Capítulo 33

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Emily’s POV

Eu tenho que sair daqui. Eu tenho que fugir e ligar á policia e eles têm que tirar o Louis de onde quer que ele esteja porque eu não posso deixar que nada lhe aconteça. Eu não sei o que é que vou fazer se algo lhe acontecer, principalmente, sabendo que eu não fui capaz de fazer o que quer que seja.

Mas como?

Como é que eu saio daqui? Eu estou amarrada e mesmo que eu me conseguisse soltar, como é que eu passava por aquelas montanhas em forma de pessoas?

Talvez se eu me soltar e começar a correr o mais rápido que puder lá para fora eles não me apanhem. Eles disseram que não me podem fazer nada e é a única hipótese que eu tenho de sair daqui… embora eu nem saiba onde estou.

O meu corpo estremeceu quando eu ouvi o som de algo a explodir e os meus olhos arregalaram-se a pensar no que é que poderia ter acontecido. Os raptores começaram de imediato a sussurrar e os três saíram de imediato para ver o que é que se passava, ou assim me pareceu.

Eu balancei a cadeira o mais que consegui e acabei por cair no chão, cortando-me em alguns pedaços de vidro, até que me lembrei de cortar a fita-cola que me estava a prender.

Não devia de ser difícil.

Eu arrastei-me um pouco até as minhas mãos estarem perto de um pedaço de vidro afiado, arranhando o meu corpo quando o fazia. Peguei no pedaço de vidro e limitei-me a tentar imitar o que fazem nos filmes e, como que por magia, consegui cortar a fita-cola.

Um sorriso apareceu nos meus lábios.

Rapidamente, eu tirei a fita-cola da boca, que me haviam colocado mais tarde, e dos pés. Eu só queria sair daquele sítio e ficar longe daqueles homens e saber o que é que aconteceu a Louis ou salvá-lo ou fazer o que quer que fosse menos ficar ali parada.

Com a pressa para sair dali e com o medo de ser apanhada, ao descer as escadas, eu não vi bem onde estava a meter os pés e um dos degraus de madeira partiu-se fazendo com que eu caísse das escadas abaixo. Eu gemi com a dor, mas rapidamente me calei para que ninguém me ouvisse.

Com grande dificuldade, eu levantei-me e a primeira coisa que vi foi uma arma, pousada em cima de uma mesa ao lado de um computador portátil e um telemóvel que era deles de certeza. Eu respirei fundo e, com as mãos a tremer, peguei no telemóvel, metendo-o no bolso e na arma.

Eu nunca tinha pegado numa coisa daquelas apenas vi uma quando o meu pai me fez o que fez. Do lado de fora eu conseguia ouvir os homens a berrarem com alguém e o som do que me parecia ser máquinas construtoras.

Eu espreitei para a rua vendo que eles estavam de costas e comecei a correr o mais rápido que consegui, ouvindo gritos atrás de mim. Eu tentava correr o mais rápido que podia, mas ficava cansada a cada segundo que passava e o homem que estava atrás de mim cada vez mais perto.

De repente, eu sinto uma mão no meu braço abrandando-me ainda mais e, no segundo seguinte, a arma que eu tenho na mão dispara como que controlada por uma força desconhecida, em direção á perna do homem que me estava a perseguir, fazendo com que ele caísse no chão e lá permanecesse agarrado á perna, a gritar com dores.

Os meus olhos arregalaram-se e a minha respiração ficou mais acelerada e descontrolada quando eu me apercebi que tinha sido eu a fazer aquilo.

Mas como?

Eu nem nunca disparei uma arma!

Até hoje.

Oh meu Deus, o que é que eu fui fazer?

Love Me Again [Dark Sequel] (pt)Where stories live. Discover now