Eu sinto também

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Subo as escadas correndo parando em frente a porta dele que estava trancada -Tomaz, abre a porta por favor vamos conversar- Falo com a mão na porta -Conversar? Para você inventar mais coisas?- ele diz, sua voz estava embargada -Eu não menti, eu apenas omiti, e fiz isso porque eu queria sempre te ver com esperanças, para que você não pensasse o pior, mas falhei- digo me virando de costas e encostando na porta -Podia ter me contado a verdade, eu saberia lidar, eu já sou um homem, tenho quase 6 anos- ele diz solto uma risada baixa -Eu sei meu amor, mas é uma coisa passageira o que eu disse, sobre sua mãe estar dormindo, ela vai acordar... eu sinto- sussurro a ultima parte me desgrudando da porta a porta é aberta num click -Eu também sinto- ele diz me encarando com os olhos marejados, ele segura minhas pernas tentando me 'escalar', o pego no colo dando-lhe um abraço muito apertado -Eu te amo papai- ele diz no pé do meu ouvido -Eu te amo Tomy- falo afagando seus cabelos.

Mais duas semanas se passavam devagar, uma tortura imensa para mim, ela não estava comigo nos momentos que eu mais precisava, mas eu também não estive, eu só queria recuperar o tempo perdido com ela.

Ela estava com complicações, e isso não era nada bom, o corpo dela não estava mais aguentando ser mantido pelos aparelhos, ela estava cansada demais para continuar mas eu não podia deixa-la ir, não mesmo.

-O que mais me dói é saber de tudo que eu podia ter feito contigo e não fiz, eu queria você aqui comigo com os seus conselhos maravilhosos e seu abraço acolhedor, tudo isso me faz falta você aqui comigo era tudo que eu precisava- falo parado na frente da grande lapide molhada pelo sereno.

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Desculpem-me o capitulo pequeno, prometo recompensar o próximo.

Casamento Forçado - EzriaOnde histórias criam vida. Descubra agora