Alucinação

243 10 2
                                    

Acordei com muita dor na cabeça, meu corpo reclamando porque eu estava dormindo em uma mesa de procedimentos e minha perna nem se fale.

- Acordou Charlo! - Nat falou baixo porém animada. - Como está se sentindo?

- Como se o martelo do Thor estivesse em cima da minha cabeça. - fechei os olhos de novo e ao me mexer senti dor na perna, o que me fez resmungar.

- Vou pegar um analgésico pra você, já volto.

Natasha foi a algum lugar, mas pra mim os remédios deveriam estar ali!

A porta foi aberta novamente, mas quem entrou não foi ela.

- A garota de ferro com um tiro na perna. Quem diria Cha, logo você que voltava apenas com pequenos hematomas pra casa depois de uma missão. - Peter sorriu pra mim.

- Veio até o polo norte só pra me ver? Quanto amor! - ri em deboche.

- Eu também te amo. - falou e beijou minha testa.

- Ama nada teu falso. - ri e o afastei do meu rosto. - E aí, o que realmente veio fazer aqui?

- Eu e o Sam viemos dar apoio, ele apoio aéreo e eu em solo. Já que você levou um tiro não vai poder entrar na briga. E também trouxe mais analgésicos e anestesia. - apontou para Nat que entrou com algumas caixas nas mãos. Junto com ela veio o trio de amigos, Bucky, Sam e Steve.

- Tô vendo que eu valho por dois. - Peter soltou uma gargalhada.

- Em três anos que vejo você em combate e essa é a primeira vez que te vejo realmente ferida. - Sam vem até mim me dando um beijo na testa também.

- Minha testa vai ficar gasta de tanto ser beijada. - Bucky riu e fez uma cara engraçada de quem queria dizer : " em compensação a boca!". Que bom que não falou em voz alta. - Eu posso não ler mentes, mas sei muito bem o que você pensou James!

- Ui, te chamou de James! - Sam ria da minha fala. - Tá ferrado, quando ela levantar daí você já era.

- Nem vem Charlotte, dá última vez você quase quebrou meu braço. - Bucky fez uma cara nada boa.

- O que foi merecido, já que você duvidou que ela lutava tão bem sem a armadura. - Natasha deu aquele sorriso perverso dela. - Eu a treinei, entao não duvide do que ela é capaz.

- De muitas coisas. - ela me olhou. - Que foi?

- Sua consciência não te deixaria em paz se matasse alguém, por isso estou sempre por perto. Não quero que você fique com a consciência pesada por quem não merece. Os caras de ontem, você apenas os feriu. - deu um beijo na minha mão. - Sua testa não vai ficar calejada de beijos.

- Não sei quem é mais ridícula, você ou eu!?

- Estão no mesmo patamar. - pela primeira vez Steve se pronunciou.

- Sabe que eu posso te dar uma surra não é? - Nat brincou com ele. Ou não! As vezes não sei quando ela brinca ou fala sério. - Muito bem rapazes, agora que sabem que ela está bem podem sair. Ela precisa de um banho de gato e trocar essas roupas.

Eles saíram e Sue entrou pra ajudar.

  Depois de tomar o banho de gato, que achei bem desconfortável, colocaram roupas limpas em mim. Por baixo da calça de moletom enorme, que deveria ser um dos rapazes, colocaram um short de malha. Porque assim Nat poderia trocar meu curativo em qualquer lugar, já que a bala pegou bem no meio da coxa.

- Cabem duas de mim nessa calça. - reclamei sentada na mesa de procedimentos.

- Porque é do seu pai! Não achamos nada confortável nas suas coisas.

A Garota De Ferro Onde histórias criam vida. Descubra agora