Quando recuperei do choque, eu levantei-me e fui até ao escritório do Louis. Não era muito difícil de encontrar, havia apenas três colunistas, eu, o Bernard e o Louis e os escritórios ficavam todos seguidos, então o do Louis tinha que ser o último. Eu bati à porta, mas ninguém me respondeu.
- Kayla, sabes onde é que está o Louis?
- Ele acabou de sair.
- Saiu? Não, ele não pode ter saído!
- Passa-se alguma coisa? – Eu ouvi a voz do Sr. Jefferson perguntar, mesmo atrás de mim.
- Não, eu estava só a-
- Ela queria saber onde é que estava o seu sobrinho. – Kayla cortou-me e eu amaldiçoei-a nessa altura.
- O Louis? Ele saiu ainda agora, mas porque é que queres saber dele?
- Oh era só uma coisa sobre… um artigo.
- Ele disse-me que ia para casa.
- Ok, obrigada. – Eu disse, fingindo um sorriso.
Eu fui de novo para o meu escritório e tentei começar a escrever o meu artigo, mas eu não me conseguia concentrar, aquilo que a rapariga do hospital me tinha dito não me saía da cabeça.
O John e a minha mãe tinham-me mentido, eu não estava sozinha no acidente, eu estava com uma pessoa e era o Louis! Será que foi por isso que o John ficou surpreendido? Oh meu Deus, será que eles me mentiram sobre mais alguma coisa? E porquê? Porque é que eles me mentiram sobre o que aconteceu? O que é que havia para esconder?
- Kayla avisa o Sr. Jefferson de que eu vou sair mais cedo hoje. – Eu pedi, depois de ter decidido que ia procurar o Louis para que ele me contasse tudo.
- Ok, mas já sabes como é que ele vai ficar.
- Diz-lhe que é um caso de vida ou morte! – Eu gritei já de saída.
Eu saí da agência e fui logo para o carro, arrancando de imediato e dirigindo até casa do Louis, mas, quando lá cheguei, eu não sabia qual era o número do apartamento dele. Eu saí do carro e fui ler as placas com os nomes, mas o dele não estava lá.
- Boa… - Eu murmurei para mim mesma.
Quando eu estava a voltar para o carro, eu vi-o. Ele estava a caminhar enquanto olhava para o telemóvel.
Ele estava vivo, mas podia estar morto.
Por minha causa.
E eu não sabia.
Louis levantou a cabeça e olhou para mim causando-me arrepios. Nessa altura, eu senti uma enorme de correr até ele e abraçá-lo, mas eu controlei-me. Eu não sei o que é que se estava a passar comigo.
Eu estou louca!
- Emily…
- Tu estavas comigo. – Eu disse e ele levantou uma sobrancelha. – No acidente. Tu estavas comigo. – Eu expliquei.
- Sim.
- Porque é que não me disseste?
- Não ias acreditar em mim. – Ele encolheu os ombros.
- Conta-me o que se passou. Eu quero saber o que é que se passou no acidente. – Eu pedi.
- Nós tínhamos acabado de sair de uma pastelaria, eu estava a conduzir e houve um carro que foi contra nós.
- Só isso?
- Eu não diria só.
- O que é que queres dizer com isso?
- O acidente foi de propósito.
- De propósito?
- Sim.
- Como é que sabes?
- O carro arrancou no momento em que nós passámos por ele e veio diretamente contra nós, nem sequer travou, nós fomos para o hospital e foi aí que te “contaram a tua história e quem eras” e nos separaram.
- Então, eles mentiram-me.
- Eu disse-te.
- E eu não acreditei.
- A culpa não é tua.
- Mas eu não me lembro de ti.
- Porque eles fizeram com que tu te esquecesses. Porque é que achas que vieste para Londres tão rapidamente? Se tu ficasses longe de mim e se eles preenchessem todos os espaços da tua vida onde eu deveria estar, tu nunca te lembrarias…
- Então… quem eras tu?
- Eu era-
- Emily! – Eu ouvi a voz de John a gritar e, ao virar-me para trás, eu vi-o a correr na nossa direção. – Eu acabei de sair da agência e disseram-me que tinhas saído mais cedo. O que é que estás aqui a fazer?
- Hm… eu vim… Tu mentiste-me!
- O quê?
- Porque é que me disseram que eu ia sozinha quando tive o acidente de carro? Porque é que me disseram que eu adormeci ou que me distraí e que fui contra uma casa abandonada?
- Emily, isso não é-
- Não me digas que não é verdade!
- Tem calma.
- Eu estava com o Louis e um carro foi contra aquele em que estávamos de propósito e vocês trouxeram-me para cá para eu não me lembrar de nada.
- Tu contaste-lhe? – John perguntou a Louis.
- Eu não contei nada, ela descobriu, como ia acabar por acontecer mais cedo ou mais tarde.
- Nada disto teria acontecido se tu não tivesses vindo para cá.
- O problema não sou eu. Tu é que lhe mentiste.
- Tu só vieste estragar a vida dela.
- Não, eu vim contar-lhe a verdade, algo que tu não fazes.
- O que é que tu sabes sobre contar a verdade?
- Mais do que tu, aparentemente. Eu sempre lhe contei tudo, ao contrário de ti. Não achas que foste longe demais? Inventar tudo aquilo, criar uma nova história totalmente diferente daquilo que era verdade… Tu criaste uma pessoa.
A minha cabeça ia alternando entre eles os dois, enquanto eles tinham uma conversa sobre mim, como se eu não estivesse ali mesmo ao lado deles e eu não estava a perceber nada do que eles estavam a dizer.
- Eu não quero saber. Tu tens que ir embora.
- Não! – Eu quase gritei, sem saber muito bem porquê.
Na verdade, eu não queria que o Louis se fosse embora, eu não sabia porquê, mas eu simplesmente queria que ele ficasse.
- Quer dizer… hm… - Eu olhei para Louis e vi que ele estava a sorrir por causa do que eu disse e olhei para John que parecia que ia ter um ataque de pânico a qualquer momento. - John, porque é que mentiste?
- Porque eu amo-te, mais do que tudo e eu não te quero perder.
- Mas porque é que me haverias de perder? – Eu perguntei confusa.
Eu, realmente não percebia porque é que John me mentiu para não me perder. E por causa do Louis? O que é que ele era para mim, afinal, que fazia o John ter receio de me perder?
- Porque eu era o teu-
- Casa comigo. – John cortou Louis, deixando-me a mim e a ele de boca aberta.
- O quê?
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E o Louis não consegue dizer nada por causa do John... e o John pediu e Emily em casamento!!!!! Será que ela vai aceitar? :o
se eu tiver 25 votos e 15 comentários eu meto mais um capítulo amanhã :3
@niamrauhl
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Love Me Again [Dark Sequel] (pt)
Fanfic“Sabes quem eu sou?” “Não.” “Amas-me?” “Não.” “Então, eu vou fazer com que me ames de novo.”