Casamento Forçado - Ezria

"Amor"

Pov Aria

Minha vida tinha acabado no momento que aquele coraçãozinho parou de bater, como vou viver sem minha princesa? Minha Victória! Estava com a mão no rosto chorando compulsivamente quando ouço batidas na porta digo um "pode entrar" baixinho em meios aos soluços uma enfermeira entra com um embrulo branco fininho nos braços ela vem até mim -Não podemos deixar mais de 15 minutos, desculpem-nos- ela diz e me entrega e sai do quarto. Meu Pai! Era tão bela! Estava com os olhos num fechado muito profundo, os cabelos lindos! A trouxe para mais perto abraçando apertado o corpinho que a poucas horas atrás ainda batia, choro e vejo as lágrimas indo em contato com a pele macia que aos poucos ficava gelada -Meu bebê- choro -Eu te amo muito meu amor! Porque você me deixou! Minha vidinha- digo entre soluços -Minha Victória!- choro mais e abraço sentindo o cheiro de bebê que sera substituído por um cheiro de defunto, logo ouço mais batidas e alguém entrando -Temos que leva-la- Uma enfermeira vem em minha direção, eu não podia! Eu não podia deixar ela ir -Não!- digo e puxo mais perto do meu corpo -Moça por favor- ela diz se aproximando mais, sei que isso não foi uma boa ideia mas foi de momento, arranco com uma mão todos os aparelhos que estavam me prendendo e acabo me machucando com as agulhas corro para fora da sala com ela nos braços vários enfermeiros vinham atrás de mim, corro e a visto todos na recepção, corro mais até lá e me abaixo ficando de costas com a parede, me ponho a chorar novamente e sinto mãos em meus joelhos -Que você está fazendo?- Ezra me olha e os médicos atrás dele ofegantes e meus amigos nos olhando de olhos arregalados -Senhora, por favor! Ela tem que ir- um dos médicos diz e murmuro um "não" -Amor, ela tem que ir, por favor- Ezra fala com calma e passa a mão em meu rosto, sinto ela saindo de meus braços sendo levada pelos médicos, começo a bater meu pé no chão -Meu bebê! Meu bebê- digo repetindo diversas vezes e Ezra me abraça me confortando.

2 meses depois

Tinha se passado um tempo de tudo isso, tinha conseguido entender que ela havia ido pra sempre, acabo de receber uma carta de uma das faculdades que eu tinha feito entrevista, abro a mesma vendo que fui aceita, mas era a faculdade de LA mas não podia deixar passar essa oportunidade. Mandei uma mensagem pras meninas e nos encontramos no Brew, Spencer ia para NY fazer Direitos Humanos, Hanna ia para Paris fazer moda e gastronomia, Alison ia ficar aqui na Hollis e fazer Artes Plásticas, e eu para Los Angeles cursar Administração e Fotografia, todas (exceção da Ali) íamos sair em uma semana. Ezra chega e eu estou o esperando no sofá -Oi- ele diz e me da um selinho -Oi- sorrio, ele vai se trocar e depois volta -Precisamos conversar- digo e ele se senta ao meu lado -Diga- ele sorri, como seria difícil não ver mais aquele lindo sorriso -Eu fui aceita numa faculdade...- digo e ele me abraça -Meu Deus que boa notícia!- ele diz sorrindo -Em Los Angeles- completo e vejo aquele sorriso desaparecer -O que?- ele me olha e sinto meus olhos marejarem -Sim, vou em uma semana- digo -E você vai deixar tudo pra ir pra lá? Aqui tem a Hollis!- ele diz incrédulo -Ezra! É uma ótima oportunidade não posso deixar passar!- digo sentindo lágrimas mornas molharem meu rosto -Ta Aria, vai e destrua tudo que a gente construiu- ele fala e vai em direção a porta -Ezr...- antes de terminar de falar a porta é fechada e dou um pulo, choro mais.

Uma semana depois

Ezra não falava comigo direito, evitava me encarar nos olhos, estava puxando minhas malas até a sala, ele estava sentado na bancada da cozinha encarando o nada -Posso me despedir?- digo numa suplica de um último beijo e um último abraço, ele não diz nada apenas se vira e vem em passos largos ate mim e me abraça forte e apertado o abraço da mesma forma e lacrimejo em seu ombro ele se afasta e ne beija num beijo único e terno, digno de cinema, era doce e quente ao mesmo tempo nos separamos por falta de ar e colamos as testas -Eu te amo- digo baixo e passo o dedão em seu lábio -Te amo- ele diz e desvia o olhar entrando no quarto e se trancando, chamo um táxi e dou as coordenadas para o Aeroporto, chego lá e as meninas estão lá, conversamos bastante e o vôo da Hanna foi chamado, ela se despediu e foi, e assim se vai e o meu ficando por último, entro no avião me despedindo da cidade que cresci e vivi brigas, intrigas, amores loucos, tristezas imensas e onde eu soube o real significado da palavra tão estranha que sempre me diziam, "Amor".