Agindo Estranhamente

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Eu estava preocupada, mas repassava as palavras de Thor na minha cabeça. Eu precisava fazer isso, precisava viver o agora. Embora o agora estivesse me preocupando também.

Steve estava agindo de forma estranha comigo a uns dois dias. No início achei que era por estar preocupado com o que vem acontecendo ultimamente, mas acabei percebendo que era só comigo. Não posso negar que me desesperei, porque depois de ter conversado com minha mãe aceitei que eu estava apaixonada por Steve Rogers.

Se eu soubesse que admitir aquilo em voz alta pra mim mesma fosse me causar tanta dor, jamais teria aceito. Já ouviu dizer: aceita que dói menos!
Pois é essa frase não tem lógica para mim, pelo menos não agora.

Eu estava novamente descontando minha decepção e raiva, de mim mesma nos sacos de areia.
Soquei freneticamente o saco a minha frente, depois o golpeei com chutes e por fim os dois. Até que o saco explodiu na parede próxima, por acusa da força do chute que dei.

- Deveria bater em quem te deixou assim. - disse Nat a uma distância segura.

- Não tem como bater em si mesmo, então eu bato em alguma coisa.

- Suas frustrações e decepções não vão sumir assim. - disse depois de colocar um saco novo pendurado a minha frente.

- Chorar no colo da minha mãe não resolveu, conversar com você ou outra pessoa não resolveu. Minha última opção foi descontar em algum objeto.... - soquei e chutei o saco com força de novo. - Até que meu corpo esteja tão dolorido que eu não sinta mais nada a não ser dor física.

- Charlotte os nó dos seus dedos já estão quase em carne viva, os músculos do seu corpo estão mais rígidos do que o normal, quando faz força eles tremem. Já chegou ao seu limite e mesmo assim não para. - parei ao ouvir seu tom de preocupação.

- É tudo o que posso fazer Nat. Eu... - parei assim que vi Steve entrar na sala de treinamento. As lágrimas já tinham se formado e se misturado ao suor.

- Pare de se machucar desse jeito, não vai adiantar nada. Não vai parar de doer. - falou mesmo sabendo que ele estava ali. Talvez quisesse que ele percebesse que era o culpado do meu sofrimento, mas não iria adiantar.

- Agora não, eu sei. - falei engolindo o choro. - Mas um dia vai passar, tem que passar.

- Vai passar. - me abraçou mesmo eu estando ensopada de suor e me tirou dali.

+ + + + +

Nova York estava sendo atacada de novo.

- Sério que vocês não poderiam ter escolhido um dia da semana pra isso? Hoje é domingo cara. - falei lutando contra um mutante esquisitão.

- Preste atenção na luta Charlotte. - Steve chamou minha até pela comunicação.

- A me poupe dos sermões Capitão América. - respondi lutando contra dois agora. - A cansei da brincadeira, já chega.

Acertei os dois mutantes que me atacavam os deixando desmaiados, depois acertei um pulso de energia no que atacava o Capitão América e ajudei o homem aranha a se livrar dos que o atacavam.
Sai da armadura que deixei em modo sentinela, e olhei os dois mutantes que desmaiei primeiro. Um deles acordou ainda zonzo e eu dei-lhe um soco no rosto terminado o serviço.

- Já acabou? - fiz uma pergunta retórica, mas se deram o trabalho de responder.

- Parece que sim. - disse o Capitão América pondo-se ao meu lado.

- Foi uma pergunta retórica Capitão. - rolei os olhos e ele pareceu não gostar. - Que foi em?

- Qual o seu problema em? - parecia bem chateado. Mas fingi não me importar, entrando na armadura.

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