A Seletiva

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Ambos estavam parados e se encarando, Guilherme ainda esperava a resposta de Enzo.

- O que ele tá fazendo aqui? - Disse se levantando.

- Eu tô levando ele pra casa. - Guilherme disse colocando as coisas no chão. - E qual o motivo dessa sua grosseria com o garoto? - Pôs as mãos na cintura.

- Nós já nos conhecemos, mas não dá forma mais agradável.

Guilherme o olhou - O que você fez pra ele Lorenzo? - Enzo ficou boquiaberto.

- O que? Eu salvei o rostinho delicado dele.

- É, eu sem querer derramei refrigerante num dos amigos dele e ele o convenceu a não me bater no meio das festa.

- Aí quer saber? Eu não tenho que ficar aqui dando justificativa do que eu faço. - Ele se virou e saiu.

- Do mesmo jeito de quando o conheci.

- O que quer dizer ?

- Não nada é que quando eu fui agradecer ele disse que apenas não queria que o amigo se metesse em confusão de novo, e ainda mais por causa de um bosta.

- Não liga pra ele. Bom eu vou no meu quarto e eu já voltou pra levar você.

- Tudo bem.

Guilherme saiu, passou-se uns minutos e uma música começou a tocar. Era um toque de celular. Adam olhou em volta e viu em baixo dá almofada o celular, no visor estava escrito.

- Michelle? - Adam pensou. - Não pode ser? Bom, vai que né. Ela tem cara de que não gostou muito de mim. - Ele falava sozinho.

- Quem é você ? - Adam olhou pra trás e viu um homem de meia idade que entrava na casa.

- Eu sou Adam.

- Eu sou Alstom. Sou tio dos rapazes. Você é amigo do Enzo ?

- Aluno do Guilherme.

- Ele já começou com isso de novo ? - Disse para si mesmo.

- Isso o que? - Perguntou

- Não nada demais.. - Sorriu e saiu em seguida.

O celular voltou a tocar e Adam viu que era a tal Michelle. Ele já estava enjoado daquele negócio tocando e resolveu levar para o dono. Pegou celular e subiu as escadas, olhou o grande corredor e começou a procurar pelo quarto do garoto mal humorado. Passou umas duas portas e quando viu a terceira cheia de avisos de "não entre" e "mantenha distância", teve certeza que era a tal.

Adam bateu duas vezes mas ninguém atendeu. Então foi ousado e entrou no quarto. Era bem espaçoso tinha uma grande cama perto da janela, coisas de atleta no chão e entre outros.

Adam deu dois passos e uma porta se abriu e saindo dela veio Enzo apenas de toalha e com o corpo molhado.

- O que você tá fazendo aqui? - Perguntou irritado e apertando mais a toalha em sua cintura.

Enzo notou que Adam tinha ficado corado com a situação e resolveu brincar um pouco, afinal o garoto já havia lhe causado raiva demais. Enzo ficou frente a frente com Adam que ficou dez vezes​ mais corado, seu rosto agora parecia um tomate gigante.

- O que você quer ? - Disse levemente.

- Aahh, e-eu s-só que-queria te trazer seu celular... - Enzo chegou mais perto e Adam entendeu o que estava acontecendo e também resolveu entrar na situação. - Ele tava tocando do muito lá embaixo e parece que tem alguém desesperado atrás de você. - Disse isso tudo quase com o corpo colado ao de Enzo.

Nossa Canção - Livro 1 (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora