POV Ezra
Foi uma péssima ideia o que eu fiz, mas foi de momento. Eu observava eles de longe, o Byron olhava com ódio para Aria, que devolvida o mesmo olhar eles discutiam e eu apenas observava de longe.
Pov Aria
Eu queria mata-lo, o rosto dele me dava ânsia
-Por que tudo isso Byron?!- falo ríspida.
-Por que?- ele ria alto, gargalhava pelos cantos
-Você matou quem eu mais amava eu nunca vou te perdoar sua assassina! Se você não tivesse sido tão irresponsável nada daquilo teria acontecido, e agora eu vou tirar um dos que você mais ama, que tal passar pela minha dor? Ver o seu filho morrer na sua frente e você não poder fazer nada? Agora Mari, você vai sentir isso. ele dizia alto e em bom som, aquelas palavras me contavam, eu tentava esquecer de tudo, daqueles malditos dias.
-Eu tinha 10 anos! Eu era uma criança, como eu imaginária que aconteceria aquilo!- digo em meio as lágrimas.
Flashback on:
-Tomaz! Você quer ir brincar comigo e com o Mike?- digo olhando para o meu irmãozinho de 8 anos.
-Quero sim Ari! Será que o papai deixa a gente ir na macieira?- e fala passando a mão na barriga.
-Não sei, perguntaremos a ele, nada se preocupe- falo sorrindo.
Tomaz era meu irmão mais novo, ele era o queridinho do papai, meu pai sempre o influenciou para seguir o caminho dele, pois o Mike nunca se interessou em ficar preso em escritórios, e eu, meu pai nunca deixaria para mim, ele dizia que mulheres não comandados bem, e é uma puta de uma sacanagem, porque enquanto ele ficava bebendo e jogando minha mãe que cuidava dos negócios.
-Papai! Eu e a Mari podemos ir brincar com o Mike?!- Tommy diz, Mari era um apelido que ele criou por causa do meu segundo nome, ele era a única pessoa do mundo que me chamava assim.
-Acho melhor não meu amor, porque tu não fica aqui com o papai e a mamãe, nós até podemos jogar aquele joguinho que tu gosta- mau pai diz se abaixando em sua frente.
-Não! Papai, por favor! Eu quase nunca brinco com meus irmãos- ele diz triste. Eu e Mike não ficávamos em casa a maioria da semana, ficamos apenas nos finas de semana, já que estudavamos em colégios internos.
-Está bem, mas cuidado pois choveu muito ontem e os rios e os barrancos estão perigosos- ele diz e beija a bochecha de Tommy que sai correndo, vou atrás dele mas meu pai me chama.
-Aria! Venha aqui- ele diz e o olho -Cuide de seu irmão, eu estou confiando ele a você- ele diz e beija minha bochecha, saio correndo encontrando Tommy e Mike para jogamos bola no gramado um pouco atrás de nossa casa.
-Quero tal irmos pegar maçã na macieira que tem no rio?- Mike diz se levantando.
-Sim!- eu e Tommy gritamos e fomos na frente do nosso irmão mais velho.
-Como vamos pegar as maçãs? O Rio encheu com a chuva de ontem- digo frustrada olhando o rio com a água forte e a macieira bem no meio dele.
-Tem um tronco que dá para lá, eu e a Aria podemos ir lá, e o Tomaz espera aqui- Mike diz se postando em minha frente.
-Eu também quero ir! Eu sou grande- Tomaz diz batendo o pé.
-Fica aí tampinha a gente já volta- digo rindo e subindo no tronco e me equilibrando para não cair na corrente de água.
Tudo foi muito rápido, só consegui ouvir um grito e o Tomaz caindo na água após subir no tronco, ele afundava de vagar e eu me desesperei.
-Eu pego ele- Mike entro rápido na água segurando forte o tronco, Tomaz chorava e tentava segurar a mão do irmão mas era em vão, ele afundava cada vez mais.
Nos fomos para margem chorando -Eu deveria ter protegido ele, o papai pediu- eu chorava muito e Mike me abraçava, ouvi passos e a figura do meu pai com um dos empregados da nossa casa parou em nossa frente.
-Cade o irmão de vocês?- ele diz e eu apenas olho para o rio sentindo o sereno fino que caia sobre nós.
-Não, você está brincando certo?- ele diz e eu nego com a cabeça voltando a chorar.
Ele pulou na água junto ao criado, não fez nem 5 minutos eles voltaram para a superfície com o corpo da criança nos braços, Tommy abria e fechava os olhos, ele estava completamente roxo, meu pai tentava o fazer voltar a respirar mas nada funcionava, e aos poucos o menininho morria nos braços do meu pai, o empregado levou eu e meu irmão para a casa enquanto meu pai tinha ficado com o garotinho morto... o que eu matei.
Só existia choros pela casa, em plena 3hrs da manhã, minha mão soluçava baixo do quarto ao lado, enquanto meu pai gritava, eu simplesmente não conseguia dormir, os gritos de socorros dele passavam pela minha cabeça, me fazendo reviver tudo aquilo de novo.
Era 10hrs da manhã, o enterro do meu irmão seria as 11hrs, minha mãe me ajudava a me vestir, ela havia me 'convencido' que a culpa não era minha mas eu não conseguia acreditar em suas palavras. Em um click a porta foi escancarada, e a figura de meu pai apareceu na porta, ele parecia um zumbi ele havia bebido ele não bebia fazia 4 anos, ele entrou no quarto e jogou minha mãe no chão, ele levantou a mão para me bater mas minha mãe interferiu.
-Você não vai encostar nela!- Ela falou alto, ele sorriu sarcástico e deu um tabefe em seu rosto, ele agrediu minha mãe da pior forma na minha frente, eu tentava interferir mas ele era mil vezes mais forte que eu.
Aqueles dias foram infernais, eu jantava com minha mãe e meu irmão no quarto, pois meu pai sempre chegava bêbado e nós não precisamos de mais confusões. Foi assim por dois meses, até que nos mudamos de casa, 'deletamos' aquele período da nossa vida convivendo como se nada tivesse acontecido.
Flashback Off.
Do seu bolso ele tirou uma arma e apontou para um saco grande que até então eu não tinha visto, Sean sai do meio das folhas e pega o saco o abrindo e revelando minha filha, ela estava com muito medo, o que eu fiz foi péssimo, eu sei, mas eu não deixaria minha filha morrer.
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Casamento Forçado - Ezria
RomanceEla é doce, apaixonada romântica e linda Ele marrento e mimado, sempre em baladas e comendo a primeira em sua frentes, ele é simplesmente o mais lindo, como ele mesmo diria Eles nem se conhecem e são obrigados a se casar, isso ficará assim...