A Garota De Ferro

Saudades

  STEVE ROGERS P. V

  Um ano, faz um ano que Charlotte sumiu. Um ano de saudades, de noites sem dormir e de angústia sem saber como ela está e onde está. Me sinto impotente sem poder fazer nada em relação a isso.
Uma coisa que nunca vou esquecer é de como ela parecia extremamente triste no vídeo que nos enviou no dia da fuga.
   Aquele dia meu coração partiu ao vê-la daquele estado e não poder estar ao seu lado.

Conteúdo do vídeo:

- E Steve... - Charlotte respirou fundo antes de continuar. - Eu sinto muito por não ter falado sobre meu plano, mas eu não queria que tentasse me impedir de dar continuidade a ele.
Me desculpe por estar indo embora assim, mas tudo o que quero é proteger quem eu amo. E eu te amo muito Steve, nunca duvide disso por favor.
Estou indo de coração partido. Mas vou acabar com tudo isso e voltar para casa em paz e finalmente poderemos fazer o nosso trabalho, que é proteger as pessoas.
  Eu te amo Steve.

  E depois de um ano ainda não temos nem uma mísera pista de onde ela possa estar. A cada dia que passa estou mais angústiado, meu maior medo é de perdê-la.
Não sei até quando vou suportar. Mesmo com o apoio dos amigos não paro de pensar em como ela pode estar.
   E para completar meu desespero, Tony contratou uma assistente para cuidar de algumas coisas que não temos tempo para cuidar e que ficavam na responsabilidade de Charlotte, já que ela adorava cuidar de tudo. A assistente tem dias que não sai do meu pé, acho que ela pensa estar ajudando perguntando como estou. Mas aí é que está o problema, todos aqui estão tão preocupados com Charlotte quanto eu, e sempre estamos apoiando uns aos outros, mas  a garota não tira o foco de mim. O mais difícil é que não sei ser grosso ou ríspido com ninguém.
Quando ela pergunta como estou dou respostas breves, mas educadas. Natasha diz que a garota está levando minhas respostas curtas para outro lado.

- Steve, todos aqui dizem que você é tímido. Ela com certeza está achando que está sendo tímido em não se abrir com ela, e também achando fofa sua timidez. - Natasha faz cara de nojo, o que me faz dar um leve sorriso depois de tempos. - Pelo menos te arranquei um sorrisinho. Por mais miserável que ele seja.

- Eu só queria que ela voltasse, ou que ao menos desse provas de vida e de que está bem. - Nat concordou com um leve balançar de cabeça.
Enquanto conversamos a nova assistente chega onde estamos.

- Oi gente, bom dia! - As vezes o entusiasmo dela me irrita. - Como está hoje Steve? - E sorri para mim.

- Com saudades da Charlotte. - Seu sorriso diminui. Ela parece sem graça.

- Bom, vou começar o trabalho de hoje. Tenham um bom dia. - Seu entusiasmo diminuiu depois do nome de Charlotte ser mencionado.
  Assim que ela sai Natasha ri.

- Você é bem direto quando quer Steve. - Assim que termina a frase levanta saindo da sala.
E eu vou passar meu dia fazendo o que faça a um ano quando não estou em missão. Tentar localizar Charlotte junto com Tony.

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  Charlotte P. V

Saudade e vontade de voltar logo para casa é tudo o que me move no último ano.
  Quero abraçar meus pais e meu irmão, quero ficar junto dos meus amigos e poder salvar as pessoas com eles, quero poder rir e voltar a sorrir de verdade. Quero sair dessa solidão que me impus a viver para proteger quem eu amo. E quero poder me sentir segura nos braços de Steve novamente, poder juntar os pedaços do meu coração ao lado dele.
Vou poder fazer isso em breve, finalmente vou poder estar onde é meu lugar de novo. Eu finalmente estou terminando meu trabalho de acabar com as pesquisas da SHIELLD relacionadas ao soro do super soldado, e para finalizar de vez estou enviando um comunicado ao presidente do ocorrido. Sim, vou informar ao presidente dos USA sobre as pesquisas clandestinas da SHIELLD, pois o governo os proibiu fazer tais esperimentos. E fazendo isso eu finalmente estarei livre dessa organização.

  Assim que eu finalmente terminar com a SHIELLD vou me deixar ser encontrada. Já chega de saudades.
A única coisa que pude fazer para diminuir um pouco esse sentimento de falta foi dar a voz e o nome do meu pai a inteligência artificial que construí para me ajudar nessa empreitada.

- Tony em que pé estamos? Já estou cansada, já se passou um ano. - fui diminuindo a voz aos poucos.

- Estamos finalizando Charlotte, assim que terminar farei uma busca completa e vou desbloquear o sinal do satélite. Assim como me foi especificado. - A voz era do meu pai, mas faltava o jeito descolado e irônico dele, o que só me dava mais saudades de casa.

- Obrigada Tony, vou até o centro comprar algumas coisas para o almoço. Qualquer coisa me comunique por favor. - peguei as chaves do jeep e me preparei para sair.

O pequeno centro era um pouco distante da minha casa, mas o caminho era agradável. Sem movimento sem trânsito, o que as vezes só me dava mais saudade de casa e do grande movimento de Nova York.

- Bom dia Srt. Vilar! - assim que chego ao pequeno centro do vilarejo sou recebida pelo dono da mercearia .

- Bom dia Sr. Gomes. Como vai a família? - o bom de morar em locais como esse é que você acaba conhecendo todos os moradores e fazendo amizade.

- Vão muito bem minha filha. Meu filho mais velho chegou da capital hoje, vamos fazer um almoço lá em casa. A senhorita está convidada. - O simpático senhor, me atendia em sua mercearia sempre que eu ia lá. Tinham outros funcionários, mas ele fazia questão de me atender. Tenho a leve impressão de que ele quer me juntar ao seu filho.
Sorri educada para ele e paguei minhas compras.

- Eu agradeço o convite Sr. Gomes, mas estou terminando um projeto muito importante. Infelizmente não posso deixar de fazer.

- É realmente uma pena minha filha. - ele sorriu de forma carinhosa me entregando as sacolas. Assim que peguei alguém entrou na pequena mercearia.

- Pai, de quem é o carro aí na frente? Está atrapalhando a entrada da garagem. - assim que olhei vi que era o filho dele. Não me pareceu ser simpático, já não gostei dele.

- O carro é meu, já estou de saída. - falei para ele e voltei a falar com o senhor Gomes. - Muito obrigada pelo atendimento Sr. Gomes, preciso voltar para o meu projeto, assim que terminar venho ver o senhor. Agradeço muito por esse ano que pude conviver com pessoas como o senhor. - acenei com a mão livre e fui em direção a saída, passando pelo senhor "simpatia".

- Como uma jovem bonita como você veio para aqui nesse lugar quase fora do mapa? - além de antipático é curioso, só o que me faltava.

- Me desculpe ser grossa, mas não é da sua conta. - dei o meu sorriso irônico e entrei no carro. - Deveria dar mais valor a sua família e querer estar perto. Eles te amam muito, sempre falam de você. Eu gostaria de poder estar com a minha.
Mas infelizmente algumas pessoas parecem não dar tanto valor a algumas coisas. - falei com certa tristeza.

- Você não me conhece garota, não pode falar assim comigo. No seu lugar eu não falaria assim, eu sou poderoso. - eu apenas ri.

- Meu querido, você também não me conhece, não sabe de onde vim. Eu estou aqui apenas de passagem, então façamos o seguinte: você fica na sua, que eu fico na minha. Assim como sempre fiz desde que cheguei aqui. E se tentar alguma coisa vai descobrir que se meteu com a pessoa errada.

- Isso é uma ameaça? - ele sorriu de forma maldosa.

- Eu não faço ameaças, eu faço promessas. E em respeito ao seu pai que é uma pessoa incrível, não vou passar disso com você. Então adeus! - dei um sorrisinho e fui embora.
   Cara idiota!
Liguei o carro e fui para casa. Só espero que ele não seja idiota o suficiente para tentar algo contra mim.

Na volta para casa tudo o que eu pensava era na possibilidade de poder retomar minha vida junto às pessoas que amo. Tudo que eu mais quero é acabar com isso de uma vez e dar segurança a todos.

  Meu dia passou lento e cansativo, eu e Tony tivemos um grande avanço no nosso trabalho. Fui dormir mais feliz com a possibilidade de no dia seguinte poder voltar para casa.

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Eu estou boazinha esse mês 😁 e inspirada tbm hehe.

Vem mais um capítulo por aí para fechar com essa faze de Charlotte longe.
Até a próxima!

        Bjs de luz 😘