Parte 2 - Capítulo 11

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                Mau entra na casa correndo, Eric tinha mandado alguém atrás dele para dar a notícia. Aurora e Catarina estão paradas na porta.

– Onde ela está? Já acabou? – Pergunta Mau, e Aurora assente. – Eu posso vê-las?

– Não sei, Anabel parou de gritar, mas não recebemos notícia. – Mau arregala os olhos. – Eles estão bem.

– Eles? É um menino? – Mau espera e está cada vez mais ansioso.

– Nós não sabemos. – Diz Catarina.

– Paola ficou triste por não fazer o parto dela. – Diz Aurora

– Acho pouco pra essa idiota. – Diz Mau. – Se ela sabia que o parto se aproximava porque a deixou sozinha? Espera... Bella fez o parto?

– Alexander. – Responde Aurora. – Ele é médico, mas acredito que Bella tenha ajudado.

Alex sai do quarto ao lado de Eric.

– Então... é mesmo uma menina? – Pergunta Aurora.

– Sim. – Responde Eric. – Uma menina linda.

– Ela estava certa mesmo. – Diz Aurora.

– Eu posso entrar? – Mau interrompe a conversa, e Alex assente.

Mau entra sem hesitar, Anabel está sentada na cama com a menina deles nos braços. Ruth estava ao lado dela, mas abriu um sorriso e se retirou quando ele chegou. Os olhos de Mau se enchem de lágrimas. Anabel levanta os olhos e sorri.

– Ela é linda! – Diz Anabel, emocionada, mas também parece exausta. – Venha ver. – Pede, e Mau se aproxima.

Ele então vê o rostinho da sua menina, estende os braços e Anabel entrega Maria Luna para ele. Mau a segura com todo o cuidado e, ao senti-la em seus braços, nem pode conter as lágrimas.

– Maria Luna. – Ele diz e toca o nariz dela. – Você já sabe qual a cor dos olhos?

– Ainda não, mas acho que ela vai herdar os meus. – Diz Anabel com um sorriso.

– Espero que ela herde tudo de você.

– Espero conseguir fazer com que ela viva em um mundo melhor. – Diz Anabel.

Mau a encara. Por que ela estava dizendo esse tipo de coisa? Mas, no fundo, era o que ele gostaria de dizer também. Sua filha não merecia viver no meio dessa guerra, com sua vida correndo risco, mas acabar com essa guerra estava fora do seu alcance e do de Anabel também. A única saída era tentar protegê-la da forma que fosse possível.

Ele então se lembra de algo.

– Reviste meus bolsos. – Ele diz.

Anabel revista e tira de lá um corvo de madeira.

– É lindo, Maurício! – Ela diz, sorrindo.

– Sei que esse é o de Sophia. Eu fiz quando ela desapareceu, queria que tivesse algo dela. – Diz Mau.

– É lindo, esse sempre foi meu preferido. – Ela diz. – E quando vou ganhar o último?

– Não sei, talvez no nosso aniversário de 50 anos de casamento ou pode ser quando você me der outro filho. – Diz Mau.

– Por Deus, isso vai levar vários anos. – Diz Anabel, e Mau sorri porque realmente não se importava. Tinha sua menininha agora e ela era suficiente para ele, acharia um jeito de dar o último pingente a ela.

3 - Sobre Meninas e EscolhasOnde histórias criam vida. Descubra agora