Parte 1 - Capítulo 7

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Adiantando o capítulo por um dia porque hoje é aniversário da Cris que é não apenas uma leitora muito querida, mas também meu braço direito nos dois grupos dessa história (ela que coloca as coisas em ordem quando não to por perto - que é quase sempre). Tudo de bom pra você, meu bem! Você é uma pessoa maravilhosa, espero que saiba disso. E obrigada por toda a ajuda de sempre. 

Nome da música: Within Temptation - All I Need

E como diria a Cris, sobre o capítulo: Ta na hora da ação começar. go go 

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                Catarina observava enquanto Heitor atendia um garoto que devia ter, no máximo, 15 anos. O menino havia chegado e perguntado para ela que tipo de rosa uma mulher iria gostar de ganhar em um primeiro encontro. Catarina nem sabia o que responder, não entendia as mulheres daquele vale e não fazia ideia do que elas gostavam, e apontou para uns girassóis.

Naquele momento Heitor fez uma careta, dizendo que aquela escolha era inapropriada. Catarina respondeu que, se ele era TÃO profissional assim, deveria atender o garoto. Ele apenas riu e começou a perguntar como a garota era.

Heitor tinha se oferecido para ajudar na loja naquele dia porque era uma data especial para a família Dorkein: O dia em toda a família se reunia para fazer piadinhas sobre Catarina.

Ok. A coisa não era bem assim. Uma vez ao ano, todos da família se reuniam. Isso era lei. Catarina não tinha certeza, mas achava ter ouvido falar uma vez que foi um pedido de sua avó antes de morrer 5 ou 6 anos atrás.

A data no ano variava, podia ser de janeiro a dezembro, geralmente acontecia no natal, mas Hortência pretendia fazer uma viagem nesta data e o encontro foi antecipado. A parte que todos faziam piadinhas sobre Catarina era verdade também, todos tinham uma enorme cisma com ela. Então, por ser um dia importante, Heitor ofereceu ajuda. Ariana teria que passar o dia com os preparativos e, aparentemente, Carlinhos era melhor na cozinha que Catarina.

– Obrigado. Volte sempre e... – Diz Heitor. – Boa sorte com a garota. – O garoto faz um gesto com a cabeça, animado, e Catarina desvia o olhar, sabendo que agora teria a atenção de Heitor, não queria que ele pensasse que ela estava admirando, embora estivesse.

Ela levanta os olhos como quem não queria nada, e ele a estava observando. Catarina levanta as mãos, fingindo rendição.

– Vamos lá, diga que você conhece mais sobre rosas e garotas do que eu. – Ela ironiza, e Heitor abre um sorriso.

– O que eu posso fazer? Minha mãe me criou para ser um cavalheiro.

– Oh! Sim, claro! – Catarina ironiza, mais uma vez.

– O quê? Não me acha um cavalheiro? – Heitor pergunta, e tem algo de desafiador na sua voz.

– Você tem seus momentos. – Diz Catarina. – Mas não foi esse o motivo da ironia.

– Então qual foi?

– Todo mundo sabe que, quando se trata de educação, a mulher cuida da filha e o homem do filho.

– Bem, acho que sou privilegiado, pois tive a participação ativa dos meus pais na minha criação. – Diz Heitor. – Ele me dizia que eu deveria ser sempre forte, ela me dizia que eu deveria ser sempre gentil. Então, acho que meu pai me criou para ser um soldado, e minha mãe me criou para ser um cavalheiro. Tive sorte por ter os dois. Acho que sou esse homem hoje por causa deles.

3 - Sobre Meninas e EscolhasOnde histórias criam vida. Descubra agora