Parte 1 - Capítulo 3

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Olha eu de novo aqui aaaaaaaaaaa to postando mais cedo porque esse capítulo já havia sido postado no final do outro livro. Então vocês vão ter "dois" essa semana, mas só avisando que depois disso as postagens vão seguir seu curso normal, viu? kkkkk'

Músicas até agora: 


Capítulo 01: You Found Me – The Fray

Capítulo 02: Save Me – Hanson

Capítulo 03: Holding On And Letting Go – Ross Copperman

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               Sophia continua encarando a janela. Estava ali há quanto tempo? Não sabia dizer. Só lembrava-se de Christian chamando-a para o café da manhã, ela fingiu que estava cansada demais para levantar até ele desistir e ir embora. Depois que ele saiu, levantou-se e tomou café sozinha.

Então sentou na sala para olhar o sol entrando pela janela e estava lá até agora. Gostava de olhar pela janela porque isso lembrava sua mãe. Toda vez que seu pai saía para trabalhar ela ia para o quarto deles ver o sol nascendo pela janela lateral do quarto. Começava fraco, mas logo iluminava todo o local. Sua mãe passou a gostar disso também, e as duas faziam quase todos os dias desde que se lembrava.

Quando sua mãe ficou doente, Sophia perguntou: "Como vou ficar sem você?", Elizabeth respondeu: "Sempre estarei com você e, quando quiser ficar perto de mim, é só olhar para o sol entrando por uma janela. Eu estarei lá". Sophia não sabia se sua mãe estava mesmo lá, mas não sentia nada. Tinha vontade de gritar e chamar por ela, mas a fofoqueira da Julie estava sempre por perto e diria tudo a Christian. Ele, claro, iria enchê-la de perguntas: "O que está acontecendo?", "Você não quer ir conversar com o Dr. Ferdinando?", "Deveríamos conversar sobre Luísa", "Eu te amo, por favor, fale comigo".

Christian estava um chato nos últimos dias, e ela estava cansada disso. Por que ele ficava fingindo que se importava com ela? Será que já não tinha feito ela de idiota o suficiente? Será que ele acreditava mesmo que ela ainda caía no papo dele? Mas ela não podia reclamar disso porque, desde que saiu do hospital, resolveu que jogaria o jogo dele. Ele ficava pedindo tantas desculpas que ela não aguentou mais e disse: "Eu te perdoou se nunca mais tocar no assunto". Christian ficou confuso, mas concordou, e ela disse a si mesma que continuaria agindo como se nada tivesse acontecido porque, se Christian a deixasse, para onde iria?

Era difícil manter aquele jogo porque sabia que não o amava mais. Quando viu aquelas fotos dele com outra mulher doeu tanto que ela pensou que a dor fosse consumi-la e, de certo modo, consumiu. Ela perdeu seu filho apenas dez dias depois de ter perdido a mãe, e tinha sido causa dele. Ela sofreu muito, mas, quando acordou no hospital, simplesmente não sentia mais nada. Nada. Era estranho até para ela, mas o que sentia por ele evaporou de tal modo que hoje ela até questionava se algum dia tinha amado aquele homem.

Bem, se amava não sabia, mas agora tudo que sentia era desprezo. Desprezo por ele ter enganado, por ter fingido amor, por tê-la feito sentir algo por ele, lhe deu o mundo para depois puxar o tapete, e agora Sophia se sentia destruída, completamente destruída. Ela não tinha mais nada de concreto na vida, até seus sentimentos estavam confusos.

– Sophia? – Chama Christian, e Sophia estremece.

O que ele fazia ali tão cedo? Então olhou para o relógio e viu que estava no meio da tarde, ele nem sequer tinha aparecido para o almoço. Sophia não chegou a ficar espantada, o tempo para ela não parecia mais fazer sentido. Às vezes os dias se arrastavam, ás vezes passavam tão rápido que quando ela piscava já era noite.

3 - Sobre Meninas e EscolhasOnde histórias criam vida. Descubra agora