Ser Herói As Vezes Cansa, Mas Só As Vezes

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Depois do almoço eu deitei onde eu e Steve estávamos antes. Fiquei olhando a cidade por o que parecia ser horas, mas só haviam se passado minutos.
  Alguém se deitou perto de mim, mas eu estava tão distraída com a paisagem que nem notei.

- Oi docinho. - Só Natasha me chamava assim. - A cidade é mesmo linda, mas será que pode olhar pra mim por um minuto? - pediu mexendo em meus cabelos.

- Oi ruiva. - falei rindo.

- Parece que as coisas entre você e o Steve se arrumaram. - continuou mexendo no meu cabelo.

- Nós conversamos. Acho que estamos muito abalados por nossa casa ter sido atacada.

- Não foi a primeira vez. - se deitou ao meu lado, pegou minha mão esquerda e me olhou feio, por causa dos machucados que eu mesma provoquei. - A diferença é que agora não somos apenas agentes tentando proteger o mundo, somos uma família. Nos apegamos uns aos outros e não queremos que ninguém se machuque. - deu ênfase na última palavra.
  Me aconcheguei mais perto dela que continuou a mexer nos meus dedos.

- Aí Nat. - reclamei quando doeu a forma como mexia meus dedos. - Tá doendo.
    Tentei puxar a mão mas ela não deixou.

- Pare de choramingar, ninguém mandou ficar socando aquele saco de areia até ele explodir.

- Eu só queria esquecer da vida.

- Então dá próxima vez fique bêbada, só sua cabeça vai doer no dia seguinte.

- Não dê ideia, se não dá próxima vez que ela ficar chateada com algo, vai fazer isso mesmo. - falou Steve ao chegar onde estávamos. - O que é isso na sua mão?

     Ele passou parte da manhã brincando com minha mão entre as suas, mas não tinha reparado nos ferimentos. Até agora, graças a Natasha.
Tentei puxar a mão, mas ela não deixou, de novo.

- Ficou explodindo sacos de areia na sala de treinamento. E foi nisso que deu, da próxima vez que estiver frustrada me chame, te deixo no chão antes que faça isso com sigo mesma. - Natasha se levantou, mas não antes de deixar um beijo carinhoso na minha testa.

- Da próxima vez te chamo com certeza. - ela sorriu e sumiu dali. Steve ainda me olhava com cara de chateado. - Pode parando, isso não vai adiantar nada.

- Por que fez isso? - perguntou antes de se deitar ao meu lado e pegar minha mão.

- Eu estava chateada comigo mesma. E como não dá pra se bater, você bate em alguma coisa. No meu caso os sacos de box são meus objetos favoritos pra liberar a raiva! Ou frustrações que foi o caso. Ai! - ele mexeu nos meus dedos de forma que doeu.

- Tá machucando minha filha Rogers? - pergunta meu pai se aproximando da gente.

- Não Tony. - disse com tédio. - Já viu o que ela fez com os próprios dedos? - mostrou minha mão ao meu pai.

- Quantas vezes já te pedi para não fazer isso, em Charlotte? - reclamou de forma branda o que cortava mais ainda meu coração. Não gostava quando ele brigava comigo, e de forma calma era mais dolorido ainda.

- Umas zilhões de vezes? - falei me enconlhendo do lado de Steve.

- Não foi a primeira vez? - Steve pergunta assustado. E eu nego com a cabeça.

- Ela tem a péssima mania de descontar a raiva e sentimentos ruins nos sacos de box. Parece muito com alguém que conheço. - olhou para Steve.

- Só que eu não me machuco com facilidade.

- Eu sei que sou só uma garota de estatura média, com poucos músculos. Mas já suportei dores maiores que esses machucadinhos nos dedos. Hum! - fiz cara de emburrada.

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