Maldita Rainha

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Era difícil ficar parada esperando que alguma coisa fosse resolvida, já que eu sempre vou lá e resolvo tudo. Odeio esperar que segundos façam o que eu posso fazer.
Conversar com a agente Rafha estava me distraindo, mas ela teve que ajudar no planejamento, caso ocorra algum problema. A garota é super bem treinada. Não é como eu que fui aprendendo com os outros e aperfeiçoando com o tempo. Eu sobrevivi a três meses sob treinamento pesado no exército, supervisionado por James Rhods e Sam Wilson.

Sou muito boa em resolver problemas, por isso sou uma ótima empresária segundo meu pai. Por falar nele tenho o chamado mais assim, acho que finalmente me acostumei a ser filha de Tony Stark.

Eu andava pelos corredores divagando, pensando em coisas que fiz e outras que queria fazer. Minha vida sempre foi agitada, ser uma Stark tem suas vantagens e desvantagens. Com o sobrenome Stark eu entrava e saia de onde queria, apesar de não gostar tanto desde tipo de benefício relacionado ao sobrenome. E por isso as vezes usava o sobrenome Pots.

- Ei docinho. - saí dos meus pensamentos ao ouvir a voz de Natasha me chamando - Essa carinha me diz que sua mente está longe.

- Nem sabe o quanto. - sorri para ela.

- Precisa parar e descansar. Vai fazer vinte e um anos em breve, temos que pensar em uma forma dessa data ser inesquecível.

Como eu não comemorava o dia em que nasci por achar que não faz sentido comemorar que está envelhecendo, Natasha encontrou uma forma de não deixar o dia passar em branco. Todos os anos eu passava para a próxima fase da minha vida segundo ela, então ela propunha que eu fizesse algo que as pessoas daquela idade faziam.
Aos dezesseis fui a minha primeira festa de verdade, segundo ela, eu odiei mas entendi o que ela pretendia com aquilo. Ela queria me proporcionar uma vida mais normal que pudesse. Aos dezoito eu bebi minha primeira cerveja, o que eu gostei e não parei de fazer, só nunca fiquei bêbada. Tony não gostou muito da ideia mas também não se opôs, ele só pediu a mim que tivesse juízo e não passasse dos limites. Eu o amei mais ainda naquele dia, ele demonstrou sua preocupação de pai.

- E qual será a próxima fase? - sorri com malícia.

- Não nega ser uma Stark. - falou Steve ao se aproximar. - Esse sorriso é perturbador. - ele estava sério, eu já sabia que ele não gostava muito de algumas facetas da personalidade de Tony e infelizmente para ele eu me parecia bastante com ele, tanto fisicamente quanto em algumas partes da personalidade.

- O que quer dizer com isso senhor Steven Grant Rogers? - ele levantou as sobrancelhas de modo a mostrar surpresa.

- Uhhh! Pegou pesado docinho, pronunciar nome e sobrenome é forte. - ela falou de forma debochada, ela sabia que eu estava brincando. Mas ele não.

Eu levei minhas mãos na altura de suas sobrancelhas e as abaixei.

- Eu só estava brincando. - ao abaixar as mãos deixei um tapinha em seu ombro. - Mas voltando ao assunto, Nat. O que você está pensando para esse ano? Suas formas de passar de fase são um tanto quanto peculiares.

- Vamos deixar essa história pra depois. - ela sorriu e foi andando.

Não tinha como não rir quando ela fazia isso. Ela é uma instigadora!
Quando ela sumiu no corredor meu sorriso sumiu com ela, pois me lembrei da situação em que estávamos.

- Não fique assim Charlotte, tudo vai se resolver.

Passei as mãos pelos cabelos tentando organizar minha mente e pensar em algo, mas nada de bom vinha.
De repente senti braços me rodear, e uma sensação boa de proteção e acolhimento me preencheram. Aquele era o melhor lugar do mundo, o abraço de Steve Rogers.

- Me promete uma coisa? - eu pedi em um tom baixo que só ele escutaria.

- Não gosto muito de fazer promessas das quais não sei se poderei cumprir. - ele afagava minhas costas, era reconfortante.
- Me promete que mesmo que as coisas fiquem ruins você continuará dizendo que vai ficar tudo bem. Porque por mais estúpido que isso possa parecer pensar no pior não adianta, não ajuda. Então eu preciso que alguém me lembre que no final vai dar tudo certo. - me afastei um pouco para olhar nos olhos dele. Eu precisava ver em seus olhos que ele também acreditava que ia dar tudo certo.

- Eu prometo. - ele falou em um tom super sério. Aquilo era música para meus ouvidos, era tudo o que eu precisava alguém pra me apoiar.

- Você merece um beijo na testa! - falei um tanto animada. O que o fez sorrir.

- É melhor não. - falou ele desfazendo o abraço e rindo.

- Quando você menos esperar eu vou fazer isso. Não faço agora porque não alcanço e, sei que não vai se abaixar.

- Tá bom. - ele sorriu amplamente. - Vamos tomar café antes que o Bucky coma tudo. - ele brincou.

- Quase um século vivendo no frizer fez bem ao metabolismo de vocês. Parecem adolescentes em fase de crescimento, comem tudo o que vêm pela frente mas nunca engordam. Algumas pessoas poderiam sentir inveja.

- Quem, você? - ele me olhou enquanto andavamos pelos corredores da aeronave. - Ainda é jovem, seu metabolismo está ótimo.

- Eu não! Eu disse alguém, não eu.
Sou tão feliz comigo mesma que acho que mesmo que eu fosse gordinha seria feliz. - sempre achei que o mais importante é que tem por dentro e não a aparência.

- As aparências podem enganar, mas um coração sincero não. - alguém pede pra ele parar antes que eu me apaixone?

Depois do café da manhã estávamos organizando as coisas caso tivéssemos que entrar em combate com os ceifadores novamente. Meus nervos estavam em conflito, os neorônios tão cansados de pensar que o tico e o teco não batiam bem.
A agente Rapha estava me ajudando bastante, a cada vez que algo me irritava ela estava lá para ajudar a me acalmar. Isso está acabando comigo, nunca fui assim. Preciso me concentrar para que nada saia errado.

Quando já estava tudo organizado e cada agente e vingador sabia o que fazer, graças a agente Roberts e o Capitão América os estrategistas do grupo, a voz de Fury pode ser ouvida nos autofalantes anunciando que a rainha dos ceifadores entrou em contato.

- Tomara que sejam boas notícias. - falei para a agente Roberts que concordou com um aceno de cabeça.

Todos nós estávamos na sala de controles e uma enorme tela em frente às janelas surgiu, com o rosto de uma mulher imponente.
- Devo agradecer pela tentativa de nos ajudar com o reator que projetaram para nossa nave, mas creio que seja inviável para nossa raça esperar o acúmulo de energia para usarmos em nossos campos que necessitam ser cultivados imediatamente. E isso só será possível com a energia do magma de seu planeta. Sua ajuda será bem recebida, usaremos o reator que nos deram e não precisaremos mais destruir outras civilizações, a de vocês será a última.

Ela só podia estar de brincadeira. Eu não poderia deixá-la sem resposta.

- O que vossa magestade está nos dizendo é que nossa tentativa de proteger nosso planeta e ajudar sua raça, de modo pacífico, foi em vão. - eu estava na frente de todos.

- Você deve ser a rainha dessas pessoas a sua volta. - ela indicou os agentes que estavam nos controles e os vingadores.

- Quase isso! - respondeu meu pai. Ela o olhou ainda em sua soberania e olhou para mim novamente.

- Não vamos deixar que destrua nosso planeta. Tentamos de forma amigável, mas a senhora acaba de declarar guerra. - se era isso que aquela maldita Rainha queria, era o que ela iria ter.

   E que assim seja, que o melhor vença, e que esse melhor sejamos nós!

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O bug do wattpad não acabou, e a última não poderia deixar meus fãs sem mais um capítulo graças a esse problema. Então aqui está mais um capítulo para vcs.

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          Bjs de luz 😘

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