Calmaria

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Estava um dia calmo e bem quente em Nova York, então resolvi não fazer nada. Me sentei no safa de dois lugares que tinha na varanda, tirei uma almofada do encosto do sofá, coloquei no braço do mesmo e me encostei abrindo um livro de Nicholas Sparks e o lendo.
Eu estava confortável e bem entretida com o livro.

- Querida, um espacinho pro papai, por favor! - meu padiu com um sorrisinho sorrateiro no rosto.

- A não Tony! - respondi sem tirar o livro da frente.
Meu pai tirou minhas pernas do assento, sentou e começou a ler seu jornal.

- A, e não me chame de Tony. Sabe que não gosto.

- Você sabe que é brincadeira, Tony! - sorri e coloquei as pernas em cima das dele.

- Minha filha é mais folgada do que eu. - continuou lendo o jornal.

- Puxei meu pai, que no caso é você senhor Stark. - ele sorriu.

Ficamos ali sentados por um bom tempo, até que Pepper o chamou.
Minutos depois uma pessoa se sentou no lugar que ele estava antes, achei que era ele, coloquei as penas em cima da pessoa que pigarreou. E eu o olhei.

- A me desculpe. - assim  que vi que era Steve, fiquei roxa de vergonha e coloquei as penas para o lado, botando os pés no chão.

- Não tem problema, Charlotte. - tirou meus pés do chão os colocando em seu colo. - Nicholas Sparks?

Eu assenti ainda lendo.

- Esse título eu ainda não tinha visto você lendo. - olhou para a capa do livro de novo. - A escolha. Fala sobre o que?

- É um romance Steve, depois te empresto. Mas resumindo o personagem principal, ele fica entre escolhas difíceis. É bem interessante!

Steve se deitou no espaço que havia ao meu lado e pós a cabeça na minha barriga. Em um ato involuntário, pus uma de minhas mãos em seu cabelo fazendo carinho.

- Sinto falta das nossas conversas estranhas. - Steve era tão amável, não tinha como não me apaixonar por ele.

- Me desculpe. - ele levantou a cabeça e deitou ao meu lado.

- Deveria parar de se desculpar. - assenti e fiz carinho em sua bochecha.

- Posso te fazer uma pergunta. - ele concordou com um aceno de cabeça. - Pode ser um pouco constrangedora.

- O que seria mais constrangedor do que isso? - falou da forma como estamos tão próximos e deitados juntos ali.

- Você me já me beijou alguma vez? - seu rosto ganhou cor - Eu disse que seria constrangedora. - sorri.

- Não, não por falta de oportunidades. Nem por não querer. Mas não éramos namorados, então você quis esperar.

- E porque ainda não tinha me pedido em namoro, estava me enrolando Rogers? - ele sorriu e negou com a cabeça.

- Não, mas toda vez que eu tentava algo acontecia. No dia da última missão eu iria te pedir em namoro, mas tivemos que sair em missão. Pretendia fazê-lo quando voltássemos, mas você só acordou cinco dias depois é não se lembrava de nada. - ele parecia um pouco triste, não decepcionado comigo. Mas eu queria tirar aquela dor dele.

- E porque não faz agora? - minha voz saiu quase em um sussurro devido nossa proximidade.

- Eu já pedi a autorização do seu pai, então não seria errado. E você sempre gostou de coisas simples.

- Me conhece tão bem. - sorrimos.
- Charlotte Pots Stark, você aceita namorar com um cara de mais de cem anos? - ele está andando de mais com meu pai.

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