão e puxou-me para ele abraçando-me. “Tu perdoas e gostas de toda a gente, independentemente daquilo que façam.” Ele sussurrou e eu soube que ele não estava a falar apenas da minha mãe.

“Eu nunca a perdoaria, eu simplesmente não seria capaz, mas gostava de me ter despedido dela, para que ela pudesse…” Eu solucei. “Ficar em paz.”

“Aposto que, onde quer que ela esteja agora, está em paz porque ela sente que tu não a deixaste de amar e que te querias despedir dela.”

“Desculpa, Lou.”

“Porquê?”

“Porque ela fez um monte de coisas para nos separar e tentou matar-te e eu estou a chorar por causa dela e eu sei que não devia de estar a fazer isso, mas eu não consigo porque ela é a minha mãe e ela…” Eu apertei a sua camisola e chorei ainda mais.

“Eu não me importo, ela é tua mãe apesar de tudo, não te preocupes comigo.” Ele suspirou.

“Mas-“

“Tens que te manter forte, Em. Eu sei que custa, mas tem que ser.”

“Eu sei, obrigada, Lou.”

(…)

 

Eu estava, uma vez mais, com uma caneca de chocolate quente na mão só que, desta vez, eu estava sentada na grande janela da sala enquanto via a chuva a cair e a molhar as ruas, acalmando-me ao mesmo tempo.

Tive o cuidado de não acordar Louis quando me levantei porque estava sem sono, mas eu sabia que ele iria aparecer ali a qualquer momento quando visse que eu não estava na cama e que estava a demorar, ele fazia sempre isso.

A verdade é que, uma vez mais, eu não consigo dormir. Têm-se passado tantas coisas horríveis na minha vida que eu nem como é que alguém seria capaz de dormir.

A minha mãe fez coisas muito horríveis para me tentar separar de Louis, incluindo aquela mentira do John, além disso foi ela que fez com que eu perdesse o bebé quando me raptou a mim e ao Louis.

Eu desejei que ela morresse com todas as minhas forças e depois do que ela fez era quase como se isso já tivesse acontecido porque eu sabia que nunca mais seria capaz de confiar nela ou de falar sequer com ela, era como se ela tivesse realmente morrido para mim.

No entanto, agora que isso tinha realmente acontecido eu sentia-me mal comigo mesma e confusa. Eu estava numa posição difícil por estar descansada pois sabia que ela não tentaria mais nada e que eu e Louis poderíamos ser, finalmente, felizes, mas triste porque apesar de tudo ela era a minha mãe e ela é aquela pessoa que nós nunca deixamos de amar porque foi ela que nos trouxe ao mundo e que nos educou, deu-nos comida, casa e amor e eu e ela sofremos muito juntas por causa do meu pai e estivemos sempre juntas e isso são coisas que nunca nos podemos esquecer.

Eu limpei as lágrimas que caíram pelo meu rosto e acabei de beber o chocolate quente, caminhando até à cozinha onde pousei a caneca já vazia. Eu encostei-me à ilha da cozinha e suspirei fechando os olhos, pensando sobre o facto de ainda ter que preparar o funeral da minha mãe.

“Emily sabes que se não dormires é pior.” Eu ouvi a voz de Louis seguida de um beijo no meu pescoço o que me causou um arrepio.

“Eu não consigo dormir…”

“Queres um chá? Ajuda a dormir.”

“Eu já bebi chocolate quente.”

“As coisas vão começar a correr melhor, eu tenho a certeza. Por vezes acontecem coisas más, mas depois acontece sempre algo bom. Acredita em mim.”

“Espero que tenhas razão, Lou.”

“Digo-te porque já passei por muita coisa má e depois vieram coisas boas. Quando perdi a Sarah e a minha família e depois encontrei-te. Quando nos tentaram separar, mas nós acabávamos por ficar sempre juntos. Quando pensei que te tinha perdido para o John, mas tu lembraste-te de tudo.” Ele agarrou na minha mão e virou-me de frente para ele abraçando-me. “Tens que ter esperança e lutar.”

“Mas é tão difícil!”

“Eu ajudo-te.”

Love Me Again [Dark Sequel] (pt)Where stories live. Discover now