Uma Última Chance

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Adam lia aquela carta e ficou com pena daquele que se diz ser seu pai. Lydia viu que o olhar que Adam fazia não era ódio e nem dor, era puramente pena.

- Filho ? - Ele a olhou, Lyadia viu os seus olhos marejados. - O que foi ? O que houve?

- Ele tá morrendo. - Disse ele.

- Por que você é assim ? Você nem conhece ele e já sente suas dores. Vamos me diga o que tem na carta ?

- Eu vou ler pra senhora. "Querido Adam, eu me chamo Julian Tierre, você não deve nem saber que eu existo, a não ser que Lydia tenha te contado, bom mais eu vim por esse meio tão arcaico Te dizer que sim eu sou um pai ausente e que só fui descobrir da sua existência quando você já tinha cinco anos e desde lá eu tenho acompanhado seu crescimento, você não sabe o quanto eu fiquei feliz quando você se interessou pela música, isso com certeza puxou a mim. Eu sei que você é bissexual e aceito isso completamente. Você é meu único filho e eu queria ter a oportunidade de te ver ao menos uma vez antes de... Antes de partir e poder falar com você, perguntar como você está e te dar um abraço bem apertado. Você é o filho que eu sempre quis com a mulher que mais amei e vou continuar amando até o fim da minha vida. Espero que considere meu pedido..

Ass: Julian Tierre.

- Você acha que ele está mesmo morrendo? - Lydia recuou um pouco.

- Eu não tenho certeza mas suas palavras me deixaram essa impressão. Se eu te pedisse uma coisa você não iria ficar brava?

- Se for o que eu estou imaginando, eu não sei.

- Eu posso? - Lydia não sabia que essa seria a reação de Adam.

- Você quer mesmo fazer isso? - Pediu uma afirmação esperando que fosse uma negação.

- Eu preciso vê-lo.

- Não a nada que eu possa fazer para você mudar de ideia mesmo. Então sim, eu deixo você ir vê-lo. - Decidiu ceder de uma vez.

- Obrigado. - Adam levantou deu um beijo na bochecha e um abraço na mãe e saiu em direção ao quarto. Precisava falar para Mad o que tinha acontecido.

Pegou o celular e viu as mensagens, discou o número e esperou ela atender.

- E aí mozão. - A moça tinha um tom angustiado na voz.

- Oi Mad. Que história é essa com o Augusto ?

- Você já viu. Olha desde que o Beto falou aquilo eu não parei de pensar.

- Então você acha que....

- Eu só quero ter certeza que não.

- Okay Vamos fazer algo, agora eu preciso te contar uma coisa.

- Fala.

- Eu descobri que eu meu pai é Julian Tierre. - Do outro lado da linha só se ouvia o silêncio.

- Aahh Mas quem é Julian Tierre?

- Tá! Eu não culpo você por não saber quem é, eu também não sabia até saber a história por traz da minha existência. - Disse rindo.

- Você parece muito feliz com isso. - Disse ela.

- Em parte sim. É que ontem deu uma loucura aqui em casa.

- Como assim?

- Antes de eu encontrar vocês no Bar eu... - Então Adam contou tudo sobre a noite passada.

......

- E você se sente divido ou algo assim ?

- Não, na verdade eu não sei. É que o Guilherme é calmo e tem tanto pra me ensinar e mostrar, já o Enzo me dá uma coisa que eu não sei entender e parece tão intenso. - O garoto afinava seu violão.

Nossa Canção - Livro 1 (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora